segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Frames (54).








I Know Where I'm Going! (1945). Michael Powell & Emeric Pressburger

Filme: 4/5 (Criterion #94. Filme sobre os malefícios da mais variada ordem que o capitalismo impõe ao ser humano. Filme sobre a inerente superioridade do pastoral idílico (o escocês, neste caso) sobre as ruidosas ruínas citadinas. Filme sobre a evidente justeza das tradições simples e campesinas, por oposição ao estrondoso descalabro das modernizações tijoleiras e morais. Filme sobre a luta do amor verdadeiro entre um hóme e uma mulher contra o amor aos dinheiros e aos vestidos caros. Um filme anti-mercantilista que em 1945 teve um orçamento de 200.000 libras (quase onze milhões delas em 2024). Desprezar o consumismo custa munto dinheiro.)

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1.On the Road. 2.Money, Money, Money. 3.Um sinal que irá aparecer pelo menos mais meia dúzia de vezes no filme, revelando a impossibilidade de escape do nosso herói. 4.O poder evocativo, ambíguo e elusivo de uma fotografia é sempre matéria a não desprezar. 5.Lara Flynn Boyle, so beautiful. 6.Money, Money, Money. 7.The Cage8.A verdade é que chegámos à quase meia idade sem ainda ter estado em nenhum bar norte-americano perdido numa qualquer estrada no meio de lado nenhum. 9.Lara & Nic: éramos jovens e não sabíamos. 10.J. T. Walsh (R.I.P.), 'celente. 11.Lara, la belle femme fatale. 12.É o Teddy Roosevelt13.Dennis Hooper, na sua fase mais gostosamente cabotina e psicótica (no ano seguinte seria o maluquinho revanchista de Speed). 14.Wild at Heart. 15.A History of Violence. Red Rock West (1993). John Dahl

Filme: 3/5 (100 melhores Film Noirs de todos os tempos para a Paste Magazine. Número 61. John Dahl, um epifenómeno do neo-noir de finais de 80's e inícios de 90's. Aluno aplicado e brioso das convenções do género. Para mim, "aluno aplicado e brioso das convenções" do film noir já é suficiente para merecer levar um 13 no teste de final de 1º período.)

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1.Inglaterra, 1938. 2.Os telegramas são uma espécie de twitta (ou K, ou LXUXY, ou o caralho como essa merda se chama agora), mas desprovidos de estupidez mental, gordura verborrágica, polémicas imberbes, e gonorreia intelectual. 3.Quatro inicial, da esquerda para a direita: George Sanders, Richard Green, David Niven, William Henry. 4.A History of Violence. 5.Loretta Young, so beautiful. 6.Uma vez, numa taberna irlandesa, certa pessoa jurou a pés juntos que já tinha observado, numa certa ocasião, Barry Fitzgerald e uma taça de tinto separados por mais do que uma jarda. Foi a gargalhada total. 7.Coleção de revólveres: eis o que o euromilhões nos permitiria concretizar. 8.Em 1938, o sentimento nacionalista e independente das colónias já tinha adquirido, infelizmente, os seus alicerces de base para as grandes ruturas pós-guerra. Ainda hoje esperamos recuperar os terrenos que perdemos em Goa. 9.J. Edward Bromberg & John Carradine: haverá sempre tempo para classe e fidalguia antes de uma execução (especialmente se for a sua). 10.Loretta Young demonstra como são más as notícias que dão conta de que as mulheres, em Portugal, estão a baixar o consumo de tabaco. 11.Berton Churchill, muito lá da casa fordiana. 12.Um hóme com evidentes fragilidades físicas & um senil ensandecido: assim estão as eleições presidenciais norte-americanas do próximo Novembro. Four Men and a Prayer (1938). John Ford

Filme: 3/5 (Tentativa de fazer uma integral John Ford, por ordem cronológica, e tendo como fonte a Wikipedia.)

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1.Ao amanhecer, paisagens citadinas dos anos oitenta. Com um leve travo de música melancólica. 2.Há quanto tempo não assistimos a um Grande Prémio de Motociclismo? Talvez desde os gloriosos tempos de Mick Doohan, nos finais de 90's. 3.Elizabeth Barnitz. A sua beleza não foi suficiente para que entrasse em mais do que um filme. 4.Bill McCann, o engodo. 5.Rachel Ward, so beautiful. 6."Filme slasher" sem beldade a tomar banho é uma grande afronta aos costumes e tradições. 7.Joseph R. Sicari & Leonard Mann. Aquela banca de comida detém uma tão forte presença materialista que no preciso momento em que teclamos estas letras um subtil mas cada vez mais intenso cheiro a fritos e a cerveja vai-se infiltrando nas nossas narinas. 8.É um tacho. 9.Vida pré-colonial. 10.Uma mulher loura em negligé num filme onde anda um assassino á solta por aí. Vamos rezar. 11.Tinto. 12.E ainda nem o sagrado presidente Reagan tinha chegado à Casa Branca. Night School (1981). Ken Hughes

Filme: 3/5 (Bem mais próximo das atmosferas cinematográficas de um giallo do que das superfícies do seu primo bastardo slasher, que em 1981 já tinha entrado nas roldanas da produção em série. E provido de uma dose de humor negro que nos aquece sempre o coração e o estômago.)
















The Craft (1996). Andrew Fleming

Filme: 0/5 (Embora a nossa memória ainda não esteja no estádio catatónico da do Tio Biden, a mesma não nos permite recordar o motivo da ida ao cinema para ver esta obra-prima do lixo dos anos 90 norte-americanos, embora suspeitamos que tivesse de certeza a haver com a paixoneta (uma das 456 da altura) que tínhamos pela Neve Campbell (reparamos, através do imdb, que o filme estreou em Portugal a 13 de setembro de 1996, o que significa que deve ter sido altamente provável que tenhamos faltado a uma aula de início de ano para ir bater pu...ir ver cinema na magia da sala). E o que nos leva, quase trinta anos depois, a voltar a ver tão gostosa mediocridade? Pelo mesmo motivo de sempre: para verificar e comprovar que, com o distanciamento temporal, essa mediocridade já adquiriu preciosas fundações de reacionário guilty pleasure. Recentes detritos cinematográficos espezinhados por todos terão, apesar dos seus evidentes méritos, de esperar ainda munto ano para obterem o oficial selo de escória de alto gabarito. Algo que, evidentemente, nenhum Lanthimos ou Chazelle alguma vez conseguirá almejar.)



Um filme em que a Jennifer Lawrence e a Elisabeth Shue são, respetivamente, filha e mãe. E que eu demorei mais de uma década a ver (ninguém me avisa, ninguém me diz nada). House at the End of the Street (2012). Mark Tonderai

Filme: 2/5







La luz en el cerro (2016). Ricardo Velarde

Filme: 2/5 (Recordamo-nos perfeitamente da última vez que vimos um filme da América Latina- de qualquer género, neste caso em particular, "horror e crime" nas montanhas e nas ruralidades do Peru- que não envolvesse um sistemático choque "de classes" e de "costumes": estávamos  numa esquina de uma tasca a beber uma aguardente de medronho da Serra da Estrela. A nossa companhia? Alexandre, O Grande. Não, ele não nos foi ao cuzinho. Nem vice-versa.)



Aubrey Plaza num filme "do terror" faz tanto sentido como Napalm a apresentar um filme no Doc Lisboa (ou em qualquer outro sítio, já agora). Child's Play (2019). Lars Klevberg

Filme: 0/5

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1.Kiernan Shipka2.Olivia HoltTotally Killer (2023). Nahnatchka Khan

Filme: 0/5 (Escória "progressista".)

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1.Marin Ireland2.Nova Iorque que amanhece. 3.A.J. Lister4.Judy Reyes. Birth/Rebirth (2023). Laura Moss

Filme: 2/5 (Filme de "terror biológico" que poderia munto bem ter sido dirigido pela apatia e indiferença de um Soderbergh do Side Effects e Unsane.)

SECÇÃO CULTURA, CONHECIMENTO, EROTICA, PERVERSÕES & DIVERSÕES

CLIPES MUSICALES


Courteney Cox & Bruce Springsteen. Dancing in the Dark (1984). Brian De Palma

Filme: 5/5 (Um vídeo capaz de acordar mortos-vivos- e até o Ricardo Salgado e o Pinto da Costa.)

SÉRES




The Crown: Season 01, Episode 06 (2016). Julian Jarrold

REFLEXÕES PROFUNDAS SOBRE ASSUNTOS DA VIDA PÚBLICA


Povo irmão polaco, parceiro na UE e aliado oriental na NATO: o presidente da Federação Russa afirmou que não tem qualquer interesse em atacar o vosso país. Isso mesmo: está na altura de começar a apetrechar os bunkers com bastantes doses de provisões, livros, dvds e, no caso de ser hóme solteiro e envelhecido, aquelas caixas repletas de calcinhas das namoradas da sua juventude. 


Moznosti dialogu/Dimensions of Dialogue. 1982. Jan Svankmajer

Tentámos assistir, em diferido, a um "debate" televisivo entre dois líderes partidários que concorrem ás eleições legislativas portuguesas de 10 de Março de 2024. No caso, logo o primeiro "debate", entre Pedro Nuno Santos (PS) e Rui Rocha (Iniciativa Liberal). Tomámos a precaução de, para não cansar a vista, virar o telemóvel para baixo. E ainda fechámos os olhos, para reforçar a atenção apenas no "conteúdo do debate". Tarefa inglória. Aguentámos ligeiramente mais do que a tentativa de visão da série Rabo de Peixe (1 minuto e 48 segundos). Sucessivas interrupções da "moderadora"- gostamos da Clara de Sousa, mas numa esplanada, de fato de banho, a beber um cocktail-, impossibilidade de desenvolver um pensamento estruturado que vá além dos bitaites e soundbaites para as parangonas das "redes sociales", e dois hómes que até em casa devem falar como se estivessem a debitar bagatelas num comício político. Ouvidos já a doer, ao fim de escassos minutos. Uma espécie de Paul Greengrass do sofrimento sonoro. Tivemos de ir ver isto, para melhorar a saúde:


 CERVEJAS DO MUNDO


República da Irlanda. Guiness Draught.

