quarta-feira, 30 de abril de 2014

Maio de 1997


The Doom Generation, "o pior filme da década de noventa", "Jules et Jim em versão dude", traz-nos doces lembranças de épica punhetagem à custa dos encantos labiais e mamários da Rose McGowan, aqui mais meretriz do que nunca. Os outros encantos, os cinematográficos, passaram-nos então ao lado, sendo agora (re) descobertos uma vintena de anos depois, não se sabendo se por justa apreciação dos devidos méritos do filme se por qualquer rançosa e reacionária associação nostálgica da obra de Araki aos bons velhos tempos de cabelos compridos, camisolas de flanela e do rabo da Cátia, hoje casada e com dois filhos, Deus a tenha. Em 2014, o espirito é sossegado com a inexistência de "história", de personagens, de diálogos, de qualquer tipo de moral e ética, apenas e só hedonismo a levar tudo a eito; mais um exemplar do "cinema-biológico": foder, comer e matar, que apenas se serve do pretexto de "retrato da Geração X" para levar os seus propósitos adiante. Portanto, menos domesticável e muito mais melancólico que o Kids da mesma época. Assim sim: jovens sem qualquer tipo de idealismo e rumo é que é preciso. Faz double-bill com o Core, dos Stone Temple Pilots.