terça-feira, 23 de junho de 2015
segunda-feira, 22 de junho de 2015
The Cinema of Michael Bay: From the Stunning Beauties Of The Sexism To The Accomplishments Of An Astonishing Big Scale Explosion.
Para complementar os essenciais estudos da Senses of cinema sobre o Michael Bay, deixamos aqui o nosso modesto contributo na forma de um singelo ensaio visual. Adrian Martin não gosta disto.
Com a chegada da brasa, aumentou a minha procura por filmes com praia e sol, ou, dito de modo mais "poético", "filmes solares". Calhou o Agosto, do Silva Melo, e como diria o Monteiro, adorei, adorei, adorei. É mais uma daquelas obras que de certeza absoluta será sobre qualquer coisa, mas não fazemos a mínima ideia do que seja. Estamos mais atentos à moleza, à câmara a enquadrar a Arrábida pelas janelas, aos mergulhos do maralhal. A Manuela de Freitas é a melhor actriz de sempre do cinema português. Bailaricos de Verão. A determinado momento estamos á espera que a lente começe a salpicar. Paradoxo: um filme com bruscos cortes na edição (que impede o reconhecimento narrativo mais imediato) e que mesmo assim nunca descura a languidez de se instalar. Alguém que apresente isto ao Kiarostami, para dormir. Em retrospectiva: a ficha técnica do filme é o dream team do cinema português dos últimos trinta anos.
informações úteis para uma melhor compreensão da sociedade (3)
daqui
Uma pessoa anda á procura de saber pormenores sobre a venda do Jackson pó Atlético de Madrid e no fim acaba a ler outra cousa.
informações úteis para uma melhor compreensão da sociedade (2)
Um estudo mostra que é possível ter relações sexuais com um(a) amigo(a) e conseguir manter a relação de amizade. Isto ao contrário do que vulgarmente se diz sobre o assunto.
daqui
daqui
informações úteis para uma melhor compreensão da sociedade (1)
"Acho que ninguém fez uma pesquisa científica no Tinder, ainda", disse Laurie Santos, professora de Psicologia na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
A professora nota que muitos homens mostram fotos com carros esportivos ou relógios Rolex ou fotos de férias em lugares caros, ou seja, mostram os recursos.
"Nós prevemos que as mulheres no Tinder devem tentar parecer sexy, enquanto os homens precisam mostrar suas coisas", disse.
Seguindo esta linha de pensamento, homens que procuram mulheres querem que elas sejam saudáveis e consigam ter filhos.
Os ancestrais pré-históricos dos humanos tinham que tentar adivinhar quem era as mais férteis: mulheres com curvas e com cinturas mais finas que os quadris eram a melhor aposta.
E isto parece familiar até nos dias de hoje. Muitos usuários do Tinder falam sobre o número de mulheres fotografadas com uma pose típica: mão no quadril, uma perna dobrada, tudo para aumentar a curvas.
Homens também fazem pose; evolução explica atração por músculos
Os homens também não escapam das poses: muitos deles mostram a barriga tanquinho.
Pode ser que os músculos exibidos façam com que o fotografado pareça ser um caçador de mais sucesso e, por isso, um parceiro melhor.
No entanto, os homens sem braços fortes ou barriga tanquinho não precisam se desesperar. Exibir um relógio caro ou carro esportivo também serve.
De acordo com especialistas, mulheres procuram recursos mais do que a aparência, para cuidar das crias.
Ecoando o que se vê no Tinder, as mulheres pré-históricas procuravam mais um homem com uma caverna boa e quente ou um bom arco e flecha para capturar o jantar.
"Você vê muitos homens em fotos com carros esportivos, relógios Rolex ou em férias caras - mostrando os recursos", disse a professora Laurie Santos.
terça-feira, 16 de junho de 2015
Post demagógico sobre a diferente abordagem de produtores e realizadores ao mercado imobiliário.
