sexta-feira, 30 de julho de 2021

Jogos Olímpicos, Natação, dias 6 & 7.


Nos 800 metros masculinos, o vencedor, Robert Finke, a trinta metros do final estava em quarto lugar a um segundo (mais ou menos 150 klms, em passada humana) do terceiro classificado. Ainda não se conhecem afirmações russas ou chinesas sobre o sucedido.


200 metros bruços, mais uma medalha de oiro para a Austrália. Izaac Stubblety-Cook confirmou o favoritismo e deixou para os outros lugares do pódio dois europeus. o holandês Kamminga e o finlandês (com corpo de jogador de rugby) Matsson.


Nos duzentos metros mariposa femininos, Zhang Yufei levou o primeiro lugar para a China. Ela, que já tinha sido prata nos 100 metros mariposa, encheu-se de brio, pensou na longa marcha de Mao e minions pelas áridas terras chinesas, e ultrapassou as promíscuas capitalistas yankees Regan Smith (a favorita) e Hali Flickinger. Nas fotos pós-medalhas, Zhang a rodear as americanas com uma bandeira chinesa. Vergonha.


O Aquaman, perdão, o Caeleb Dressel, começou a sua possível glória olímpica de 2021 com uma vitória na prova rainha da natação, os 100 metros livres. Por seis centésimos, deixou para o segundo lugar o outro foguete da prova, o australiano Kyle Chalmers. Como diria o Jerry Seinfeld, "se eu tivesse uma borbulha na ponta do nariz, teria ganho".


A Ariarne Titmus e a Katie Ledecky não foram suficientes para impedirem o oiro da China nos 4x200 livres femininos. A Katie, como última estafeta dos EUA, ainda desbravou água o suficiente para chegar à prata, e é certo e sabido que mais 100 metros houvesse e o oiro seria americano. Assim não sucedeu, e Xi Jinping ficou muito feliz, adiando para data oportuna os saneamentos e fuzilamentos já agendados.


A Tatjana Schoenmaker tem sido um bonito vale de lágrimas nas olímpiadas. Lágrimas enquanto recebia a medalha de prata nos 100 metros peito, lágrimas na piscina quando percebeu que tinha sido campeã olímpica nos 200 metros peito, lágrimas, sete segundos depois, quando, muito espantada, olhou para o ecrã gigante e viu que tinha batido novo record mundial, e mais lágrimas quando foi rodeada, uns segundos mais tarde, pela sua compatriota Kaylene Corbett, e pelas duas restantes medalhadas, a campeã do Rio-2016, Lilly King, e Annie Lazor. Depois de um banho refrescante, houve mais lágrimas na cerimónia. 


As constantes demonstrações de desportivismo na natação não nos iludem ao ponto de pensarmos que qualidades inatas no ser humano, como ressentimento, raiva, inveja e ciúme desapareceram misteriosamente nestes altetas. Por entre cada abraço e cada beijinho e cada sorriso, existirão mil maldições e escarros mentais. Assim, depois dessa foto na cerimónia dos 200 metros costas masculinos, o Ryan Murphy, dos EUA, medalha de prata, já veio insinuar que o oiro de Evgeny Rylov "provavelmente não foi limpo", ou seja, que houve tratamento à Ivan Drago. Murphy, campeão nas duas provas de costas no Rio, perdeu agora as duas para o russo, e é perfeitamente natural que além de ter estas suspeitas também queira, no seu íntimo, partir a cara toda do Rylov. Que isto seja entre um norte-americano e um russo faz-nos estar cientes de que há tradições que se mantêm. Drógádos.


A prova dos 100 metros livres femininos foi uma daquelas em que havia para aí uma mão cheia de candidatas ao 1ºlugar. Ou seja, uma extraodinária nadadora tanto poderia ficar em 1º como em 5º ou mesmo abaixo. Como aqueles concursos de misses em que são todas fantásticas para bater punheta até de madrugada, mas, lá está, uma tem de ficar em primeiro e outra em último, o que não quer dizer grande coisa. Venceu a Emma McKeon.


