segunda-feira, 12 de junho de 2023

Frames (34).








1.Plano Nacional de Leitura. 2.Susan Travers. 3.Pamela Green. 4.Anna Massey. 5.The Cake. 6.Maxine Audley. 7.Moira Shearer: a magia do medo. Peeping Tom (1960). Michael Powell

Filme: 5/5 (Criterion #58)








1.Arte Mural na L.A. dos anos 40. 2.Cervejas, amendoins e uma mesa de café: combinação de materiais imune a transformações espaciais, sociais e temporais. 3.Denzel Washington está num Noir, logo, fuma. 4.Tom Sizemore (R.I.P.). 5.Jennifer Beals: la belle femme fatale. 6.Seria com todo o agrado que o faríamos, cara Jennifer. 7.Tabaco mexicano na década de 40 do século XX. Devil in a Blue Dress (1995). Carl Franklin

Filme: 2/5 (100 melhores Film Noirs de todos os tempos para a Paste Magazine. Número 91. Reverencioso olhar- e falsamente revisionista- sobre os costumes e marcas do Noir. Apenas se alteram as coordenadas raciais. Não está mal.)








1.Altar à "Mãe Fordiana". 2.Os últimos vinte centímetros do corpo da Janet Gaynor. 3.George O'Brien & Janet Gaynor: é um filme de Ford, sim senhor, e também é um aquecimento dos românticos motores para o Sunrise do ano seguinte. 4.A paz só se consegue através da guerra: lei universal de todos os tempos. 5.Janet Gaynor. 6.Fantasmagorias fumarentas. 7.Margaret Livingston, a (belíssima) puta da babilónia citadina de Sunrise. The Blue Eagle (1926). John Ford

Filme: 3/5 (Tentativa de fazer uma integral John Ford, por ordem cronológica, e tendo como fonte a Wikipedia. Filme apenas disponível no You Tube e sites avulsos por essa internet afora, numa cópia VHS mais esfarrapada que as partes baixas da Cicciolina. Há uma- presumivelmente em muito bom estado- na Biblioteca do Congresso norte-americano, mas só poderá ser acedida com o recurso a verificação ocular. Recomendam-se os seguintes passos para, nestes preparos, usufruir de The Blue Eagle nas melhores condições possíveis: Passo 1) ir à missa logo ás 8 da manhã de segunda-feira. Como você não faz nenhum e é um fardo para a sociedade, terá todo o tempo do mundo para tranquilamente ir à igreja mais próxima. Aí, não só pedirá perdão ao Senhor por ter olhado gulosamente para a boca de broche da sua cunhada como rezará, febrilmente, para que a sua esposa e os dois inqualificáveis filhos que resultaram do vosso matrimónio passem o próximo fim-de-semana na casa da sua sogra. Passo 2) chega quinta-feira e as rezas parecem ter resultado: a sua mulher anuncia, durante o horroroso jantar que uma vez mais preparou, que irá de fim-de-semana para casa dos seus pais, e, melhor ainda, leva os piquenos. Você, subtilmente, olha para o tecto, agradecido. Passo 3) Sexta-feira e as pessoas que diariamente vivem consigo vão-se embora e você tem três dias para fazer o que quiser, desde que uma dessas cousas seja ver o The Blue Eagle e a outra não seja marcar encontros sexuais no Tinder e demais aplicações do demo; é que uma mamadinha de uma loira de vinte aninhos não se compara absolutamente nada com os dinheiros que a sua esposa lhe dá para o tabaco e vinho de pacote, seu desgraçado. Passo 4) Hora de visionar The Blue Eagle, de John Ford. Você nem quer acreditar que tem a Smart TV só para si, é um sonho lindo. Escuridão possível; retire o som, que a banda-sonora é de sustos; acompanhe com um enorme cálice cheio de aguardente. O efeito desta, aliado ao belo jantar de Bacalhau À Gomes de Sá que fez para si próprio- para compensar os anos e anos de massacre gastronómico que tem sofrido- irão lentamente começar a produzir efeitos mentais e físicos em todo o seu ser, e as imagens esfaceladas de The Blue Eagle começarão a encaminhar-se para os domínios das assombrações espectrais. Finalmente, você acorda, e descobre que não tem mulher, nem filhos, nem cunhada, nem cálice com aguardente e que muito menos fez Gomes de Sá para o jantar. Afinal, foram apenas as oníricas impressões do filme de Ford que o levaram a ter tamanhas fantasias doce-amargas. Contudo, uma cousa se mantém: você não contribui absolutamente nada para o notável desenvolvimento da sociedade. Foi tudo um sonho, papá!.)


