E o FCP chegava à sua primeira final europeia, no caso a extinta Taça das Taças. Perdeu 2-1 com a Juventus do Platini e do Trapattoni. Não me lembro, mas ficaram os registos de que a equipa jogou muito bem e que grande foi a injustiça do resultado final, alimentada, ainda por cima, com o descarado roubo do gatuno e ladrão do árbitro, um tal de Prokop vindo directamente dos calabouços da Stasi. Tanta era a indignação nos jogadores portistas, que o falecido guarda redes Zé Beto, ao que parece, agarrou no pau da bandeirola de canto e queria dar com ela no Prokop. Mais se conta que, tão emocionados e orgulhosos ficaram os adeptos portistas com a performance da equipa, logo trataram de arranjar dinheiros para fazerem uma réplica da verdadeira taça, numa genuína demonstração de agradecimento aos jogadores, que não andavam habituados a tais práticas e sucessos. Era o tempo do FCP e do futebol português das portentosas vitórias morais, do "futebol não tem lógica: ganha quem marca mais golos", dos "somos piquenos e bons e eles grandis e maus, mas...mas...vamos dar-lhes com paus!", e por aí adiante. Felizmente que tudo isso já acabou no FCP e, em geral, no futebol português.