Ai, a televisão que não deu notícia da morte do Chris Marker, e preferiu antes gastar o seu tempo com reportagens histéricas sobre a chegada dos atletas olímpicos medalhados às suas terras, ai, é sempre a mesma coisa, no limite, é claro, ai, e o novo clip da Madonna, onde, no limite, se constrói a narrativa medirional de uma substância aziótica e recalcada das medusas octogonais e messiânicas de uma bojarda limitativa da roupa e lavagem cerebrais. No limite.
Bom, quando um qualquer Guedes de Carvalho ou escritor Rodrigues apresentar a morte de um Chris Marker nos seus pedaços "informativos", entre "um incêndio que deixou um rasto de destruição" e zooms nas caras dos protagonistas para apanhar as suas lágrimas, então ficaremos a saber que não foi a televisão que melhorou, mas sim que o cinema terminou, de facto. No limite, claro.
1 comentário:
Já dizia o Daney que o zoom era um dispositivo de fobia, ao passo que o travelling era um instrumento de desejo. Mas, quanto ao João Lopes, digo que o politicamente correcto tem limites e que os bois têm nomes.
Enviar um comentário