Britney Spears (💓). Time Out with Britney Spears (1999). Jac Benson II

Filme: 3/5 (Alguém que resgaste a querida Britney do purgatório instagramiano e a coloque num filme de body horror. Agora que o Cronenberg já não tem vida para isto e o filho não parece valer um tostão furado, terá de se esperar pela pessoa certa para a tarefa. Julia Ducournau? Eu?)


Uma boneca de plástico e uma genuína Barbie. Framing Britney Spears (2021). Samantha Stark

Filme: 0/5 ("Documentários" televisivos nos anos 20 do século XXI: implacável massacre de sensacionalismo informativo, poluidora descarga de sonoros e visuais resíduos tóxicos, e bocas faladoras a debitarem opiniões e sons redigidos por alunos da pré-primária.)


Luca Lionello. Napoli, Napoli, Napoli (2009). Abel Ferrara

Filme: 3/5 (Que desgraça de época futebolística. O ------- campeão em Portugal, o Shitty vencedor em Inglaterra e na Champions, o Sevilla já irrita na Liga Europa, o Bayern a pedir a todos os santinhos para perder o campeonato para os cornos mansos do Dortmund e mesmo assim ganha, menos mal que o Barcelona ganhou em Espanha e, sobretudo, que o Napoli, ao fim de trinta e três anos, idade de Jesus na Cruz, tenha finalmente vencido o Scudetto. A festa deverá ter sido épica, quase tão grande como em 1987, altura do primeiro título, e que na altura levou a que alguém tenha escrito na parte de fora do muro de um dos cemitérios da cidade "vocês nem sabem o que estão a perder" (como se pode comprovar neste filme). Bem que merecem, os napolitanos. É certo que também têm a pizza, mas...o medo é algo que os acompanha diariamente. O medo que o Vesúvio expluda de vez e o medo (como se diz neste filme) latente da violência quotidiana em qualquer canto. Dois tipos de erupção que não devem fazer muito bem ao juízo de qualquer pessoa que ainda não esteja anestesiada pelo fastio diário da vidinha.)







1.Aquela estranha arte da mise-en-scène. 2.Mechthild Grossman. 3.Karin Ball. 4.Barbara Valentin. 5.Gunter Lamprecht (R.I.P.): nos filmes de Fassbinder, os olhos brilham e brilham. 6.Elisabeth Trissenaar. Berlin Alexanderplatz: Die Strafe beginnt (1980). R.W. Fassbinder

Filme: 5/5




1.República de Weimar, 1928: conjunto de moedas que dava para comprar meia sande mista. 2.Hanna Schygulla. 3.Elisabeth Trissenaar. Berlin Alexanderplatz: Wie soll man leben, wenn man nicht sterben will (1980). R. W. Fassbinder

Filme: 5/5




1.Elisabeth Trissenaar. 2.Angela Schmid. 3.Claus Holm come sopa: como diz o José Raposo no Noite Escura, "é o que se leva desta vida". Berlin Alexanderplaz. Ein Hammer auf den kopf kann die Seele verletzen (1980). R. W. Fassbinder

Filme: 5/5





1.Felizmente, daí a uns poucos anos, haveria emprego e felicidade económica para toda a gente no mesmo espaço geográfico onde Franz Biberkopf profere essas palavras. 2.Napalm, 2036. 3.Katrin Schaake. 4.Hanna Schygulla. Berlin Alexanderplatz: Eine Handvoll Menschen in der Tiefe der Stille (1980). R. W. Fassbinder

Filme: 5/5


Kim Wilde. Chequered Love (1981). Brian Grant

Filme: 3/5 (Cultura ocidental das imagens em movimento: 1959- impossível filmar sanitas e banheiras. 1981- videoclips inteiramente rodados no interior de uma casa de banho (é certo que numa luxuosa casa de banho apenas acessível a bolsos enfrascados de notas ou construída de raiz para a filmagem de um videoclip.).)


Madrid Open 2023

Enquanto víamos algumas partidas de Roland Garros 2023, não podemos deixar de reparar, escandalizados, no pormenor da ventania levantar as mini saias desportivas das jovenzinhas ball girls. É certo que, de acordo com a etiqueta de vestuário, elas não têm nenhuma cuequinha provocatória por baixo, mas antes calções de lycra. Ainda assim, nada que nos impeça de protestar da forma mais veemente. Porque é que não as vestem com neutrais calções, como fazem com os rapazes? E se querem sexualizar as meninas, ao menos façam como no Madrid Open, que colocou modelos profissionais de generosas formas e roupa proto pornográfica a apanhar bolas de tennis. Mas eu tenho de pensar em tudo? 

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