quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"Sérgio Santos e Napalm como críticos convidados para análise ao cinema de Maya Deren e Chantal Akerman, no simpósio "From the Cunt to the Mouth: Pissing on Men and How Society Deals with It"


representantes das melhores coisas do mundo

Embora pessoas modestas, humildes e tementes a Deus, temos a Verdade como mote supremo deste blogo, e por isso é com algum, mas não excessivo orgulho, que reconhecemos o nosso papel em divulgar os escritos de Sérgio Santos, o homem que encerrou um ciclo iniciado há dois mil e quatrocentos anos por Aristóteles. E se as gerações passadas e actuais fazem uso (maioria das vezes de forma gratuita e poseur) de frases e boutades de críticos famosos, não será por nós que as crianças de amanhã não andarão pelos corredores e pelas salas de cinematecas sem enunciar, de quando em quando, um "pequeno sexo oral" ou a "poderosa dança da poderosa Vanessa Ferlito". Por isso, é com tristeza que escrevemos este post, pois o que se segue é o zénite, o expoente máximo, o cúmulo da genialidade de Sérgio e do seu ofício. É o seu Citizen Kane, onde reúne, contextualiza e distribui harmoniosamente todas as suas espantosas qualidades de escrita, as suas obsessões, as suas punhetas. Um exercício de auto-sampling para a História. Nada mais será igual a partir daqui, pois o patamar não está meramente elevado, mas sim que rebentou o telhado e chegou aos limites do universo conhecido. Cremos, desgraçadamente, que a descida já começou. Sérgio, por amor da santa, não escrevas mais. Faz deste, também, o teu Night of The Hunter. Olha para o exemplo do Dias Felizes, que terminou quando milhares e milhares de idosos em lares iam ver, mal acordavam, o que é que o Ti Straub e o Ti Costa tinham feito no dia anterior. And Now...BEHOLD!:

Comentário : Antes de mais quero dizer que quem me conhece, sabe que eu adoro mulheres e considero as raparigas a coisa melhor que existe neste mundo. Logo, assistir a este filme foi quase como ter um orgasmo de quase noventa minutos, se tirarmos a parte inicial em que o realizador nos mostra a encantadora familia feliz. Eli Roth é um realizador visceral, cujos filmes nos dão a volta ao estômago, ainda à pouco tempo tive a oportunidade de ver um dos seus filmes que não teve direito a estrear em sala no nosso país - “The Green Inferno”. E sejamos sinceros, se este “Knock Knock” não tivesse Keanu Reeves como principal protagonista, provavelmente nunca teria direito a estrear nas nossas salas de cinema. Pessoalmente, adorei este filme e à imenso tempo que um filme não me dava tanto prazer. É que, é muito raro assistirmos a um filme estranho onde duas coisinhas boas se divertem a dar cabo de um homem nojento (existem sites só disto), sim, é isso que Evan se torna ao aceitar ter relações sexuais com duas jovens que têm idade para serem suas filhas, Evan foi mesmo um nojento, é caso para dizer que os homens são quase todos iguais, uns nojentos, enquanto que elas são quase sempre as vítimas, seja em filme ou na vida real. No caso deste filme, estive quase sempre do lado das jovens, porque foi Evan quem errou ao ter relações sexuais com elas, visto ser um homem casado, devia ter-se contido. 

Keanu Reeves teve uma boa prestação, possivelmente a melhor interpretação da fita, embora sejam as jovens Lorenza Izzo e Ana de Armas as verdadeiras estrelas do filme. Não o considero um filme de terror, na verdade, o filme tem pouco sangue e nenhuns sustos. O argumento é apelativo, mas apresenta falhas, por exemplo, o personagem amigo de Evan não serve para nada, o facto dele ter aparecido durante o jogo da tortura e ter morrido (bela forma de morrer, hehehe) são factores que não contribuiram nada para a trama. Eli Roth podia ter desenvolvido ainda mais as atitudes das personagens femininas, ainda que elas tivessem feito de Evan e da casa tudinho o que quiseram. Por exemplo, na parte em que Evan está amarrado na cama, podia colocá-las a escarrar para a boca dele e obrigarem-no a engolir tudo; ou na cena brutal do jogo de tortura das três questões, elas podiam castrar Evan a sangue frio e deixá-lo a esvair-se em sangue até morrer, e depois iam embora na boa; e por último, na cena em que Evan estava enterrado, elas podiam ter mijado na cara e cabeça dele, apenas para tornar tudo mais brutal. Quero dizer que achei as duas jovens, lindas e muito sensuais e lamento que a coisa não tivesse tido contornos mais sérios. Não aconselho o filme a homens de barba rija, aos outros que amam verdadeiramente as mulheres, vão ver e que disfarçem o tesão à saída da sala. Adorei este filme e uma grande salva de palmas para as raparigas, são poderosas e lindas. O final do filme é a prova disso.