sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bresson de pijama.


De Carlos Reygadas apenas tinha visto Stellen Licht, filme que me agradou há uns anitos, embora não esteja muito certo que me sucedesse o mesmo actualmente. Bom, pior que Batalla en el cielo não será. Uma obra onde a austeridade é austera porque alguém deve ter dito ao Carlos, enquanto se comiam uns burritos e se apalpavam umas mamas de uma mexicana qualquer, que Epá, austeridade é que é, é isso que anda para aí a dar nos festivais internacionais de prestígio. Há quem coma austeridade desde a manhã até se ir deitar. Ao que o Carlitos perguntou Mas basta? Mesmo que seja artificial e meramente poseur? E logo surgiu a resposta de uma das kengas mexicanas: Claro. Basta que se assemelhe a algo parecido com contemplação e rigor, a mil léguas do tenebroso cinema amaricano, para teres a vida ganha, hombre. Agora dá-me no cú enquanto me chamas de Clara Ferreira Alves. E pronto. Há sopa religiosa e a inevitável redenção, brochedo e um plano de cona que poderia substituir como designação o famoso travelling de kapo (e por aqui também há um travelling circular a pedir meças ao mais exuberante aluno de uma escola do audiovisual), uma foda com uma gorda que despertará o mais saboroso fetichismo dos gajos que adoram ver badochas a serem comidas por trás, que maravilha, e modelos bressonianos a tentarem serem modelos bressonianos. Mais valia terem filmado, em plano fixo, o Jorge Campos a tocar concertina vestido com uma daquelas suas t shirts de cegar novamente um cego.

Sem comentários: