Não sei o que me delicia mais: se ver os benfiquistas a desejarem ao Maxi as trevas eternas, -nos casos mais moderados a própria morte e nos mais extremos o de ele ser obrigado a estar numa sala a ver "As mil e uma noites" do Miguel Gomes e, após o fim da projecção, dizer "não, não gostei"-, desconsolados por verem os "meus queridos filhos em lágrimas com a traição desse filho de uma granda puta!"; se ver os portistas mais "puristas", dignos de um comité central do PCP, furiosos com a contratação do rapaz, a amandarem para a arena os habituais lugares comuns do "FCP já não é o que era", "falta de memória", e o inevitável "falta de mística" (isto de mística é o quê? come-se?). Ainda por cima, ambas estas quadrilhas não têm pruridos em difamarem este homem santo, um jogador duro mas sempre nos limites do respeito pelos colegas adversários,
e que já anteriormente demonstrava, de forma um pouco desajeitada, as suas vontades futuras.
Que marque na Luz, depois de rebentar com o Gaitán, e que ponha mais filhos a chorar e mais portistas monásticos em retiro. Pó caralho.
Pó ano quero o Jonas e o Iniesta.