domingo, 24 de dezembro de 2023

Frames (47)- Especial Menino Jesus e Pai Natal.



1.Gosto de árvores de Natal. 2.Gosto de mulheres a colocarem, com todo o esmero, batom nos lábios (ou nos mamilos). E não precisam de ser a Keira Knightley3.Gosto do Johnny Depp e da Vanessa Paradis, logo, e como consequência, gosto da Lily-Rose Depp, filha de ambos. E pronto, estão registados os afetos um tanto ou quanto inerentes a Silent NightSilent Night (2021). Camille Griffin

Filme: 0/5 







1.Se você, homem, numa certa noite de Véspera de Natal vai a caminho da casa dos seus sogros e na estrada deserta encontra uma aparição da Alexandra Holden, isso poderá significar o seguinte: 1) você está a sonhar enquanto conduz, o que poderá originar um acidente mortal dentro de segundos. 2) de facto, você está acordado, e a Alexandra Holden está mesmo sozinha no meio da estrada. Neste caso, só lhe resta uma cousa a fazer: desviar-se dela e carregar no acelerador, sem olhar mais para trás. Esqueça o relâmpago de meiguice facial da Alexandra, olvide o seu ar de necessitada ajuda, oblitere os seus desejos mais primários de contacto com carne macia. Você, além de ser casado, também é caucasiano e rico, e já se sabe qual seria o resultado da sua cortesia para com uma mulher. Fuja, desgraçado, fuja! 2.Natal é uma época onde todos os apetites mais pantagruélicos deverão ser saciados. Em permanente contacto com o Senhor. 3.Um daqueles planos que quase valem um filme. 4.Alexandra Holden, so beautiful. As oitenta e sete vezes que vimos o seu rosto, no Verão de 1997, fizeram-nos questão de não a esquecer. 5.Ver o Ray Wise abraçado a uma filha loura e muito atraente faz-nos soltar uma lágrima de acentuada nostalgia. 6.Amber SmithDead End (2003). Jean-Baptiste Andrea & Fabrice Canepa

Filme: 2/5












Há uma árvore de Natal mui bela, umas iguarias e umas guloseimas coloridas capazes de carregarem ainda mais o peso na balança, uma Brittany Snow ideal para apresentar à avó, e uma Joanna García que seria a nossa amante enquanto a Brittany estaria em casa a decorar a árvore. A nossa generosidade, ainda mais saliente nesta altura do ano (como se tal fosse possível) impele-nos, assim, a enumerar uma vez mais os fatores positivos de um filme, desprezando o simples pormenor de Christmas with the Campbells ser uma paródia melosa-libidinosa dos fofinhos filmes de Natal da Hallmark. Ora, fazer paródias de algo que já é, em si, um arrazoado de felicidade tão impossível quanto burlesca é um processo deveras redundante. Pensando bem, haveria de se arranjar uma maneira de colocar a Britanny e a Joanna a decorarem- juntas- a árvore. E, quiçá, mais tarde....Christmas with the Campbells (2022). Clare Niederpruem

Filme: 1/5




Mais uma variação natalícia do Die Hard, com o recurso a uma violência "brutal" (ou seja, PG-13) e "cínica" fundida numa gigantesca chávena de açúcar derramada sobre a história. Cousa tão maléfica que quase nos faz deixar de acreditar no Pai Natal. Filhos de uma grandessíssima puta. Violent Night (2022). Tommy Wirkola

Filme: 0/5
















Uma Mrs. Cratchit negra. Um Ebenezer Scrooge que se tornou um homem muito desgostoso- e um feroz capitalista- com a humanidade porque foi vítima de abuso sexual quando era menor. A irmã de Scrooge que antes era Fan e agora é Lottie (e que deixou de ser  uma doce e afável menina para se transformar numa feminista de cepa dura). Jacob Marley como um sujeito que não está morto, mas antes a descansar dentro de um caixão a dez metros abaixo do solo. Não serão estas piquenas desvirtuações do original livro de Dickens para "benefício" das sensibilidades contemporâneas que nos colocam de pé atrás com esta enésima adaptação do sagrado conto natalício, mas antes o seu negrume niilista muito de acordo com o cinismo "profundo" (rir munto) e "agudo" (rir ainda mais) destes tempos marvelianos. Os fundamentais arquétipos de Dickens (Scrooge como inicialmente o MAL absoluto, os Cratchit como a personificação sentimental do BEM, a generosidade dos fantasmas) são a razão de ser da fábula do livro, e cujos contrastes muito bem definidos tornavam a viagem de Scrooge ao fundo do seu poço mental e a sua redenção como um dos momentos artísticos que quase levam uma pessoa a acreditar que isto de estar vivo nem é tão mau quanto isso. Mas aqui, nesta minissérie, tais dicotomias foram para o galheto, os Homens pouco se distinguem uns dos outros na sua permanente angústia, os fantasmas são uma cambada de emanações pesadíssimas e depressivas, e no final, suspeitamos, Ebenezer irá tornar-se apenas uma pessoa ligeiramente menos repugnante. Na próxima atualização, o Piqueno Tim Cratchit não será uma criança com problemas físicos incuráveis, mas sim um munino que sofre muito por ainda não ser uma munina. PS:- 'celente recriação da Londres de meados do século XIX. A Christmas Carol (2019). Nick Murphy

