Estava decorrida metade da
primeira parte do prolongamento no Espanha-Suiça, quando os
banqueiros decidem aventurar-se no ataque com uma porrada de homens.
A Espanha recupera a bola, o que leva o comentador da TVI ou da SIC a
exortar os espanhóis a avançarem rapidamente, para aproveitarem o
contra-golpe em superioridade numérica, ainda por cima com os
chocolateiros a jogarem só com dez e munto cansados. Os jogadores
ibéricos fazem ouvidos mocos ao inexpert residente e travam a
progressão, preferindo reagrupar-se e também dando tempo aos
montanheses para se organizarem defensivamente. Duas hipóteses:
serão os espanhóis uns respeitadores da ética do jogo e do
sofrimento alheio, não se permitindo o beneficio próprio em situação
altamente vantajosa? Ou possuirão eles um tal rigor e fanatismo
de modelo de jogo que jamais o alteram mesmo que, à priori, a
solução mais imediatista seja a mais aconselhável? E ainda: https://www.delhi-magazine.com/lifestyle-magazine/the-25-most-beautiful-spanish-actresses/.
O campeonato do Mundo é “já para o
ano”, mas a derrota de ontem da Bélgica libertou um aroma de fim
de ciclo para as hostes cervejeiras. O que não quer dizer que as
hipóteses de um brilharete no Qatar estejam fora de hipóteses. Nada
disso. Relembramos, para efeitos históricos, a Alemanha do Euro 96.
Os germânicos vinham de um Mundial banal nos EUA, com uma média de
idades superior a 74 anos no onze inicial. Berti Vogts, o treinador,
deu um murro na mesa e procedeu a uma revolução profunda na seleção
alemã, mudando uma ou duas peças e decrescendo a média de idades
para uns juvenis 73 anos. Resultado á vista: alemães campeões da
Europa em 1996. Por isso, embora a exalação a carne gasta já se
sinta no ar, não é altura de abrandar nas esperanças. Quanto à
Itália, espalha uma sensação de invencibilidade extremamente
perigosa e nociva para si própria: a queda ainda será mais
dolorosa.
A Dinamarca continua a sua aventura. A
sua relativa facilidade em construir, geometricamente, situações de
perigo para as balizas contrárias é um motivo de esperança para
derrotar, nas meias-finais, as forças do Mal. Kjaer e Vestergaard
terão de receber todas as forças positivas do mundi para impedir
que qualquer bola aérea possa fazer mossa, e Maehle usufruirá de
injecções de velocidade para ultrapassar o ogre Walker. Falhado o
plano ucraniano, a Humanidade vira-se agora para a salvação
dinamarquesa. O desespero é tão visivel que há relatos de pessoas
nas ilhas Samoa que prometeram em público fazer repetidas visões
completas da obra integral de Von Trier nos próximos dois meses, caso o demónio britânico seja derrotado.
Alfredo Hitchcock. Charles Chaplin. John
Clesse. William Turner. New Order. Artur Conan Doyle. Rachel Weisz. Spice
Girls. Margarete Thatcher. Winston Churchill. Lilly Allen, Mike Leigh, Blur. Drum and Bass. William Shakespeare. Bobby Robson. Paul Gascoigne. George
Orwell. H.G Wells. Kate Winslet. I beg your pardon, mas vocês terem
nascido não compensa um dos maiores horrores históricos que será
ver o vosso país a vencer qualquer taça que seja, muito menos a de
campeão da Europa.
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