Por essa altura, Stallone era um actor secundário de reputação duvidosa, sem carro e sem dinheiro sequer para alimentar o seu cão, mas que escrevera um argumento sobre a história de um aspirante a pugilista que vivia de pequenos biscates. Quis vender a história a Chartoff e Winkler, mas exigiu ser ele a interpretar a personagem de Rocky Balboa, reivindicação que os produtores aceitaram e sustentaram na negociação com a United Artists, mesmo se para isso tiveram de hipotecar as suas casas.
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Fiz este filme para comprar uma casa. Pode ser que faça outro para comprar uma segunda residência.
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Sobre casas, existem mais histórias bonitas, uma das quais conhecemos e muito nos alegra relembrá-la, bebericando umas Alianças. Terá, por agora, de ficar oculta, caro leitor, mas não desespere, pois outros posts virão em breve, seguindo temáticas diversas como: Daniel Pereira recorre a palitos nas pálpebras para se manter acordado a ver "A Fuller Life"; nem palitos nas pálpebras conseguem manter Daniel Pereira acordado a ver "Cake"; Daniel Pereira viu um filme e gostou; Greta Garbo, zerfickbar. Ninguém mata o Nuno Magalhães?
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Fiz este filme para comprar uma casa. Pode ser que faça outro para comprar uma segunda residência.
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Sobre casas, existem mais histórias bonitas, uma das quais conhecemos e muito nos alegra relembrá-la, bebericando umas Alianças. Terá, por agora, de ficar oculta, caro leitor, mas não desespere, pois outros posts virão em breve, seguindo temáticas diversas como: Daniel Pereira recorre a palitos nas pálpebras para se manter acordado a ver "A Fuller Life"; nem palitos nas pálpebras conseguem manter Daniel Pereira acordado a ver "Cake"; Daniel Pereira viu um filme e gostou; Greta Garbo, zerfickbar. Ninguém mata o Nuno Magalhães?
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Siodmak, Tarkovsky, Siegel
O "The Killers" do Hemingway (já de si obra-prima) deve ser caso único no mundo das adaptações cinematográficas: as suas três mais conhecidas são igualmente excepcionais. Só temos pena do Melville nunca ter feito uma.
O nosso único e grande desgosto pelo "fim do cinema" prende-se com isto: o cinema americano perdeu o saber de fabricar melodramas febris, cheios de artificio de estúdio, providos de star system e de realizadores com os colhões bem agarrados pelo Selznick, o maior dos maiores na "história do cinema" de Hollywood. Mas chega de lamentações; se tivermos um "Dawn of the Planet of the Apes" a cada quinze anos, já é muito bom.
domingo, 14 de junho de 2015
O Saint Laurent do Bertrand Bonello está para "a moda" como o Velvet Goldmine está para "a música": zero de investigação psicológica, superfícies brilhantes por onde se escondem mais superfícies brilhantes, identidades vazias e mudas de roupa. Só elogios, portanto. Ao fim de hora e meia Bonello já não tem mais nada a dizer, e assim os restantes sessenta minutos já não têm nem sequer um centro dramático a que uma pessoa se possa ancorar: é só "imersão" em gestos e em decoração de interiores. Para outros será chatice, para nós foi bonito, pois além de sermos pobres, a nossa saúde não recomenda o uso de drogas psicotrópicas. Além disso, nem acreditámos nos nossos olhos quando para aí à meia hora vimos, numa mesma divisão e bem perto uma da outra, a Jasmine Trinca e a Léa Seydoux.
como esta gente não tem vergonha, e eu também não...
Gomes's latest also prefigures an allegorically over-determined predator: a crocodile. But it doesn't stalk, plot, or ensnare anything so much as it drifts, wide-eyed in a pool. Is the crocodile Gomes himself? Is it, as Mark Peranson suggested inCinema Scope, Portugal itself? Both seem likely, or at least plausible. The creature bears silent witness to the colonial history that constitutes the emotional heart of Tabu. Call it the croc's-eye-view of history.
