A Decade Under The Influence, documentário a meias do falecido Ted Demme e de Richard La Gravanese, é um compêndio cine-bolso dos cinematográficos anos setenta amaricanos (punheta). Começa logo no vistoso genérico, com imagens icónicas dos filmes icónicos da década de setenta (broxe), um aviso à navegação de que aqui não se vai entrar por mares desconhecidos, mas antes por terrenos reconhecíveis. O Schrader (gordíssimo) diz-nos que os anos setenta (cona) começaram em sessenta em oito, quando os tirânicos estúdios ficaram sem sistema, o que conjugado com os ares do tempo criou a oportunidade para cabeludos e barbudos mostrarem que o cinema na era apenas a Ingrid Bergman a beijar o Bogart no nevoeiro de Estúdio, mas também uma predisposição para abordar "temas importantes". Os rostos dos setentas amaricanos (mamas) estão bem representados no documentário, até o John G. Avidelsen aparece, mas não o Spielberg ou o Lucas, esses putanheiros que estragaram algo tão puro e lindo como algo que eu nem sei expressar, e já salpico estas teclas de lágrimas. Vamos avançando por ordem cronológica, sem sobressaltos, o Nixon e o Vietname, o Friedkin a contar que o poster original do The Exorcist era uma menina com a mão cheia de sangue e, em letras garrafais, FOR GOD SAKE, SAVE HER!, muita nostalgia, muitos encómios, até vir esse filha da puta desse tubarão esfomeado e rebentar com os nobres sentimentos dos senhores e senhoras, prometi que na iria chorar muito, bom, ao menos o Scorsese, timidamente, é certo, ainda diz "Há apenas um Spielberg. Ele na tem culpa que os estúdios tinham ido nessa direcção", mas nada de mais contraditório ou em que se dissesse, ao menos, que "os anos 70 amaricanos (caralho) não são assim tão bons", mas nada. Ou então alguém que afirmasse, na boa, que "só entre 1939 e 1942 fizeram-se mais obras-primas no cinema norte-americano do que em toda a década de setenta amaricana (fodilhão) (e que vai desde 1968 até 1981, altura em que a Michael Cimina exterminou de vez com o bicho)". Mas nem isso.
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