COMIDAS DO MUNDO


Coreia do Norte. Laengmyeon.

BRINCA BRINCANDO


E O TEMPO PASSA


COUSAS AMARELAS E PRETAS


MELHORES JOGADORES DA BOLA DE TODOS OS TEMPOS


George Weah

MELHORES ÁLBUNS MUSICAIS DE TODOS OS TEMPOS 1962-2008


Bruce SpringsteenBorn in the U.S.A. (1984).

Born in the U.S.A. é uma canção que glorifica os mais nobres e patrióticos sentimentos pela nação norte-americana, e a Every Breath You Take é uma canção que glorifica a mais ilustre dedicação e carinho de uma pessoa por outra. Downbound Train é também a melhor canção de todos os tempos (pelo menos neste exato momento).

GRANDE DICIONÁRIO DA CULTURA POPULAR


Bend It Like Beckham é um filme inglês de 2002, realizado pela cineasta Gurinder Chadha, inglesa de origens indianas e nascida em Nairóbi, Quénia. Como nunca o vimos, presumimos que o título se refere ao modo como o jogador da bola inglês marcava os livres- a única cousa em que realmente se destacava.


A 22 de Junho de 2012, Lana Del Rey lançou mais um single do seu segundo álbum, Born to Die. Esse single chama-se Summertime Sadness.


Jean Harlow foi a definitiva Bombshell. Não por acaso, foi a atriz principal de um filme com esse nome. Foi dirigida por Victor Fleming, em 1933. Não confundir com o Bombshell cagalhão-woke-progressista-liberal-cona de sabão de 2019.


Pretty Maids All in a Row, de 1971, é um filme norte-americano da autoria do notório tarado sexual Roger Vadim. Rock Hudson & Angie Dickinson foram as suas estrelas.

DEUS EXISTE- TEMOS PROVAS!




É EVIDENTE QUE LUTAREMOS ETERNAMENTE POR UM MUNDO MAIS INCLUSIVO


BELEZAS NATURAIS DO PLANETA TERRA


Lola Le Lann


Marina Ruy Barbosa

LANÇAMOS, DE CATAPULTA, BOLAS DE FOGO CONTRA OS INSTIGADORES DAS FALSIDADES AI E LOUVAMOS A EXCELSA E GENUÍNA GRAÇA FEMININA



BIKINI ATOLL



OS ANOS EISENHOWER


EROTIC DREAMZZZ



AGORA QUE O MAX HARDCORE FALECEU, RELEMBREMOS A SUA ARTE


Nari. Não precisamos de mencionar- ou seja, temos de mencionar- obras como À la recherche du temps perdue, Once Upon a Time in America ou A Lua e as Fogueiras para saber que a literatura e o cinema sempre foram veículos artísticos para expressar uma profunda- e doentia- nostalgia pelos encantamentos e "despreocupações" da infância. Aliados de Proust, Leone e Pavese estão os emotivos comentários dos escribas do you tube, que aproveitam qualquer vídeo- por exemplo, uma salamandra a comer uma bosta- para se recordarem daquele dia em que conheceram a sua cara-metade (mesmo que depois, ao longo da vida, a tenham desprezado, entre outras cousas.). Ora, Max, é, também ele, um exímio saudosista das preciosidades infantis, e, de quando em quando, encena comoventes peças teatrais onde se efetua uma doce lembrança dos carinhos da primeira idade. As suas alunas, dedicadas 100% ao seu encenador e professor, entregam-se completamente ás suas personagens de fingida meninice, e tão tocadas ficam, que acabam cada peça num pranto leviatânico. Não teclamos mais. Temos de ir buscar kleenexs.

SABEREMOS QUE A CIVILIZAÇÃO ESTÁRÁ A DAR OS ÚLTIMOS ACORDES QUANDO AS SAIAS COLEGIAIS FOREM BANIDAS NO JAPÃO. É COMO BANIREM A PESCA DA SARDINHA NUMA TRAINEIRA


TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA GONG LI




TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA THANDIE NEWTON




TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA EMILY ALYN LIND




FOTOS VISTAS POR AÍ


JOSÉ VILHENA CARTOONS


JOSÉ VILHENA TEXTOS

O casamento

A ATITUDE DA ASSISTÊNCIA- Os convidados devem conservar-se em silêncio, o silêncio das grandes execuções, perdão, das grandes ocasiões. Quando o padre disser: "Se alguém souber de alguma coisa que obste à realização deste matrimónio, devem declará-lo", ninguém abrirá o bico. Todos sabem coisas, claro, mas não é altura de as dizer. Essas coisas devem os convidados contá-las uns aos outros durante o copo de água. Também não fica bem aos antigos namorados da noiva sorrirem para ela significativamente, quando deixar o altar pelo braço do noivo.

(continua)

José Vilhena, Manual de Etiqueta, 1959.

Editora: E-Primatur.

1º edição, Maio de 2017.

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