Wang Shun deve ter suspirado de alívio quando soube que o Michael Phelps e o Ryan Lochte, os dominadores dos 200 metros estilos desde 2004, tinham pendurado as tocas para a reforma. Wang, bronze no Rio nesta prova, foi a uma loja chinesa, comprou foguetes chineses e atirou-os para o ar. Nesse momento, soube que tinha chegado a sua hora de vencer .

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Jogos Olímpicos 2020, Natação, Dias 4 & 5.

 


Desde 1908 que a Grã-Bretanha não ganhava uma medalha nos 200 metros livres masculinos. 1908. Ainda as mulheres, felizmente, só usavam saia, o Griffith tinha acabado de começar a sua gloriosa obra, o Rei D. Carlos tinha sido assassinado e o John Wayne ainda usava chupeta. Cento e treze anos depois, a Grã-Bretanha, através de Tom Dean e Duncan Scott, fez a dobradinha. O bronze foi para o brasileiro Fernando Scheffer, provavelmente a única medalha em língua portuguesa na natação de Tóquio-2020.


Uma coisa chamada ROC abarbatou o oiro e a prata nos 100 metros costas masculinos. Evgeny Rylov e Kliment Kolesnikov bateram o Ryan Muprhy, campeão no Rio em 2016. Dois russos e um norte-americano no pódio, abraçados, e sorridentes para as câmaras. Onde estão vocês, meus queridos Brejnev e J. Edgar Hoover?


A Lydia Jacoby, vencedora dos 100 metros bruços, andava há pouco mais de um ano a nadar numa poça de água ou numa piscina de vinte e cinco jardas, no Alasca. Se os Jogos tivessem sido em 2020, teria ido como mera fã, provavelmente a ver a Tatjana Schoenmaker e a Lily King a ficarem nos dois primeiros lugares. A 27 de Julho de 2021, Lydia, vinda do nada, fez dos últimos vinte e cinco metros uma decisão de vida ou de vida assim-assim e deixou-as para trás. 


Abram alas para a Ariarne Titmus, a nova rainha das águas sem sal. Tal como nos 400 metros livres, Titmus "brincou" com as suas rivais, sobretudo com a arqui-rival Katy Ledecky, que escandalosamente ficou fora do pódio nos 200 metros livres. "Vá, nadem, meus amores, que eu já vos apanho". De uma refinada crueldade. Seguem-se os 800 metros livres.


Krystóf Milák, da grandiosa Hungria, já protagonizou dos momentos mais divertidos dos Jogos. Milák veio para estes jogos com o enfado de um espectador normal que foi arrastado para um festival de "cinema político" organizado por uma associação qualquer. Na piscina, quando se vê rodeado de patéticos seres humanos, trata de acelerar mais um pouco e a setenta metros do final da prova dos 200 metros mariposa já não vê mais ninguém ao seu lado. Acabada a prova (com mais de dois segundos de diferença para o segundo classificado), esboça uns trejeitos de aborrecimento por não ter batido mais um record. Os seus treinadores exasperam-se na bancada. Tinha acabado de levar uma medalha de ouro.


Nos duzentos metros estilos femininos, duas notas: a dobradinha (200+400 metros estilos) da japonesa Yui Ohashi, e a caída em absoluta desgraça da vencedora das duas provas no Rio, a húngara Katinka Hosszú, que parecia um cachalote a boiar. Deus não dorme e não perdoa. Katinka, a dama de ferro, traiu o seu esposo, treinador e conselheiro de dez anos. Justiça poética para estes devaneios promíscuos, que além de terem rebentado o coração do seu ex, também  tiveram o condão de despertar a ira divina. 


A maior nadadora de todos os tempos, Katy Ledecky, perdeu os 200 e os 400 metros livres para o torpedo chamado Ariarne Titmus, mas nos 1500 metros não deu qualquer hipótese. Fez toda a prova na frente, sempre com três a quatro segundos de avanço para a mais directa perseguidora. Nas calmas e sem pressas, que ainda tem de disputar os 800 metros com a sua nemesis. Chorou munto no final.


