24.12.2025 (III).
FILMES AVULSO (RE) VISTOS POR AÍ
I'll Be Home for Christmas (1988). Marvin J. Chomsky
Filme: 3/5 (Eva Marie Saint: uma estrela (não necessariamente natalícia) a pairar levemente neste mundo há já cento e um anos.)
Empty Socks (1927). Walt Disney & Ub Iwerks
Filme: 3/5 (Do Gato Julius, passando pelo Coelho Osvaldo até todas as experimentações anteriores desaguarem no Rato Mickey: nesta progressiva antropomorfização de animais animados o que se foi ganhando em avanço tecnológico e suavidade de traço foi-se perdendo em imaginação delirante a beirar a pura anarquia.)
Noite de Paz (2011). Jorge Cardoso
Filme: 2/5 (Versão portuguesa mais (abençoadamente) rústica e naturalista (ou televisiva, se se preferir) dos brinquedos açucarados que são os "filmes de natal" da Hallmark. A Sandra Celas está muito bem, embora a sua verrinosa linguagem e a sua sensualidade corporal também pudessem estar a ser servidas num corpo de "femme fatale" lusitano.)
A Christmas Carol (1977). Moira Armstrong
Filme: 3/5 (Das 459 versões audiovisuais do livro de Dickens, dificilmente se encontrará alguma de caráter mais minimalista do que esta de fins de 70's, tanto na sua duração- nem chega a uma hora- como de propósitos de mise-en-scène: cenários de espaço diminuto, pouquíssimos adereços, paredes pintadas ou de cartão, e paisagens desenhadas por laboriosas mãos de artista. O espírito da obra-prima, contudo, mantém-se inalterável.)
Dear Santa (2024). Bobby Farrelly
Filme: 2/5 (As comédias, mesmo as mais inaptas/convencionais dos irmãos Farrelly- embora neste caso seja só um dos irmãos a realizar- têm sempre aquele interesse de, no interior da engrenagem familiar/all american way/felicidade suburbana, introduzirem pepitas de "estranheza" desvirtuosa que as colocam sempre num ângulo ligeiramente entortado em relação ao resto das que se produzem há anos em Hollywood. E viva ao Pai Natal e ao Pai Satanás!)
Red One (2024). Jake Kasdan
Filme: 1/5
The Baltimorons (2025). Jay Duplass
Filme: 2/5 (Mumblecore natalício na cidade de Baltimore. Como estamos imbuídos de um verdadeiro sentimento fraterno pela Humanidade nesta época do ano, escrevemos que aguentámos até ao fim a visão do filme e sem muito custo, até.)
Un conte de Noel (2008). Arnaud Desplechin
Filme: 1/5 (Quando é que o naturalismo- indisciplinado, errante, aleatório, pimba- "cinematográfico" francês (e que tem neste "realizador" um dos seus expoentes)- irá a julgamento em Haia?)
Novogodnee Puteshestvie (1959). Pyotr Nosov
Filme: 3/5 (De entre os vários crimes que o comunismo bolchevique perpetrou, há um que nunca é mencionado, o que é de muito lamentar, e que foi o seguinte: o banimento da figura do Ded Moroz (o Pai Natal russo) após a revolução de 1917. Felizmente que não há mal que dure para sempre, e em 1935, o caridoso e bom de coração José Estaline decidiu recuperar o barbudo- mais a sua adorável netinha, Snegurochka- para voltar a distribuir presentes ás crianças soviéticas. Os cínicos e partidários da real politik dirão que foi um ressuscitar com contornos de apropriação ideológica, mas nós, por outro lado, diremos que qualquer pretexto e fim, sejam eles comerciais ou de abuso de poder, são justas armas se o objetivo for trazer de volta á superfície Ded Moroz ou o Santa Claus.)
Snegovik-pochtovik (1955). Leonid Amalrik
Filme: 3/5 (Os meninos, tristes por não terem árvore de natal para o Ano Novo (não havia nas lojas, certamente)- pedem a um boneco de neve para ir ter com Ded Moroz e a este pedir lhe que lhes dê uma. O boneco lá vai mas a muito custo, durante a invernosa viagem, terá de escapar ás capitalistas e oportunistas garras de uma raposa, de uma coruja e de um lobo, respetivamente a França, a Inglaterra e os Estados Unidos. Tudo, no entanto, acabará em bem quando chegado ao seu destino, Ded Estaline, bonacheirão, entrega-lhe uma árvore de natal novinha em folha para ele entregar aos meninos e meninas.)
The Polar Express (2004). Robert Zemeckis
Filme: 5/5 (It's the most wonderful time of the year. Ver The Polar Express junto com animações russas natalícias dos anos cinquenta serviu para concluir que há mais algo que os une do que os separa (formalmente, claro).
Kogda zazhigayutsya yolki (1950). Mstislav Pashchenko
Filme: 4/5














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