domingo, 28 de janeiro de 2024

Frames (52).

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1.Qualquer jovem revolucionário, antes dos dezoito anos, terá de empregar numa frase, com desdém, o conjunto de letras "complexo militar e industrial norte-americano". Só assim se poderá habilitar a ganhar uma insígnia de "jovem munta rebelde". 2.E também, amiúde, numa discussão familiar sobre batatas e manteiga, as palavras "colonialismo europeu" e "imperialismo ocidental". 3.Kim Parker, so beautiful. 4.Um acessório presente em 73% dos filmes Sci-fi norte-americanos dos anos cinquenta. 5.Caras de enterro (som de bateria). 6.Não divulgamos as nossas intenções se, por mero acaso, possuíssemos controlo mental sobre as cousas e matérias do mundo. Nem sequer informamos que tivesse algo a haver com a Vanessa Oliveira (💓) e uma aguardente velha reserva CRF. 7.Livros de ciência. 8.Perfeitas criações naturais do Senhor. 9.Agente comunista a tentar destruir a economia de mercado norte-americana. Fiend Without a Face (1958). Arthur Crabtree

Filme: 2/5 (Criterion #92)













Conversa familiar no início do novo século: "Vai dar hoje à noite na tv um grande filme. A crítica diz muito bem. Tenho de ver.". Qual filme?. "Fargo.". Chegada a noite, e fazendo ronda pelos canais, o comando pousa num filme que já começou. Ao fim de algum tempo: "Mas que merda de filme vem a ser este?". É o Fargo. Aquele de que a crítica diz muito bem.. Fargo (1996). Joel Coen & Ethan Coen

Filme: 4/5 (100 melhores Film Noirs de todos os tempos para a Paste Magazine. Número 63.)

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1.Aplicar um objeto como forma de transmitir um ideal de autoridade, ordem e rigidez. 2.Shirley Temple, so cute. Precisávamos de uma a mediar cada conflito mundial nos tempos correntes. 3.June Lang, so beautiful. 4.O anúncio que deveria estar presente em cada fronteira entre o cinema civilizado e o cinema do Honoré. 5.Victor McLaglen, épico de comoção. 6.Michael Wallen & June Lang: é um filme de Ford, sim senhor. 7.Ford, sismógrafo. Wee Willie Winkie (1937). John Ford

Filme: 4/5 (Tentativa de fazer uma integral John Ford, por ordem cronológica, e tendo como fonte a Wikipedia. John sessão da tarde. Cruzamento entre as alianças e amizades entre um durão de coração mole (McLaglen) e uma petiz mignione (Temple) reminiscente de Kentucky Pride e os misticismos orientais e colonialistas de The Black Watch. É tudo muito tolinho e piroso à superfície, mas como resistir a Shirley e ás suas doces tentativas de se passar por uma diplomata a tentar unir os vândalos insubordinados liderados pelo Cesar Romero e os superiores e civilizados colonialistas e imperialistas sob o comando do C. Aubrey Smith? Gostámos muito, enquanto fumávamos charuto e consultávamos o balanço dos nossos dinheiros na bolsa.)










Mirch Masala (1986). Ketan Mehta

Filme: 3/5 (Na Índia colonialista, havia muito sofrimento para os indigentes e para as mulheres. Havia uma catastrófica desigualdade entre ricos e pobres- através do sistema de castas- e uma mulher, para além de contar para munto pouco na sociedade pública, sabia que a partir dos treze anos havia 91% de possibilidades de, até à sua morte, ser violada pelo menos uma vez em vida. Com a independência do jugo inglês em 1947, tudo isso, felizmente, terminou, e hoje o desnível entre as diversas castas é muito menor (por exemplo, um secretário pessoal de um patrão já o pode olhar nos olhos) e uma mulher viu reduzidas para uns residuais 83% as possibilidades de ser sexualmente violentada. Agora sim, agora é que um dos países chave do novo "Sul Global" pode bater no peito e mostrar a essa gentalha do Ocidente todos os progressos feitos nos últimos setenta anos. Mirch Masala discorre sobre tais tenebrosos tempos imperialistas, numa fusão molecular entre a denúncia social de um Chahine e o "filme de cerco" de um Hawks, perdão, de um Carpenter, perdão, de um Hawks. E imbuído de uma singularidade local, feita de especiarias e cores aberrantes, que muito agrada a ocidentais capitalistas como nós. Mirch Masala, tem, contudo, um problema: é um filme que só pode ser visto nos meses de frio (que são cada vez menos, como bem sabemos). A sua quentura abrasadora, o picante que inunda as suas imagens e se encrosta na mente, pode levar, no verão, um homem a despir-se totalmente, correndo até o risco de ser visto pela sua esposa, que tem tido a previdência e a sorte, nos últimos anos, de não contemplar o seu decadente e envelhecido corpo.)