Em noventa e cinco provas de revezamento masculino na história das Olímpiadas, os EUA tinham sempre obtido uma medalha. Foi preciso chegar a 2021 para isso suceder. Sem a estrela Caeleb Dressel e com um Zack Campbell inane no terceiro revezamento, os americanos perderam terreno para os rivais russos, australianos e para um dream team britânico, que já venceu mais títulos nestes Jogos (em natação) do que a selecção inglesa de futebol em toda a sua história

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Jogos Olímpicos 2020, Natação, Dias 2 & 3.

 Sem público no pavilhão, sem o Phelps, e com os nadadores nas cerimónias das medalhas revestidos a máscaras que os transformam em leprosos de alta competição, o cenário na piscina olímpica de Tóquio-2020 é tão sedutor como ir a um festival de cinema pela causa animal e ainda por cima encontrar por lá ex-colegas de escola do secundário. Apesar de tudo, motivos de interesse não faltam: já houve uma vitória à Arouca na Champions, e uma épica luta entre duas peixes-espada que já é uma das provas icónicas do desporto.


Ahmed Afnaoui, tunisino de 18 anos, venceu a prova dos 400 metros livres. Ninguém o conhecia. Inclusive ele próprio, segundos antes do início da prova, questinou quem era e o que ali fazia. Acabou a derreter a concorrência dos tubarões australianos e norte-americanos. 


Maggie McNeil, do Canadá, levou o oiro nos 100 metros mariposa. Como o Canadá já tinha ficado com a prata nos 4x100 metros livres femininos, a Maggie ja tem duas medalhas no bolso. Ainda deve lutar pelos 200 metros mariposa e por mais algumas provas de revezamento. 


O Adam Peaty, da Grã-Bretanha, vencer os 100 metros bruços é o pão nosso de cada dia desde 2014. O dia em que alguém o derrotar nesta prova será o dia em se assistiu ao nascimento de um ser humano geneticamente modificado.


O processo de passagem de testemunho nos 400 metros livres femininos já parece concluído. A Katie Ledecky andava a comer medalhas nesta prova entre 2013 e 2017, mas entretanto surgiu uma australiana de 18 anos chamada Ariarne Titmus que a rebentou nos Mundiais de 2019. Cheia de raiva, a Katie atirou-se à água da piscina com a ferocidade de uma piranha de 1.83m, e a 50 metros do fim parecia que tinha recuperado o seu posto de rainha. Mas eis que Ariarne recupera mesmo nos metros finais, ultrapassa a dama das águas e arrebata para si o 1ºlugar. Vão voltar a encontrar-se nos 200 metros livres (esperemos), onde ficaremos a saber se as tácticas voodoo de miss Ledecky fizeram resultado. 


A prova masculina dos 4x100 livres tinha como principal atração- mais do que saber quem seria o vencedor- verificar se o momento de forma do Caeleb Dressel  continuava tão impressionante como nos últimos tempos, ele que é candidato a vencer sete medalhas de oiro (uma já está no bolso). Pois bem, como primeiro atleta dos EUA a atirar-se para a piscina, a rapidez da sua execução foi tão fulminante que parecia estarmos a ver competição em fast forward. Mas ainda mais impressionante foi a recuperação da Austrália nos 100 metros finais. A equipa australiana, antes da entrada em cena do Kyle Chambers, estava em 8965º lugar na prova, mal tendo ainda saído do aeroporto de Melbourne. Chambers, nadando como se tentasse escapar a uma barracuda ou a um barco de piratas da Somália, apanhou quase tudo o que estava pela frente, e mais 100 metros houvesse e também os italianos e os americanos iriam ficar pelo caminho. Ficou com o Bronze, e ficou muito bem. As provas de 100 metros e 200 metros livres entre ele e o Dressel serão de cortar à faca. 

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Mais 75 obras-primas.


