sexta-feira, 26 de junho de 2020

Mais dez obras-primas (ou muito perto disso) vistas ou revistas (mais ou menos) recentemente:


Sylvia SidneyThe Fury (1936). Fritz Lang

Filme: 5/5 


Juliette GautierTren de sombras (1997). José Luis Guerín

Filme: 4/5


Han Ji-minMi-sseu-baek (2018). Lee Ji-won

Filme: 3/5


Gong LiBa wang bie ji (1993). Chen Kaige

Filme: 5/5


Christiane MaybachFaustrecht der Freiheit (1975). R. W. Fassbinder

Filme: 5/5


Sandra DeeGidget (1959). Paul Wendkos

Filme: 2/5


Olivia de Havilland & Vivien Leigh. Gone with the Wind (1939). Victor Fleming, George Cukor & Sam Wood

Filme: 5/5


Bulle OgierL'amour fou (1969). Jacques Rivette

Filme: 4/5


Isidora SimijonovicKlip (2012). Maja Milos

Filme: 1/5


Monique HennessyDeus hommes dans Manhattan (1959), Jean-Pierre Melville

Filme: 4/5

segunda-feira, 22 de junho de 2020

"Defund the police".








Demolition Man (1993), Marco Brambilla

Os suplementos caricaturais dos jornais vão deixar de ter razão de existir.

Leaders of Duluth, Minn., are pushing to remove the word “chief” from city job titles, saying the term could be offensive to Native Americans.
Duluth Mayor Emily Larson told City Council members on Wednesday to approve the change in a vote next week “so that we have more inclusive leadership and less language that is rooted in hurt and offensive, intentional marginalization.”
Duluth community relations officer Alicia Kozlowski, a member of the Lake Superior Chippewa, supported the move.
“I think that there are other titles that we have the opportunity to use to steer away from language that may put people down based off their race or culture,” Kozlowski told the Minneapolis Star Tribune. Kozlowski said the word “chief” is “a racial epithet, and it turns into a microaggression.”
Há cousa de vinte anos, o Spielberg decidiu trocar, no E.T., as armas por walkie talkies. Está na altura de ele, de acordo com os novos sopros de vento, realizar nova montagem do "Jaws", onde desaparecerão todas as menções de "Chief" ao Chief Brody, apenas permanecendo nas versões possuídas por bárbaros e napalms anacrónicos. Bate tudo certo: as crianças de há vinte anos são agora os manda-chuva da "Geração Safe Place".

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Tabaco no cinema (42).


The Fury, Fritz Lang

"Quase todos os jovens têm a coragem das opiniões alheias"

"In Italy*, fascists divide themselves into two categories: fascists and antifascists"

Citações de Ennio Flaiano, retiradas daqui.

* EUA, Portugal, o raio que o parta, em 2020


World Trade Center no cinema (4).


He Got Game (1998), Spike Lee

Spike Lee: cobarde númaro 345897 a juntar-se à ralé mentecapta das "redes sociais".

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Mais vinte obras-primas (ou muito perto disso) vistas ou revistas (mais ou menos) recentemente:


Catarina Alves CostaRelação Fiel e Verdadeira (1987). Margarida Gil

Filme: 1/5 (Tirando essa menina, há mais algo a registar: o César Monteiro a jogar poker com o Henrique Espírito Santo; umas broas apetitosas. Pronto, já 'tá. O resto é a habitual punheta bressoniana, cheia de “austeridade”, com a também inevitável trilha de “clássica”. A Catarina fez bem em não ser actriz. Tornou-se melhor realizadora.)


Lili Reinhart, Jennifer Lopez, Keke Palmer, Constance WuHustlers (2019). Lorene Scafaria

Filme: 1/5 (O único interesse desse filme: contar os planos que NÃO são punheta ao Scorsese.)


Aurore ClémentApocalypse Now: Final Cut (1979). Francis Ford Coppola

Filme: 5/5 (Como diria o camarada Fausto Bordalo Dias, “é como um sonho acordado”. Seja em que versão for.)


Brie LarsonDon Jon (2013). Joseph Gordon-Levitt

Filme: 2/5 (Os primeiros dois terços são o ponto de vista de um azeiteiro viciado em exercício físico, em foder, em bater punheta a ver porno e em ir à missa. Mas depois aparece a “cumplicidade entre a mente e os corpos” na forma da Julianne Moore. Mais um hóme domesticado.)


Susanne SachsseThe Misandrists (2017). Bruce LaBruce

Filme: 3/5 (Hilariante fantasia, onde se cruzam o The Beguiled com os universos do John Waters e do Gregg Araki. The Misandrists mostra como seria um (pequeno) mundo dominado pela Isabel Moreira, pela Câncio, etc.)


