Quase que mostrava a festa do titulo este ano ao meu Filho de 7 anos com quem travo uma luta imensa para o converter ao Benfiquismo numa terra Maldita de Portistas corruptos mas ganhadores, quase tambem que mostrava a gloriosa Taça Uefa ao meu filho e terminei o jogo ao lado dele encharcado em lágrimas e com o miudo a apoiar-me mais por me ver com aquela tristeza do que propriamente por causa da derrota que ele ainda não consegue perceber e sentir e concerteza que ficarei pelo quase que poderia mostrar a taça de Portugal ao meu filho, mas mentiroso lá continuarei a gritar bem alto cá em casa que o Benfica ainda é o maior de Portugal, continuo a encher a cabecinha do meu filho contando-lhe histórias do quanto os Portistas são maus, que nada ganham com mérito que passam a vida obcecados pelo Benfica, que o Jesus o da terra não o do Céu é um grande treinador só que não tem tido sorte e que o Presidente do Benfica é um Homem muito dedicado ao Glorioso e que um dia irá tornar o Benfica novamente Grandioso. Pois mas esta é uma luta tremenda para quem vive aqui no Porto, ontem tive de o obrigar a ir para a cama ás 21,30h para nem sequer vêr a festa que os Cabrões faziam cá fora, agora pergunto Eu, até quando é que eu vou continuar a iludir o meu Filho? até quando? Quando passarmos das quase vitórias ás vitórias reais aí talvez Eu tenha uma pequenissima chance de tornar o meu Filho um verdadeiro Adepto do Glorioso. Daqui.
Ora aqui está o perfeito exemplo da aclamada série "eu, adepto da bola, e o meu filho lavado em lágrimas". Ou encharcado, como está no texto deste valoroso adepto benfiquista. Está lá quase tudo: a torrent de stream of consciouness, que faria Joyce atirar-se para uma vala; o corajoso desrespeito por ignóbeis regras gramaticais; o coração na ponta dos dedos. Só falta o gargantuesco recurso aos pontos de exclamação. E tem toda a razão no carácter malévolo e demoníaco dos javardos adeptos do Porto, pois eu ontem, uma hora antes do se iniciar o jogo em Paços de Ferreira, fui com o meu mai novo atrás de uma ninhada de gatos recém nascidos e arrancámos as suas piquenas cabeças à dentada, e depois vertemos o sangue para cima de uns fotogramas imprimidos do Antichrist de Lars, o Marteleiro. Mal acabámos tal prática, estava o meu filho lavado (ou encharcado) em lágrimas de pura alegria maléfica.