Rita BorgesKaraoke Night (2019). Francisco Lacerda

Filme: 1/5 ("Dos mesmos autores de Mutant Blast".)


Britney SpearsDodge Stadium, Los Angeles, 12/06/1999.

#DoNotFreeBritney


Beatriz Forjaz (beleza "da Vinciana"). Catavento (2020). João Rosas

Filme: 3/5


Veronica HamelHill Street Blues: Season 1, Episode 3 (1981). Robert Butler

Cada vez mais atento aos novos valores de produção televisiva.


Elisabeth ShueCobra Kai: Season 3, Episode 10 (2021). Josh Heald

Série exclusiva para reacionários sentimentais.



1.Rosie Vela2.Isabelle HuppertHeaven's Gate (1980- 216 m). Michael Cimino

Filme: 5/5 (Paixão sem limites: sentada junto a uma mesa, Isabelle Huppert observa Christopher Walken a limpar as migalhas que se encontram em cima daquela.)



1.Gina Christian. 2.Catherine HicksDeath Valley (1982). Dick Richards

Filme: 2/5 (Beber uma cerveja geladíssima no Death Valley: um dos caminhos para encontrar o Paraíso.)




1.Lana Wood2.Vera Miles. 3.Natalie WoodThe Searchers (1956). John Ford

Filme: 5/5




1.Barbara Stanwyck2.Natalie Wood (agarrada ás saias da Barbara). 3.Diana LynnThe Bride Wore Boots (1946). Irving Pichel

Filme: 2/5


Harriet AnderssonSommaren med Monika (1953). Ingmar Bergman

Filme: 3/5 ("Não podendo suportar o amor, a Igreja quis ao menos desinfetá-lo, e então fez o casamento"- Baudelaire.)





1.Aki Maeda2.Sayaka Ikeda3.Kou Shibasaki4.Chiaki KuriyamaBatoru rowaiaru (2000). Kinji Fukasaku

Filme: 3/5 ("Perguntei ao senhor Fukasaku como ele queria que eu atuasse, e ele respondeu que queria que eu atuasse como eu próprio, no dia-a-dia"- Takeshi Kitano.)



Schönes Mädchen à espera do seu Führer. Trumph des willens (1935). Leni Riefenstahl

Filme: 5/5 (Cinco formas de ler o Mein Kampf: aceitação total de cada palavra como a Verdade Suprema; vomitar enquanto se lê; recusar a aproximação a menos de 100 kilómetros de qualquer exemplar; ler de forma distanciada e científica, como o António Costa Pinto; comprar uma bateria, dois paus, e dar umas batucadas sempre que se acaba de ler um parágrafo.)


Blake LivelyThe Shallows (2016). Jaume Collet-Serra

Filme: 1/5 (Um filme com uma découpage tão deficiente que nem sequer dá para apreciar, calma e refletidamente, o corpo da Blake Lively- a única cousa de interesse por aqui.)


Nicole de BoerCube (1997). Vincenzo Natali

Filme: 3/5



1.Mika Boorem2.Kate BosworthBlue Crush (2002). John Stockwell

Filme: 2/5 (O mesmo problema de The Shallows, mas com a atenuante de ter um final à Rocky, fórmula que resulta sempre, seja num ringue ou no pipeline hawaiano.)



1.Rosa Maria Penna2.Odeta LaraO Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969). Glauber Rocha

Filme: 3/5 (Antônio das Mortes: o maior traidor cinematográfico da burguesia e das forças vivas comunitárias.)


Rosa Arenas & Katy Jurado (após uma das mais belas catfights na "história do cinema"). El Bruto (1953). Luis Buñuel

Filme: 4/5





1.Beverly D'Angelo2.Christie Brinkley3.Dana Barron4.Jane Krakowski ("daddy say's i'm the best at french kissing!"). National Lampoon's Vacation (1983). Harold Ramis

Filme: 4/5 (A conversa do Chevy Chase com o Anthony Michael Hall no Monument Valley: "That's gold, Jerry! Gold!".)






