sexta-feira, 18 de maio de 2012

balada da praia dos cães.


A praia frequentada por este humilde servidor de Deus está infestada de cães. Pensava eu que os passeios caninos se desenrolavam apenas no Inverno, mas parece que não, parece que agora os donos, mesmo com o areal repleto, tratam de invadir o espaço de cada um com os seus animais. E deixam-nos à solta. E se ainda fossem cães de raça nobre, como pastores merkéis ou cães da Serra da Estrela ou labradores ou pittbulls ou coiso, mas não, estes são uma minoria muito minórica; o que prevalece são aqueles cãezinhos liliputianos*, que ladram e ladram e ladram, e que, devido às suas figuras ridiculas, tentam compensar as suas fraquezas com intimidações soezes aos seres muito humanos que passam por eles. Para gáudio dos donos, que mais parecem os verdadeiros servos dos cães. Se calhar estes cães adquiriram um poder como as máquinas do T2, ou então é o novo Planet of the Dogs, transformado em propriedade canina. Espero, antes do Verão acabar, mandar um pontapé num. Ou então mostro-lhe uma foto do Eugène Green acabado de acordar. Vodka de merda, esta. Alexandre Soares dos Santos, a mim não me enganas mais tu.

* estranho como aqueles mass murderers escolares nunca invocam, como influência grandiosa para as suas performances, a obra-prima de Jonathan Swift.

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