segunda-feira, 6 de junho de 2022

Frames (6).




1.Lana Condor ("the sweet girl"). 2.Emilija Baranac ("the sweet girl's ex-best friend"). 3.Anna Cathcart ("the sweet girl's cute woke sister"). To All the Boys I've Loved Before (2018). Susan Johnson

Filme: 2/5 (Já vi há algum tempo. Lembro-me que gostei razoavelmente. Já não me recordo bem porquê. Mas na altura devo ter, certamente, feito uma análise interior dos códigos cinematográficos e sociais da teen comedy ao longo das várias décadas.)




1.Lana Condor ("the sweet girl, again"). 2.Emilija Baranac ("the sweet girl's ex-best friend, again"). 3.Anna Cathcart ("the sweet girl's cute woke sister, again"). To All the Boys: P.S. I Still Love You (2020). Michael Fimognari

Filme: 1/5 (Já vi há algum tempo. Lembro-me que já não gostei como tinha gostado do primeiro. Não me recordo bem porquê. Mas acho que devia ter qualquer cousa a haver com a paleta de cores do filme se assemelhar a um diário colorido de uma miúda de 13 anos.)




1.Lana Condor ("the sweet girl finds love"). 2.Anna Cathcart ("the sweet girl's cute woke sister finds love"). 3.Emilija Baranac ("the sweet girl's ex-bestfriend finds friendship"). To All the Boys: Always and Forever (2021). Michael Fimognari

Filme: 1/5 (Já vi há algum tempo. Lembro-me que também não tinha sido matéria apreciada. Já não me recordo bem porquê. Mas na altura, seguramente, devo ter olhado para as teias de aranha no tecto e dissertado sobre as diferenças significativas, na teen comedy, entre um olhar predominantemente masculino (anos 70, 80, 90 e princípios dos anos 2000), e um outro maioritariamente feminino (daí em diante). Depois fui dormir, com certeza.) 




1.Meninas nipónicas em ritual de peer pressure. 2.Kasumi Arimura. 3.Yõ Yoshida, mãe fordiana.  Birigyaru (2015). Nobuhiro Doi

Filme: 2/5 (Por seu lado, a teen comedy japonesa da segunda década do século XXI está envolta em belíssimas lições de vida, em momentos lúdicos acabados de sair daquele concurso no Lost In Translation, e numa gama de cores entre os resquícios de uma bola de fogo nuclear e uma brancura que só tem equivalência nas pernas das atrizes.)



1.Minami Hamabe. 2.Keiko Kitagawa. Kimi no suizô o tabetai (2017). Shô Tsukikawa

Filme: 1/5 (Tal como no filme anterior, o Japão parece ter-se aproximado tanto do Sol que deixou de haver noite e sombras e tudo está envolto numa aura de rebentamento de brancos. Como se isso não chegasse, ainda há a propaganda descarada contra os homens que no país se distanciam das convenções da sociedade, longe das grilhetas dos salary men. Os cantos de sereia dos prazeres do casamento não nos...hum...não os iludirão, suas serpentes!)


Rachael Leigh Cook (yes, u' re very pretty).Tom and Huck (1995). Peter Hewitt

Filme: 1/5 (Com 98,7% de certeza podemos escrever que este foi o último filme que alugámos num clube de vídeo, estava 1996 nos seus últimos dias. E de certeza ainda mais absoluta que rebobinámos a fita, para não apanhar multa. Aposto que mais tarde deve ter passado nalguma sessão da tarde de um dos canais generalistas (talvez na RTP 1 ou TVI, já que na SIC as tardes de fim de semana estavam raptadas pelo João Baione e pelo Zé Figueiras.). A Rachael, quatro anos depois, entraria numa das indiscutíveis "obras-primas" da teen comedy caucasiana e republicana.)


Liesel Matthews. A Little Princess (1995). Alfonso Cuarón

Filme: 2/5 (Primeiro e melhor filme amaricano do Cuarón. Sobretudo visto a partir dos dias de hoje, quando a sua estética e narrativa de conto de fadas poderá ter leituras chomskyanas de "apropriação cultural", "liberalismo e neo-colonialismo de boas consciências" ou "o famigerado complexo de culpa caucasiano". Entretanto, a Liesel faria este filme, seria a filha do Harrison Ford no Air Force One, terminaria com a carreira de atriz aos 16 anos, ganharia um processo de 500 milhões de dólares à própria família e iria viver a sua vida. Nunca vi o Roma.)





1.Jenna Ortega. 2.Lumi Pollack. 3.Maddie Ziegler. 4.Shailene Woodley. The Fallout (2021). Megan Park

Filme: 1/5 (Um filme que, "sociologicamente" falando, será relevante enquanto nos EUA vigorar a sensata e justa decisão de não haver qualquer diálogo sobre o controlo de armas. Aliás, para provar quão bem sucedida e ajuizada é esta resolução, temos o grande presidente Bolsonaro a querer entregar armas porta a porta ao povo brasileiro. Para quando cá, Dr. Ventura? Ah sim, o filme. É um filme, sem dúvida: tem planos filmados com uma câmara e atrizes e atores à frente da câmara. E é wokelândia all-over. Chega e sobra para os afilhados de Sundance.)


Menina Conceição perspectiva o futuro do mundo. Era Uma Vez...Amanhã (1972). Fernando Lopes

Filme: 4/5 (As melhores curtas do Fernando Lopes- todas pré-25 de Abril- desprezam vigorosamente as correntes do "filme de encomenda" e transformam-se em exercícios formalistas abstractos, melancólicos, musicais e com dos melhores usos de travellings de curta duração que já vimos nos nossos 765 anos de vida. Nesta, três crianças falam sobre o "amanhã" tecnológico a partir de 1972. Jamais mencionam "redes sociais", SpaceX, Pegasus ou drones. Comovente.)


Renata Moar. Salò o le 120 giornate di sodoma (1975). Pier Paolo Pasolini

Filme: 5/5 (Criterion #17. Reparo que naquele que é, indubitavelmente, o melhor texto jamais escrito sobre o filme, nunca aparece a ganga caucionária do "filme anti-fascista" e do "filme anti-capitalista" (que é, não temos dúvidas, o que leva munto esquerdalhão e munta esquerdalhona a simular o seu "respeito" pelo filme). E aquele pudim continua dar-me sempre vontade de ir fazer um pudim flan El Mandarin.)

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