1.Sheila Kennedy2.Beverly D'Angelo3.Claudia Neidig4.Dana Hill5.Moon Unit Zapa. National Lampoon's European Vacation (1985). Amy Heckerling

Filme: 1/5 (Estereótipo de norte-americanos numa Europa estereotipada por americanos estereotipados. Pelo menos ninguém fica a rir.)


Nathalie PascaudLes vacances de Monsieur Hulot (1953). Jacques Tati

Filme: 5/5 (Os planos na cena da pintura do barco/balde com tinta/água do mar de certeza que tiveram a ajuda de qualquer entidade sobrenatural. )


Maine ValléeJour de Fête (1949). Jacques Tati

Filme: 5/5


Kyôko KishidaSuna No Onna (1964). Hiroshi Teshigahara

Filme: 5/5 


Drew BarrymoreFar from Home (1989). Meiert Avis

Filme: 2/5 (A Drew entre 1989 e 1995, uma incandescência sexual que deveria ter tido como mentor e protetor o senhor João César Monteiro e os seus sábios conselhos.)





1.Kiersten Warren2.Margaret Colin3.Vivica A. Fox4.Lisa Jakub. Independence Day (1996). Roland Emmerich

Filme: 3/5 (1996, no cinema: Gostei. 2000, numa tv patética: "já tive Semiótica e Metodologias de Análise de Imagem, não posso gostar disto". 2021, num monitor de 40 polegadas: Gostei.)


Kaycee Moore Bless Their Little Hearts (1983). Billy Woodberry

Filme: 4/5 (A cena do barbear na casa de banho é um dos cumes cinematográficos do Autonomy Sensory Meridian Response.)




1.Émilie Bierre. 2.Judith Baribeau3.Marianne FarleyLes nôtres (2020). Jeanne Leblanc

Filme: 4/5 (Um filme, de 2020, sobre um "tema fraturante", sem recurso à câmara à mão, e com planos de duração precisa. Melhor, só acabar o filme e comer uma pata de veado.)


Blanche SweetThe Lonedale Operator (1911). D. W. Griffith

Filme: 4/5 (Em 1911, ver este filme era uma das maneiras mais fáceis de marcar consulta no oftalmologista.)


Claire Holt & Mandy Moore47 Meters Down (2017). Johannes Roberts

Filme: 0/5 (Enquanto as imagens desta coisa passeavam pela vista, lembrei-me daquela vez, talvez em 1999 ou 2000, em que, na boa tradição Constanziana, comecei a beijar uma almofada a pensar que era a Mandy Moore. Felizmente que amadurecemos e deixámo-nos dessas infantilidades.)


Brianne Tju, Sophie Nelisse, Sistine Rose Stallone, Corinne Fox47 Meters Down: Uncaged (2019). Johannes Roberts

Filme: 0/5 ("Mr. Roberts, we will make a sequel, but with a few conditions". "Like what?" "Two white girls, one black girl, and one asian, and all of them must have a scene where they will show their beautiful bodies. And sharks even dumber!" "Deal!".)


Brooke AdamsThe Dead Zone (1983). David Cronenberg

Filme: 5/5 (Dois dos prazeres deste filme: o Christopher Walken a iniciar o filme a falar da lenda do Ichabod Crane e do "headless horseman", e o Michael Kamen a tentar emular na perfeição o Howard Shore.)


Megan Murphy. Deadbeat at Dawn (1988). Jim Van Bebber

Fillme: 3/5 (Algures na segunda metade da década de oitenta, no esgoto industrial de Dayton, Ohio, acontece uma fusão genético-molecular entre o Walter Hill do The Warriors, o Sam Raimi do Evil Dead, um filme da Troma e umas pitadas de Bruce Lee.)




1.Sarah Paxton2.Arielle Kebbel3.JoJo & Emma RobertsAquamarine (2006). Elizabeth Allen Rosenbaum

Filme: 1/5 (A silly season, por estas bandas, é respeitada integralmente.)