Cinéfilo 1(C1): Revi ontem o Tabu, do Gomes. É cada vez mais insondável o significado semiótico daquele crocodilo. Que malandro!
Cinéfilo 2(C2): Se tu o dizes...
C1: Digo e volto a dizê-lo: aquele lagarto gigante está para além de uma mera representação dos valores coloniais, para além das esferas ultramarinas, e para além da sofisticação cinéfila do Gomes.
C2: Ó chefe, há tabaco?
C1: Estou mesmo em crer que o Eduardo Lourenço se inspirou neste crocodilo para o seu Labirinto da Saudade
C2: Isso é impossível.
C1: Impossível não será ver no jacaré os resquícios dos escritos do Professor José Gil!
C2: Nem isqueiro tenho...
C1: Nunca me disseste o que significa aquele crocodilo...
C2: Nem digo.
C1: Porquê?!?!
C2: Tenho medo. É demasiado chocante.
C1: Medo?? Não há medo entre cinéfilos apaixonados, filhos de cinematecas e culturgestes, navegantes do saber fílmico, leitores de Robin Wood. Não tenhas medo e diz.
C2: Não digo, não digo e não digo!
C1: DIZ! EXIJO! Preciso de levar um banho da tua espuma epistemológica. Além do mais, faço colecções de cromos de "noções do crocodilo do Tabu". Tenho uns vinte Peransons para troca, mas faltam-me uns três Delormes e uma raríssima noção de um crítico nativo das Seychelles, que viu no bicho uma clara manifestação da sorte que se aproximava em questões de pesca. E falta a tua, claro!
C2: Pronto, eu digo. Mas primeiro afasta-te. Mais...mais...isso aí...não, mais!
C1: (a gritar) Porque é que me estás a mandar para tão longe?
C2: (a gritar) É para eu ter alguma vantagem quando começar a fugir!
C1: (a rir e a falar de si para si) ai que maluca! (a gritar) Vá, diz! Nada do que me poderás dizer me colocará em trabalhos! Como diria o meu avozinho, o saber não ocupa lugar!!
C2: (a gritar) Pronto, 'tá bem! Aqui vai...depois diz que eu não te avisei! (ajeitando a gravata...inspirando...expirando...) O crocodilo no Tabu ...é....é...
C1: (a gritar, com uma mão no ouvido) Sim??!?
C2: O crocodilo no Tabu é...é...é...UM CROCODILO!
C1: (a começar a correr): FILHO DA PUTA!!!! Tu não me escapas! Não haverá misericórdia!! Estais fodido!! Não percas tempo a correr, salafrário!!
C2: (a fugir) Não, não! O crocodilo no Tabu é a representação do selvagem lucro do capitalismo! É a ida do Jesus pó Sporting! É uma referência trágica à bulímía! É o cu do António Guerreiro! É um pastel de nata!
C1: Filho da puta!!! Tarde demais! Já te revelaste! Os teus dias estão no fim...
C2:... Um símbolo da alheira de Mirandela, um sinal da falência moral nas tribos amazónicas...!
quinta-feira, 11 de junho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Servo, sabeis vós quem está ali naquela mesa?
Se não me engano, é o senhor Vasco Câmara, Sua Senhoria
E o outro?
Se a memória não me atraiçoa, parece-me ser Napalm, o menino, Sua Senhoria
E que estão para ali a ver?
Se a visão não me atrapalha, parece que estão a ver uma fotografia, Sua Senhoria
E agora? Estarei a ver mal? Ou começaram a chorar agarrados um ao outro?
Se o meu julgamento estiver correcto, então corroboro as suas excelsas palavras, Sua Senhoria, pois bem vejo que estão em comoção
Pois então, que esperas? Ide tratar saber do que estão a ver. Ande! Ande!
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