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1.Naturezas mortas numa antiquíssima arte chamada "composição". 2.Carrie Ng, so beautiful. 3.Os anciãos de Hong Kong, por entre lágrimas convulsas e tremeliques emocionais, contam aos petizes aqueles imemoriais tempos em que havia Natal na sua terra. Os olhos dos muninos e muninas enevoam-se de maravilhamento. 4.Chow Yun-Fat & Danny Lee: Ginger Rogers & Fred Astaire do cinema de Hong Kong, 1986-1992. Lung foo fung wan/City on Fire (1987). Ringo Lam

Filme: 3/5 (R.I.P. Hong Kong.)

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1.Qualquer hora do dia é apropriada para beber três iguais. 2.Karen Mok. 3."Eram os anos 70". 4.Shu Qi, so beautiful. Das profanas capas da Playboy e do porno softcore de Hong Kong ás sensuais presenças no cinema de Hsiao-hsien, com quem colaborou em dois filmes, Millennium Mambo e Three Times e até, mais tarde, num produto intitulado The Assassin. 5.Leslie Cheung (R.I.P.). 6.Naturezas mortas (e vivas) numa antiquíssima arte chamada "composição". 7.Shu Qi & Elvis Tsui. 8.Shu, comprovando que se os chineses tivessem atravessado o pacífico para este, no século XIII, hoje a Califórnia estaria repleta de luzidias asiáticas e até haveria espaço para existirem pequenas comunidades caucasianas disseminadas por aqui e por acolá pelo estado norte-chinês. 9., 10., & 11.Shu, arrasadora. Para obter uma epiderme tão sedosa, macia ao olhar e apelativa à libido alheia, só são necessárias duas condições: ser jovem e ter sido atingida pelo toque divino. 12.Tenho de comprar um ioiô. Sik ching nam lui/Viva Erotica (1996). Tung-Shing Yee & Chi-Leung Law

Filme: 2/5 (Oito e Meio do e no cinema erótico de Hong Kong que simultaneamente homenageia e ridiculariza o então popular cinema do Kar-Wai. É um filme cujos limites se encontram no facto de homenagear e ridicularizar o então popular cinema do Kar-Wai. Mas isso é cousa para o atento e exigente espetador do cinema. Agora, Shu Qi, os ombros, os olhos, os seios, os lábios...isso já é para nós.)



Aferim! (2015). Radu Jude

Filme: 4/5









Salon Huda (2021). Hany Abu-Assad

Filme: 4/5 (Hamas traditoribus non premiae.)


Tot Watchers (1958). Joseph Barbera & William Hanna

Filme: 1/5 (Último filme de Tom & Jerry dirigido pela dupla Hanna & Barbera. Decrepitude, preguiça, desmazelamento: assim foram os últimos filmes desta fase, fruto, também, de gigantes cortes no orçamento disponibilizado pela MGM e pela cedência formal aos cada vez mais consumistas e "rebeldes" anos 50 amaricanos (e que daria origem a lástimas como Flinstones, Jetsons ou Tom Cat). Qualquer semelhança com os sofisticados prodígios coloridos e de perspetiva dos inícios dos anos quarenta é mera coincidência. Gene Deitch ainda pioraria mais o estado das cousas, até ter de vir o génio inspirador de Chuck Jones para salvar da desgraça as aventuras felinas e roedoras. Precisamos de um holograma do saudoso Vasco Granja na televisão pública.)



Very Nice, Very Nice (1961). Arthur Lipsett

Filme: 2/5 (O didatismo da National Film Board of Canada na sua versão mais pesadona e agressiva. O mundo está cada vez mais capitalista e há uma cada vez maior erosão nas relações humanas. Está bem. O Santo Agostinho já dizia o mesmo há munto ano.)