Olivia WildeRichard Jewell (2019). Clint Eastwood

Filme: 5/5 (EUA, um pais onde um cidadão ainda pode vencer o seu próprio Governo. Ainda. Melhores actores americanos da actualidade: 1) Sam Rockwell 2) Tom Hanks 3) Willem Dafoe 4) Tom Cruise 5) Dan Duryea.)


Abigail ClaytonManiac (1980). William Lustig

Filme: 3/5 (É uma versão rústica e trolha dos giallos do Fulci ou Argento, embora mantendo os basilares princípios da sensualidade, erotismo e objectificação sexual presentes nos filmes dos mesmos. Também é um documento sobre a Nova Iorque de finais de “eram os anos 70”.)


Valerie VardaMr. Hobbs Takes a Vacation (1962). Henry Koster

Filme: 2/5 (Filme-sitcom, de cenários de estúdio, apologista dos valores familiares e interpretado apenas por brancos. Gostámos.)


Anna KashfiBattle Hymn (1957). Douglas Sirk

Filme: 5/5 (Uma das vantagens de existir esta turba ensandecida do “neo-cinefilismo-cultural” é que isso providencia que haja ainda maior gosto em gostar de certos filmes. Já são óptimos filmes “per si", mas sabendo nós que são obras que iriam irritar a chusma inculta, ainda mais prazer dá em apreciar tais películas. Continuem, camelos.)


Bibi AnderssonBrink of Life (1958). Ingmar Bergman

Filme: 5/5 (O meu Bergman é o dos anos 50.)


Kate MoranUn couteau dans la coeur (2018). Yann Gonzalez

Filme: 4/5 (Argento no Bairro Alto, 1982.)


Yvette MonrealRambo: Last Blood (2019). Adrian Grunberg

Filme: 3/5 (As mulheres ou são putas, ou diligentes donas de casa ou donzelas em apuros. Os vilões são todos pertencentes a minorias. É com emoção que escrevemos estas palavras. Para heróis conas de sabão, consultar "John Wick".)


Kelly RohrbachA Rainy Day in New York (2019). Woody Allen

Filme: 2/5 (Pior filme da carreira, a par do Celebrity. E, ainda assim, vê-se com preguiçoso agrado. Mesmo com o Storaro a fazer enquadramentos dignos da personagem cega do Woody de Hollywood Ending. Mesmo com o irritante Chalamet. A Elle Fanning um dia destes é linchada: é demasiado branquinha.)


Louise BrooksBeggars of Life (1928). William A. Wellman

Filme: 4/5 (Um filme sobre a depressão norte-americana dois anos antes de ela acontecer.)


Tawny KitaenWitchboard (1986). Kevin S. Tenney

Filme: 2/5


Christina ApplegateDon't Tell Mom the Babysitter's Dead (1991). Stephen Herek

Filme: 1/5 (Um dos grandes “não-filmes” da história do cinema. Nem na Hollywood do Last Action Hero se encontraria tamanha artificialidade. Certamente o melhor filme de todos os tempos exibido na Sessão da Tarde de um dia de Agosto de 1993.)


Alicia SilverstoneThe Babysitter (1995). Guy Ferland

Filme: 1/5 (Os anos 90 são camisas de flanela, o Drulovic a cruzar para o Jardel e a Alicia Silverstone.)


Teresa RobyJogo de Mão (1983). Monique Rutler

Filme: 4/5 (Filme “muito datado”, graças a Deus Nosso Senhor. O último plano é o definitivo cartão postal de Lisboa.)


Mira SorvinoSummer of Sam (1999). Spike Lee

Filme: 4/5 (Filme “racita”: os italo-americanos são todos retratados como mafiosos, mulherengos e atrasados mentais. Dança do John Leguizamo vs Mira Sorvino (de vestido vermelho) >x5 dança do John Travolta vs Uma Thurman. Bons tempos, aqueles em que o Lee ainda não se tinha tornado na versão cinematográfica do reverendo Al Sharpton.)


Victoria Carmen Sonne. Holiday (2018). Isabella Eklof

Filme: 4/5 (É como se o Haneke tivesse feito um filme sobre a "masculinidade tóxica" numa estância balnear turca. Ou seja, de fugir ou de dar muitos beijinhos.)

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Serviço público involuntário.

Obrigado, escumalha, por me recordarem que tinha isto por aqui, perdido no museu de celofane que ocupa algumas das estantes de várias divisões da casa. O vosso revisionismo "neo-cinéfilo-cultural", próprio dos excrementos humanos sem cérebro que vocês são, permitir-me-á rever um filme que já não me passa pela desgastada vista há mais de, seguramente, vinte ou mais anos. Brigades, filhos da puta. 




Entretanto, nas Univ. norte-americanas, as meninas estudam zelosamente o "manual de obras cinematográficas a castigar*":


*o que, ainda assim, seria menos pedaço de vómito do que o que na realidade estão a ler.