quarta-feira, 1 de agosto de 2012

relativismo temporal.


Ah, os sentimentos humanos, ah, como são bonitos e complexos. Há quatro anos rezava, a cada prova, para que esse monstro não ganhasse o ouro (já nem era questão de rezar para que não fosse medalhado), tecendo impropérios gravíssimos contra a sua pessoa, com o culminar dos vómitos linguísticos a ser atingido na célebre prova dos 100m mariposa, ganha pelo Cavic, mas atribuída ao bisonte. Há algumas horas, antes da prova dos 200m mariposa, estava com um nervoso miudinho que jamais pensaria ter em qualquer competição que não envolvesse um jogo da bola do FCP em Carnide. "Anda, caralho!", "anda, porra!", "anda, filho da puta!, "anda, anda, anda, foda-se!", "mais depressa, pá!", "qué isto, caralho?", "olha o le Clossssssssss, cabrão!", puxava eu pelo adamastor caído em desgraça, um quase has been que faz despertar a simpatia pelos seres humanos imperfeitos, longe da antipatia raivosa pela robótica invencível de há quatro anos. Não é Ouro é Prata, na faz mal, toca a andar, só falta uma, vamos lá, boi Lochte a ajudar nos 200m estafetas, tá quase, ai jesus que vem aí o chinês de quatro metros, ainda o apanha, não apanha nada, é agora, é agora, já está. 19 medalhas. "Melhor jogador de todos os tempos". E ainda não acabou. Bom, deve ser por esta compaixão que um gajo (não eu, que eu sou de ferro e aço) gosta do Expendables. Parece que no 2 os heróis vão estar como se encontravam os chefes mafiosos no tribunal no "Casino".

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