sábado, 11 de maio de 2013

Capitão Paddock

O que faz com que a música do B seja efectiva, comprovada e certificadamente uma merda? Vamos aos aspectos principais, eles bastam. O timbre de voz do B oscila entre o Vasco Santana a pedir lume ao candeeiro e o António Silva a dizer para as pessoas esperarem enquanto as válvulas do rádio aquecem. A extensão vocal da voz do B nem uma oitava alcança; fica-se aí por uma quinta diminuta. Aliás, no B tudo é diminuto, à excepção da falta de vergonha na cara: essa transborda, tivesse ele um pingo dela e trataria de estar calado. Quanto à capacidade de execução, B limita-se a tocar viola, no sentido em que o corpo dele toca na viola quando lhe pega. Tocar no sentido de produzir música daquelas cordas presas a uma caixa de madeira, isso já é outra história. De harmonia nem vale a pena falar, a pouca que ali se vislumbra é banal e desinteressante. O que o B toca é o que tocam as pessoas antes de aprenderam a tocar guitarra. O ritmo é o de quem não é capaz de manter no tempo um 4/4 durante cinco compassos seguidos; deve haver mais precisão rítmica num martelo pneumático a furar betão do que nas musiquetas do B. Eu, pelo menos, prefiro ouvir um martelo pneumático do que ouvir o B. Em matéria de letras mais do mesmo: rimas infantis, métrica disparatada de quem não faz ideia do que seja escrever para cantar e prosódia medíocre. Um daqueles casos em que tudo é mau, como ilustra o pequeno vídeo citado pelo alf em que o B resolve armar em parvo com uma velhota que inteligentemente não está para o aturar e o deixa a falar/berrar/gemer sozinho. (não coloco link porque achei essa coisa da música portuguesa a gostar de si própria uma colectânea exemplificativa do que de mais indigente se faz na música em Portugal e eu não me posso esquecer que este blog é lido por crianças). Passo ao lado do pedantismo hispter da criatura. Meia dúzia de jornalistas e críticos ignorantes – todos os críticos tugas de música pop/rock, à excepção de dois, são ignorantes nas mais básicas noções do que é ser músico, compor música, tocar um instrumento, tocar ao vivo, etc. – juntaram-se para inventar o B. Cabe-nos a nós, pessoas esclarecidas e providas de bom senso, repor a verdade dos factos. 

Só acho abusiva a alusão ao João Bonifácio. Não é ignorante. Hoje estará certamente a sofrer com o morticinio no Porto. Abraço, João.