segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Frames (17).


Katherine Almond. Time Bandits (1981). Terry Gilliam

Filme: 1/5 (Criterion #37. Há pessoas de má índole que acham estranho que outros seres humanos consigam gostar dos filmes do Gilliam. Devem ser as mesmas pessoas que não compreendem como é que alguém como o Ruben Ostlund ja tem duas palmas de oiro no bolso.)



1.Lidya Jewett. 2.Krysten Ritter. Nightbooks (2021). David Yarovesky

Filme: 0/5 (Gilliam + Jumanji para a era do TikTok.)









1.Diana Ruppe. 2.Miho Nikaido. 3.Karen DiConcetto (pretty girl in the library #1). 4.Rachel Milner (pretty girl in the library #2). 3.Tiffany Sampson (pretty girl in the library #3). 4.Parker Posey. 5.Christy Carlson Romano. 6.Maria Porter. Henry Fool (1997). Hal Hartley

Filme: 4/5






1.Parker Posey. 2.Duas colegiais fazem olhinhos ao Liam Aiken. Com certeza que querem saber o que ele pensa sobre o Maio de 68. 3.Saffron Burrows. 4.Elina Lowensohn. 5.D. J. Mendel ao lado de suculentos bagels, os melhores elementos visuais e gustativos do filme. Fay Grim (2006). Hal Hartley

Filme: 0/5 (Não aguentámos tudo- o masoquismo tem limites-, mas aguentámos o suficiente para chegarmos à conclusão de que esta deve ser a sequela com a maior discrepância de qualidade em relação ao primeiro filme. É como se o Coppola, depois do The Godfather, tivesse reinventado um novo universo para a segunda parte, com recurso a comédia burlesca, riscos na película, cenas à Benny Hill nos jardins e tudo terminando num musical da MGM. Contínuo e insuportável uso do dutch angle, rajadas de diálogos sobrepostos e "inteligentes" capazes de provocar dores de cabeça durante dias, atores em vagabundagem de "distanciamento e chico-espertice": é a subtileza do Hartley a dizer-nos que "sois uns filhos da punheta que merece levar com um thriller que, além de chatíssimo, não vos dá um segundo de descanso aos olhos". Pau de marmeleiro nos costados seria pouco.)





1.Lindsay Rootare. 2.Aubrey Plaza. 3.Gia Crovatin. 4.Parker Posey. Ned Rifle (2014). Hal Hartley

Filme: 2/5 (Terceiro filme da trilogia Henry Fool. Regresso não à oblíqua grandeza do primeiro filme, mas ao menos a um aceitável estado de suportabilidade, após a penosa tortura do Fay Grim. Ainda assim, o sex appeal da Aubrey Plaza não compensa o apagamento da melhor personagem da série e que jamais teve direito a um título em nome próprio: Simon Grim.)




1.Schu-Chen Li prepara a grande vingança contra os outros muninos. 2.Hsiu-Ling Lin. 3.Li-Yin Yang. Dong dong de jiàqi (1984). Hou Hsiao-Hsien

Filme: 5/5 (É um filme de hora e meia que transmite a sensação temporal dos três meses de férias de Verão na infância. O exato oposto daqueles filmes de duas horas e meia que transmitem a sensação temporal de três minutos.) 






1.Bre Blair. 2.Schuyler Fisk & Rachael Leigh Cook. 3.Coleen Camp. 4.Ellen Burstyn & Larisa Oleynik. 5.Ashlee Turner, Marla Sokoloff & Natanya Ross na arte perdida de pousar em troncos das árvores. The Baby-Sitters Club (1995). Melanie Mayron

Filme: 0/5 (Memórias do Cárcere...perdão, Memórias do Clube de Vídeo, 1996. Serviu para recordar que as férias de verão de 1996 foram tão boas que até deram para na altura irmos alugar isto, pagarmos dinheiros em preciosos escudos pelo aluguer, termos visto o filme sem queixumes, diligentemente termos rebobinado a fita, e termos voltado a entregar a k7 à carrancuda da empregada. "Hoje viu-se um péssimo filme, amanhã vê-se um bom, e cá vamos indo". Tempos despreocupados. Top Ten Cinema Norte-Americano de 1979, sem ordem definida: 1- Rachael Leigh Cook; 2- Kate Hudson; 3- Jennifer Love Hewitt; 4- Rosario Dawson; 5- Mena Suvari; 6- Alison Lohman; 7- Monica Keena; 8- Claire Danes; 9- Jamie King; 10- Busy Philipps)



1.Albertine Kotting McMillan. 2.Tim Roth com uma cerveja na mão, à sombra do sol, com o som da áugua do mar a zunir tranquilamente nos ouvidos, e com uma mulher (Iazua Larios) que, além de o acompanhar no tinto, fala pouco ou nada, dá-lhe todas as garantias sexuais e jamais o azucrina para irem a uma exposição. Sundown (2021). Michel Franco

Filme: 4/5 (Fugir de tudo. Sobretudo de si próprio. Convém é ter primeiro uma conta à ordem bem recheadinha.)


