sábado, 15 de junho de 2024

Euro 2024 (Dia 1).


Os olhares maravilhados dos jogadores escoceses quando, a escassos minutos de entrarem em campo para os habituais exercícios de aquecimento, o seu compatriota e colega de campo Andy Robertson lhes mostrou uma bola, elucidando os petizes de quais as suas funções. "Nunca vi nada tão belo", afirmou um emocionado- e ajoelhado, rezando- Ryan Porteous. Outros sonhavam com quimeras paradisíacas, como Anthony Ralston, que murmurava "um dia também serei capaz de a fazer mover de forma ordenada!". Agora...se somarmos esta verídica narrativa ao facto da seleção nacional escocesa ter ficado a "jogar" com apenas dez "jogadores" a partir dos 44 minutos de jogo, torna-se prudente não embandeirar em arco perante a goleada infligida pela Alemanha, que aparentemente exibiu uma maior vivacidade e inteligência futebolística na primeira meia hora deste jogo inaugural do Euro 2024 do que na totalidade de todos os jogos desde o final do Euro 2016. Portanto, cautela. Temos a Alemanha teutónica que imponha respeito a toda a gente? Aquela que fazia as mamãs dizerem aos seus filhos "se não comes a sopa vou chamar o Jurgen Kohler", e homens graúdos de meia idade a irem ver, tremendo de medo e ansiedade, se debaixo da cama estava o Guido Buchwald? Ou temos a Alemanha dos últimos tempos, personificação da decadência do ocidente perante a ascensão desse sinistro "sul global", e que se pode particularizar nesse cona de sabão do Havertz, que exibe uma indolência mais própria dos povos de países latinos? Os próximos jogos responderão.

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