SECÇÃO CULTURA, CONHECIMENTO, EROTICA, PERVERSÕES & DIVERSÕES

CLIPES MUSICALES


Fergie. My Humps (2005). Fatima Robinson & Malik Hassan Sayeed

Filme: 5/5 (Depois de consultar a carteira, Ulisses, dividido ao meio pela consciência de uma penúria económica e abrasado pelo luxurioso canto das sereias, ordenou aos seus marinheiros: "atem-me aquele mastro, antes que eu gaste o resto dos meus dinheiros naquelas putinhas! E, por amor de Zeus, fechem os olhos e tapem os ouvidos, se quereis ter um cêntimo de cobre na chegada a casa!". Assim sucedeu, e as lambisgóias não conseguiram os seus devassos intentos.)

SÉRES


Eileen Atkins
, como a fumadora Rainha Consorte Maria, avó de Sua Majestade, Rainha Elizabeth IIThe Crown: Season 01, Episode 04 (2016). Julian Jarrold

REFLEXÕES PROFUNDAS SOBRE ASSUNTOS DA VIDA PÚBLICA


A Gisela João acabou de completar dez anos de carreira musical. Está de parabéns. Não por completar dez anos de carreira musical, mas sim por, tal como os pássaros no filme de Hitchcock, oferecer ao mundo diversos encantos e formosuras. Orgulho nacional. 



"A carnificina de Jerusalém nos dias que se seguiram à conquista cruzada de sexta-feira, 15 de Julho de 1099, foi uma das maiores atrocidades da época, um extremo exemplo do direito dos vencedores negarem a misericórdia aos vencidos e uma maldição bíblica a par com outros massacres de inspiração normanda, como a "tormenta" de Guilherme, o Conquistador, ao Norte de Inglaterra em 1069-1970. (...). Como os cristãos haviam sido expulsos da cidade ao início do cerco, todos os restantes habitantes foram considerados presas legítimas para os milhares de fanáticos peregrinos-combatentes que correram de casa em casa a matar e a pilhar durante uma semana inteira. Raimundo de Aguilers encontrava-se entre estes, escrevendo mais tarde: Alguns dos pagãos foram degolados com misericórdia, outros, atravessados por flechas, lançados de torres e, outros ainda, torturados longo tempo, foram queimados até à morte em chamas abrasadoras. Pilhas de cabeças, mãos e pés ficavam pelas casas e ruas e, na verdade, era uma correria para cá e para lá de homens e cavaleiros por cima dos cadáveres. (...). Milhares de cidadãos muçulmanos fugiram para o planalto elevado do Monte do Templo, onde procuraram abrigo em redor e mesmo no topo da Mesquita al-Aqsa. Tancredo de Hauteville e um outro senhor, Gastão de Béarn, ofereceram-lhes os seus estandartes em sinal de proteção, mas os príncipes tinham perdido, havia muito, o controlo daquela orgia de violência. Milhares e milhares morreram , tanto às mãos de gente, como por sua alta recreação, saltando do Monte do Templo desesperados para escaparem a uma tortura até à morte. Alguns acabaram afogados em cisternas. Bebés arrancados das mães viam os crânios esmagados contra paredes e ombreiras das portas. (...). A violência apenas acalmou quando as ruas ficaram tão cobertas de corpos que começaram a tresandar. Nesta altura, os sacerdotes deram ordens para que os cadáveres fossem removidos para o exterior das muralhas e reduzidos a cinzas. Foram queimados em piras tipo pirâmide e só Deus soube quantos eram, escreveu o autor de Gesta Francorum. (...).". Os Cruzados: Uma História Épica Das Guerras Pela Terra Santa, de Dan Jones, Páginas 136-137. 1ª Edição, Abril de 2020, Editorial Presença.

O You Tube está enxameado de seres humanos que, levados pela emoção, comentam num vídeo da Gymnopédie  No.1 do Satie as habituais e líricas cantilenas do "aqueles é que eram bons tempos.". Para dialogar com estes senhores e senhoras, precisaríamos de um quebra nozes e um grosso pano molhado.