Renee French (R.I.P). Cate Blanchett & Cate Blanchett3.Meg WhiteCoffee and Cigarettes (2003). Jim Jarmusch

Filme: 5/5 ("Agora que não fumamos, podemos fumar um cigarro, sem problemas"- Iggy Pop para Tom Waits. Essa frase irá ser a nossa perdição.)


Kathleen QuinlanBreakdown (1997). Jonathan Mostow

Filme: 4/5 (Durante setenta e cinco dos seus noventa e três minutos, não é um dos melhores "filmes de género" amaricanos dos anos 90. É um dos melhores filmes amaricanos dos anos 90. Mas The Vanishing só há um.)




1.Emma Griffiths-Malin2.Melanie Griffith3.Dominique SwainLolita (1997). Adrian Lyne

Filme: 3/5 (Injusto o tratamento dado ao Adrian Lyne, ao longo dos anos, pela "crítica especializada". Um dos mais brilhantes cineastas da comédia involuntária, um homem que lê argumentos e realiza os filmes com uma mão no caralho e outra na Bíblia Sagrada, empunhando num segundo toda a sua repugnância burguesa pela devassidão do mundo, e no outro já se delicia com as formas dos corpos e seus jogos de perversidade. "Blasfémia, digo eu!", "Sim, mas aqueles rabinhos...", lutas viscerais na sua consciência em frente ao espelho. Um homem que nos últimos trinta anos levou aos cinemas planetários um conjunto de contos morais que eram o mais próximo que a classe média/alta estava de se sentir ilibada por ter perigosas tentações demoníacas. E que ainda por cima deixou a comunidade feminista a espumar durante anos, devido ao Fatal Attraction. A espuma foi tão grande que se formou um mini-oceano no espaço entre a Village e a Battery nova-iorquinas. Um homem que colocou a Kim Basinger a rastejar aos pés do Mickey Rourke, procurando notas, cena vista algures em finais dos anos oitenta e que comtribuiu para a rectidão ética que nos tem guiado o caminho ao longo destes anos. Vinte anos depois do seu último filme, o delicioso Unfaithful com a grandiosa Diane Lane, está de regresso com Deep Water. Actores: Ben Affleck, Ana de Armas. Sinopse: Um marido que permite á sua esposa que ela foda com outros para assim evitar o tédio conjugal, torna-se o principal suspeito do desaparecimento de alguns desses amantes. Se conseguirmos voltar a pisar alcatrão, com certeza que iremos ao cinema ver a reação de indignados casais com a podridão moral que há neste mundi.)


Emma, Sylvester's mistress (é assim que munto homem vê as mulheres: um decote e pernas. Cá estaremos para os caçar a todos). Tweetie Pie (1947). Friz Freleng

Filme: 5/5


Sharon MaidenClockwise (1986). Christopher Morahan

Filme: 3/5 (John Cleese e muito do elenco do Fawlty Towers. E um argumento. E mais uma prova de como os automóveis ingleses, nos anos setenta e oitenta, foram desafios à flexibilidade e paciência humanas.)



1.Françoise Dorléac2.Jacqueline Bisset. Cul-de-sac (1966). Roman Polanski

Filme: 4/5






1.Gage Golightly2.Maia Mitchell3.Halston Sage4.Audrey Grace Marshall5.Gabrielle Anwar. The Last Summer (2019). William Bindley

Filme: 2/5 (Açúcar da Netflix. Tão despudorado em agredir as "velhas gerações" e em abraçar as novas que se torna irresistível. E rever a Gabrielle Anwar, vinda diretamente do mausoléu dos anos noventa-Body Snatchers do Ferrara, Scent of a Woman-, foi um prazer.)


Paula BeerPampa Blues (2015). Kai Wessel

Filme: 2/5 (Enquanto se agarra coragem para ver o Undine, ganha-se o tempo a ver os trabalhos anteriores pré-Petzold. Neste caso, um "filme de tv" com todas e qualidades e defeitos de 95% dos mesmos.)