segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Golden Slam

Depois de Graf, Agassi e Nadal, há um português a almejar ganhar todos os torneios do Grand Slam. Ele chama-se João Salavisa e já vai em dois. Gostei do "Arena" e o tipo parece-me simpático, menos agora com aquela infantilidade "este prémio é para o governo, mas só se ajudarem com 50 mil euros os meninos do cinema a fazerem filmes de 15 minutos". Patético discurso, João, quase tão patético como uma foto por aí a circular: Miguel Gomes engravatado e posando para a foto com o seu bigodinho e ar de pantera cor-de-rosa, erguendo o copo de champanhe. Resume-se a isto a por alguns denominada elite do cinema português: entre o discurso e pose pobretana, pedinchando subsídios grotescos, por um lado, e a passadeira vermelha de Cannes, Berlim, Veneza (onde, segundo Teresa Vilaverde, os meninos do cinema têm que beber água da torneira do quarto de hotel, porque a Evian está cara...), onde se pavoneiam para as revistas que os consagrarão até à próxima moda. Não faltarão, claro, os defensores do patrocínio do cinema português (até o Mourinha já se converteu à "paisagem audiovisual" portuguesa, agora que ela foi legitimada com prémios), batendo na tecla de que isto é positivo para todos. Resumindo e concluindo, o provincianismo do costume.

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