segunda-feira, 13 de junho de 2022

Frames (7).




1.Caty Rosier. 2.Catherine Jourdan. 3.Nathalie Delon. Le Samourai (1967). Jean-Pierre Melville

Filme: 5/5 ("Ó colega, tem aí o seu exemplar do guião deste Samurai? Tenho sim, camarada. É só no meu exemplar ou no da colega também há ausência de motivos confessadamente sociais? Quer dizer, camarada...pode-se descortinar uma apologia da responsabilidade e da honestidade, valores éticos indiscutíveis mesmo que aplicados por um assassino a solo. Por outro lado, camarada, também parece haver uma valorização do individual contra o coletivo, e o papel da mulher está completamente subalternizado em relação aos seus pares masculinos. Pois é colega, afinal não é só no meu exemplar. Este Melville anda a gozar com a tropa. Ai, camarada, camarada...". Júri de um qualquer instituto de cinema num qualquer país banhado por áuguas mediterrânicas num qualquer planeta habitável de um qualquer sistema solar de uma qualquer galáxia do cosmos.)


Jeanne Moreau. La mariée était en noir (1968). François Truffaut

Filme: 3/5 (Teria sido mais interessante se os homens fossem exemplares cidadãos e respeitadores da dignidade feminina e não criaturas acabadas de sair da imaginação da Valerie Solanas.)



1.Isela Vega. 2.Janine Maldonado. Bring Me the Head of Alfredo Garcia (1974). Sam Peckinpah

Filme: 5/5 (Garrafa de tequilla comprada em Dezembro de 2020. Quase intacta até há uns dois meses, quando se reviu isto. Está vazia. Não é de admirar que as ditaduras atribuam tanta importância ao cinema.)



1.Angie Dickinson. 2.Nancy Allen. Dressed to Kill (1980). Brian de Palma

Filme: 5/5 (O Dennis Franz iniciaria aqui e completaria no Hill Street Blues o seu outro métier além da representação: o de supremo mastigador de pastilha elástica.)


Zoe Lund. Ms. 45 (1981). Abel Ferrara 

Filme: 4/5 (Pergunto-me se todos os becos de Nova Iorque- ou de qualquer outra grande cidade norte-americana- nos anos 70, 80 e 90 eram uma amálgama de lixo, comida e jornais apodrecidos ou se isso se tornou um cliché cinematográfico criado pelos production designers, tal como aquele do carro em perseguição que batia sempre numa bancada de fruta ou nos contentores do lixo.)





1.Barbara Sukowa. 2.Karin Baal. 3.Elisabeth Volkmann. 4.Rosel Zech. Lola (1981). R. W. Fassbinder

Filme: 4/5 (Fazer uma double-bill com o One From the Heart e depois enxaguar os olhos durante uma semana com film noirs série Z dos anos 40 e neo-realismos italianos do pós-guerra.)




1.Gwenaelle Simon. 2.Aurelia Nolin. 3.Amanda Langlet. Conte d'été (1996). Eric Rohmer

Filme: 5/5 (É um filme onde se come um Cornetto.)




1.Yûko Daike. 2.Kayoko Kishimoto. 3.Shoko Kitano. Hana-bi (1997). Takeshi Kitano

Filme: 5/5 (E só agora é que reparei na lágrima que cai pelo rosto do Horibe quando ele está a ver a montra de flores e a imaginar pinturas.)


Jada Pinkett Smith. Collateral (2004). Michael Mann

Filme: 4/5 (O Adam Driver vai entrar no próximo filme do Mann. Portanto, como o Blackhat não conta, a sua filmografia terminou, aos dias hoje, no Public Enemies.)



1.Vera Farmiga apalpa e come uma banana depois de uma noite de impotência do Matt Damon. Jack Nicholson cabotina entre duas senhoras distintas. The Departed (2006). Martin Scorsese

Filme: 5/5 ("O que acha do Scorsese? Acho interessante. Mas prefiro o Coppola.". César Monteiro, algures por aqui.)






1.Constance Powers. 2.Betty Robinson. 3.Edy Williams ("there isn't a customer here who doesn't want to hang his fedora on her"). 4.Karen Conrad. 5.Marie Devereux. The Naked Kiss (1964). Samuel Fuller

Filme: 4/5 (Criterion #18)


Constance Powers. Shock Corridor (1963). Samuel Fuller

Filme: 4/5 (Criterion #19)



1.Clara Williams, como o raio de luz republicano do este americano, pronto a desinfestar a maldade da costa ocidental do grande país. 2.Louise Glaum, sedutora serpente pecaminosa e democrata do oeste americano, pronta a levar por maus caminhos a candura dos vigários da costa oriental do grande país. Hell's Hinges (1916). Charles Swickard, William S. Hart & Clifford Smith

Filme: 4/5 


Maddie Hasson & Annabelle Wallis. Malignant (2021). James Wan

Filme: 1/5


Modelos dos anos 90 que atualmente já deverão pesar mais uns quilinhos. Your Painted Smile (1994). Zanna

Filme: 4/5 (O único momento no Malignant que nos fez escapar de um descansado tédio foi aquele em que, vindo de nenhures, começa a dar os acordes do Your Painted Smile, do Bryan Ferry. Como só dura uns segundos, logo voltámos ao descanso de bela pasmaceira. Contudo, foi suficiente para mais tarde nos reavivar a curiosidade pelo videoclip, demonstração assaz heteronormativa e patriarcal do papel do Bryan como um dos grandes fetichistas e escopofilíacos da história da música. Eu iria dar um nome de algum artista atual que fosse o exato oposto, mas eu não conheço ninguém novo na música desde praticamente 2007.)

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