Nos 800 metros masculinos, o vencedor, Robert Finke, a trinta metros do final estava em quarto lugar a um segundo (mais ou menos 150 klms, em passada humana) do terceiro classificado. Ainda não se conhecem afirmações russas ou chinesas sobre o sucedido.
200 metros bruços, mais uma medalha de oiro para a Austrália. Izaac Stubblety-Cook confirmou o favoritismo e deixou para os outros lugares do pódio dois europeus. o holandês Kamminga e o finlandês (com corpo de jogador de rugby) Matsson.
Nos duzentos metros mariposa femininos, Zhang Yufei levou o primeiro lugar para a China. Ela, que já tinha sido prata nos 100 metros mariposa, encheu-se de brio, pensou na longa marcha de Mao e minions pelas áridas terras chinesas, e ultrapassou as promíscuas capitalistas yankees Regan Smith (a favorita) e Hali Flickinger. Nas fotos pós-medalhas, Zhang a rodear as americanas com uma bandeira chinesa. Vergonha.
O Aquaman, perdão, o Caeleb Dressel, começou a sua possível glória olímpica de 2021 com uma vitória na prova rainha da natação, os 100 metros livres. Por seis centésimos, deixou para o segundo lugar o outro foguete da prova, o australiano Kyle Chalmers. Como diria o Jerry Seinfeld, "se eu tivesse uma borbulha na ponta do nariz, teria ganho".
A Ariarne Titmus e a Katie Ledecky não foram suficientes para impedirem o oiro da China nos 4x200 livres femininos. A Katie, como última estafeta dos EUA, ainda desbravou água o suficiente para chegar à prata, e é certo e sabido que mais 100 metros houvesse e o oiro seria americano. Assim não sucedeu, e Xi Jinping ficou muito feliz, adiando para data oportuna os saneamentos e fuzilamentos já agendados.
A Tatjana Schoenmaker tem sido um bonito vale de lágrimas nas olímpiadas. Lágrimas enquanto recebia a medalha de prata nos 100 metros peito, lágrimas na piscina quando percebeu que tinha sido campeã olímpica nos 200 metros peito, lágrimas, sete segundos depois, quando, muito espantada, olhou para o ecrã gigante e viu que tinha batido novo record mundial, e mais lágrimas quando foi rodeada, uns segundos mais tarde, pela sua compatriota Kaylene Corbett, e pelas duas restantes medalhadas, a campeã do Rio-2016, Lilly King, e Annie Lazor. Depois de um banho refrescante, houve mais lágrimas na cerimónia.
As constantes demonstrações de desportivismo na natação não nos iludem ao ponto de pensarmos que qualidades inatas no ser humano, como ressentimento, raiva, inveja e ciúme desapareceram misteriosamente nestes altetas. Por entre cada abraço e cada beijinho e cada sorriso, existirão mil maldições e escarros mentais. Assim, depois dessa foto na cerimónia dos 200 metros costas masculinos, o Ryan Murphy, dos EUA, medalha de prata, já veio insinuar que o oiro de Evgeny Rylov "provavelmente não foi limpo", ou seja, que houve tratamento à Ivan Drago. Murphy, campeão nas duas provas de costas no Rio, perdeu agora as duas para o russo, e é perfeitamente natural que além de ter estas suspeitas também queira, no seu íntimo, partir a cara toda do Rylov. Que isto seja entre um norte-americano e um russo faz-nos estar cientes de que há tradições que se mantêm. Drógádos.
A prova dos 100 metros livres femininos foi uma daquelas em que havia para aí uma mão cheia de candidatas ao 1ºlugar. Ou seja, uma extraodinária nadadora tanto poderia ficar em 1º como em 5º ou mesmo abaixo. Como aqueles concursos de misses em que são todas fantásticas para bater punheta até de madrugada, mas, lá está, uma tem de ficar em primeiro e outra em último, o que não quer dizer grande coisa. Venceu a Emma McKeon.
Wang Shun deve ter suspirado de alívio quando soube que o Michael Phelps e o Ryan Lochte, os dominadores dos 200 metros estilos desde 2004, tinham pendurado as tocas para a reforma. Wang, bronze no Rio nesta prova, foi a uma loja chinesa, comprou foguetes chineses e atirou-os para o ar. Nesse momento, soube que tinha chegado a sua hora de vencer .
Sem comentários:
Enviar um comentário