Hattie Kragten. Daddy's Perfect Little Girl (2021). Curtis Crawford

Filme: 2/5 (Lifetime #1. Se os filmes da Hallmark são rapsódias cintilantes da vida familiar, em especial daquelas dos subúrbios das grandes cidades, com as casinhas adornadas de cercas brancas como cal, os seus jardins impecavelmente tratados e uma comunidade onde jamais algum dos seus habitantes esteve despenteado, os filmes da Lifetime são o seu alter-ego diabólico, com crimes, imoralidades e comportamentos desviantes das personagens a minarem o aparelho social dos EUA. No entanto, ambos têm algumas cousas em comum: os orçamentos são baixos (suficientes, no entanto, para produzirem uma dezena de curtas portuguesas); os atores ou são rookies desconhecidos, ou veteranos incógnitos da TV ou então esquecidos atores em fim de trajeto; and, last but not the least, a qualidade varia do gostosamente horrível ao saborosamente intragável. Daddy's Perfect Little Girl é um bom exemplo de filme Lifetime, uma categoria de filme cujo equivalente jornaleiro poderá ser o Tal & Qual ou aquelas histórias rocambolescas que vinham (ainda vêm?) na revista do Reader's Digest. A pirralha Hattie Kragten, depois de morrer a mãe, ficou só com o pai adotivo, e então um poderoso complexo de Eletra desenvolve-se na menina. Ai de quem se meter com o meu papá! Muito menos mulherio próximo da menopausa! Planos infernais são postos a rolar para que os intentos de Hattie sejam coroados com sucesso. Manipulações psicológicas que fariam a personagem da Rebecca de Mornay no The Hand that Rocks the Craddle parecer uma mera aprendiz de feiticeiro. O ritmo nunca quebra, cada cena contêm drama, jamais há tempo para mais do que um take, a iluminação processa-se com a colocação do maior númaro possível de candeeiros na cara dos atores, que regozijo. Lifetime forever.) 



1.Taylor Spreitler. 2.Danielle Burgess. Driven to the Edge (2020). Chris Sivertson

Filme: 2/5 (Lifetime #2)




1.Eslinda Núñez. 2.Daisy Granados. 3.Ofelia Gonzalez. Memorias del subdesarrolo (1968). Tomáz Gutiérrez Alea. 

Filme: 4/5 (O fim de uma Havana cosmopolita- mas desigual nos seus privilégios-, e o início de uma Havana provinciana- mas resplandecente de igualdade e desalojada de bois afortunados (ou não). Para um fino burguês cubano (ou para nós, representante exemplar da alta burguesia lusitana), o desprezo pelo próprio círculo de conhecidos e de classe, ao mesmo tempo que se dedica uma ainda mais ofensiva condescendência pelo povo, não poderá provocar grandes alegrias em pleno período pós-revolucionário. É um No Man's Land de afinidades, de pertenças e de esferas de influência. Pior ainda que, agora que a revolução chegou, um mulherengo que usava dos seus arcaicos e sexistas métodos para tirar vantagens sexuais de jovens do povo não o poderá fazer mais, e é se não quer ser julgado por um tribunal plenário, onde a acusação, o julgamento, e a sentença é tudo matéria para ser despachada numa manhã. Como escreveu o camarada e mestre Vladimir Lenine, nós, marxistas- daqui a cinco minutos já seremos outra vez burgueses exploradores- não podemos encarar Marx como uma qualquer arma dogmática imune a interpretações. Precisamente o contrário. Analisemos a situação que se nos apresenta, observemos as suas circunstâncias, as suas peculiaridades, e tratemos de trabalhar afincadamente para a problematizar e solucionar de acordo com os ensinamentos do irmão Karl. Se assim o fizermos, entre o pequeno-almoço e o almoço seremos bem capazes de arrumar uns trinta casos de usura sexual das nossas donzelas por velhacos burgueses.) 



1.Jovem progressista, tetra-sexual, tocadora de bombo e que acha o patriarcado a causa de todos os males na história da humanidade. Como prefere o seu assado: não prefere. A ideia de dar uma dentada num pedaço de carne é suficiente para a deixar de cama. 2.Jovem da alta burguesia argentina, prestes a terminar o curso universitário numa instituição de enorme prestígio, e que namora com um jovem executivo da empresa do papá. Como prefere o seu assado: muito bem passado e muito bem picante. Todo sobre el asado (2016). Gastón Duprat & Mariano Cohn

Filme: 3/5 (Idealmente, só se conseguirá ver este documentário sobre os assados argentinos se o espectador estiver simultaneamente a morfar- de preferência um frango assado com munta batata frita. Caso contrário, terá problemas de ansiedade gastronómica, e poucos não serão. Também é um filme para se ver sozinho ou com outros homens, de camisa(s) bem  aberta(s) e a deixar cair abundante molho pela barrigona peluda. Como se diz neste belo filme, "o assado é cousa de homens!". As mulheres permanecerão de lado, até ao momento de entrarem em ação. É que as pingas de molho de frango na barriga não se limpam sozinhas.)


FKA Twigs. Two Weeks (2014). Nabil Elderkin

Filme: 5/5 (Zoom out kubrickiano de quatro minutos e quinze segundos. É um anti-clip musical.)


Cailey Fleming. The Walking Dead: Season 9, Episode 9 (2019). Greg Nicotero

The Good Ol' South.

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