CERVEJAS DO MUNDO


EUA. Bud Light Platinum.

COMIDAS DO MUNDO


Bolívia. Sajta de pollo.

BRINCA BRINCANDO


E O TEMPO PASSA


COUSAS AMARELAS E PRETAS


MELHORES JOGADORES DA BOLA DE TODOS OS TEMPOS


Thomas Hassler

MELHORES ÁLBUNS MUSICAIS DE TODOS OS TEMPOS 1962-2008


David Sylvian. Gone to Earth (1986).

GRANDE DICIONÁRIO DA CULTURA POPULAR


La voie lactée é um filme francês de 1969 realizado pelo espanhol Luis Buñuel.


Em 2015, o inglês Terence Davies (R.I.P.) fez uma das suas obras-primas, que por acaso intitulou de Sunset Song.


Noce Blanche, de 1989, é uma obra cinematográfica de Jean-Claude Brisseau, um dos cineastas mais acarinhados por feministas e cornos mansos.


Bikini Beach, com a giraça Annette Funicello, é mais um dos "filmes de praia e bikinis" presentes no cinema de Hollywood dos anos 50 e 60. Neste caso em concreto, de 1964.

DEUS EXISTE- TEMOS PROVAS!




É EVIDENTE QUE LUTAREMOS ETERNAMENTE POR UM MUNDO MAIS INCLUSIVO


BELEZAS NATURAIS DO PLANETA TERRA


Scarlett Johansson & Rosario Dawson, algures por volta de 2006.


Natalie Portman & Scarlett Johansson, algures por volta de 2008.

LANÇAMOS, DE CATAPULTA, BOLAS DE FOGO CONTRA OS INSTIGADORES DAS FALSIDADES AI E LOUVAMOS A EXCELSA E GENUÍNA GRAÇA FEMININA



BIKINI ATOLL



OS ANOS EISENHOWER


EROTIC DREAMZZZ



AGORA QUE O MAX HARDCORE FALECEU, RELEMBREMOS A SUA ARTE



Um dos comportamentos mais tradicionais para com as crianças (e os cães) é a recompensa através da ação. Se comeres a sopa, dou-te um rebuçado. Se fizeres os deveres escolares, podes comer um bocadinho de pudim. Se tocares na pilinha do papá e não contares nada à mamã, recarrego-te o telemóvel. Farrusco, se não mijares nas pernas da Dona Fátima compro-te dois ossos novinhos em folha e deixo-te ler a revista LER. É uma relação de sacrifício-e-prazer que não existe para Max. Max prenda as suas alunas com chupas, chocolates, brinquedos de espuma e outras preciosidades para todas as idades antes e durante os trabalhos, não depois. Assim, Max intui, acertadamente, que as suas pupilas irão desempenhar muito mais satisfatoriamente as suas performances manuais se já estiverem devidamente recompensadas, sem a ansiosa paralisia da espera. E, como diria outro Max, Monteiro de apelido, "mas repare como se põem rosadas as linguinhas das meninas". Ambos os Maxes >>>>>> *17 Pedro Strecht.

SABEREMOS QUE A CIVILIZAÇÃO ESTÁRÁ A DAR OS ÚLTIMOS ACORDES QUANDO AS SAIAS COLEGIAIS FOREM BANIDAS NO JAPÃO. É COMO BANIREM AS PIZZAS EM NÁPOLES


TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA CLAUDIA CARDINALE




TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA NATHALIE DELON




TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA EMMA ROBERTS




FOTOS VISTAS POR AÍ


JOSÉ VILHENA CARTOONS


JOSÉ VILHENA TEXTOS

O casamento

O TRAJO- O vestido da noiva para a cerimónia da igreja será branco, virginal, imaculado. Todo alvura, deve dar a impressão de que a noiva é também imaculada, virginal, pura. Lírios e açucenas numa braçada. Flores de laranjeira no toucado embora em certas noivas essas flores de laranjeira devessem ser substituídas por laranjas bem maduras, já a cair de podres. O noivo veste fraque e calça sapatos de verniz bem apertados. 

(continua)

José Vilhena, Manual de Etiqueta, 1959.

Editora: E-Primatur.

1º edição, Maio de 2017.