Através de prestigiosos prémios em Cannes, Veneza, Berlim, Locarno ou Vila do Conde, os cineastas de todo o mundo vão cimentando a sua reputação e consequente institucionalização. Mas a desejada canonização só aparece quando existem fotografias desse (s) cineasta (s) em duas poses, a saber:
1) com os indicadores e polegares de cada mão a formarem um enquadramento imaginário.
2) a darem uma passa no cigarro, ou simularem que a estão a dar, o que na foto vai dar ao mesmo. Se possível, a foto tem de estar em preto e branco, e o jackpot será apenas mostrar a cara de perfil e o cigarro, com tudo o resto numa bruma eterna.
Portanto, antes de enveredarem pelo maravilhoso mundo do digital, aconselho as jovens e jovens de todo o país a pedirem a ajuda dos respectivos amantes nesta tão delicada questão. Podem ainda não ter nada feito, mas já têm portfólio essencial para, anos mais tarde, ser aproveitado para uma entrevista num suplemento cultural.
E assim chegamos ao fim do nosso espaço recreativo de hoje. Vitória natural e sem contestação do "melhor jogador do mundo" e seus sequazes vs uma equipa que estaria melhor a fazer bobós ao Slavoi Zizek (nem quero saber qual o nome correcto deste punheteiro).
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