Filme: 2/5 















Sim, nada como o Natal para reacender aquela relação amorosa que ficou enterrada no passado, e com isso destruir interiormente os e as pobres desgraçados e desgraçadas que ficam para trás. O John Cusack é um eterno deslocado numa comédia romântica, e sobre a Kate Beckinsale, que aqui quase consegue atingir os 10000000000000 kilowatts de febril iluminação da Sandra Bullock no While You Were Sleeping: nunca mais foi a mesma desde que 1) teve quase a ter as mãos papudas e nojentas do Harvey em cima dela e 2) desde que aceitou fazer aquela série de filmes sobre vampirada. Serendipity (2001). Peter Chelsom

Filme: 2/5




















1.Joanna Opozda2.Polina Gromova no santificado momento da decoração da árvore. 3.Comida ucraniana na consagrada refeição de Natal de 7 de Janeiro de 1939. 4.Yana Koroliova, so beautiful. 5.Polina traz-nos à recordação aquelas palavras da Lilian Gish no The Night of the Hunter: "You Know, when you're little, you have more endurance than God is ever to grant you again. Children are man at his strongest. They Abide.". 6.Fezes humanas tomam conta da Ucrânia. 7.E o tempo passa. 8.Khrystyna Ushytska & Polina Gromova: They abide, and they endure. 9.Evgeniya Solodovnik, so beautiful. 10.Prova-se, assim, que crianças europeias na terceira década do século XXI ainda sabem manejar uma ferramenta anacrónica intitulada "Livro". 11.Evgeniya, em tempo de guerra, experimenta os primeiros prazeres visuais do sexo entre adultos. 12.Eugeniy Kirey. 13.Sabbath. 14.Naturezas mortas numa antiquíssima arte chamada "composição". 15.Fezes humanas tomam conta da Ucrânia #2. 16.Menino alemão oferece uma recordação a menina judia: aleluia! acabaram-se os conflitos no mundo! paz, finalmente! 17.Andrey Isaenko, como um dos bondosos libertadores da NKVD. 18.Evgeniya, beleza ofensiva para todas as outras meninas não tão dotadas de encantos superficiais. 19.E há-de voltar a ser Modern Ukraine, se Deus e os Republicanos norte-amaricanos assim o quiserem. Shchedryk (2022). Olesya Morgunets

Filme: 4/5 (Filme propagandístico ucraniano e que tem a amabilidade e a justeza de colocar no mesmo saco do lixo da História o regime Nazi e o regime "comunista" estalinesco. Filme de carácter universal, para exportação sentimental ao longo do planeta- talvez menos na Rússia-, mas que ainda assim consegue atenuar judiciosamente as camadas de mel sobrepostas ao esqueleto da história. Até o senhor Orbán se comoveria.)


Simpática e imediatamente olvidável recriação live-action e animada do poema A Visit from St. Nicholas, de Clement Moore, de 1823, que basicamente quase "criou" a figura do Pai Natal que hoje conhecemos. The Night Before Christmas (1946). 

Filme: 2/5


Versão idílica, terna, e em tons pastel, do caos demoníaco de Attack of the Deranged Mutant Killer Monster Snow Goons, de Bill Watterson. The Snowman (1982). Jimmy T. Murakami & Dianne Jackson

Filme: 3/5


É uma curta-metragem de milagre natalício que, devido ao contínuo bombardeamento musical "zimmeriano" e à montagem retardada, nos faz esquecer que há milagre e muito menos que é Natal. A sombra da influência de Nolan abarca 200000 km2 do cinema mainstream "de ação e fantasia" norte-americano dos dias atuais. Se se quiser ver duas curtas de aviação com milagres, quimeras e terror, é favor consultar Nightmare at 20,000 Feet (1983), de George Miller, quarto episódio da coletânea Twilight Zone: The Movie, e The Mission (1985), de Steven Spielberg, quinto episódio da primeira temporada de Amazing Stories. The Shepherd (2023). Iain Softley

Filme 0/5
















Um filme que começa como um banal filme de caserna militar vai-se transformando gradualmente num emaranhado de investigações sobre masculinidade nos EUA em tempo de guerra, relações edipianas, masoquismo feminino e a utopia do paraíso idílico da vida doméstica. No foreground destas tramas e traumas, a câmara de Siodmak a iluminar a face e as lágrimas de Deanna Durbin como se jamais tivesse havido outra mulher além dela. Missas à Rossellini, sombras de Weimar, final à Dreyer (ou à The Incredible Shrinking Man). É uma das obras-primas natalícias da História dos Humanos desde a queda da Dinastia Ming. Christmas Holiday (1944). Robert Siodmak

Filme: 5/5 



A Natividade num motel norte-americano, sim, um daqueles motéis junto à estrada poeirenta, sem nada em volta no espaço de 100 km2. Filme de estreia de Don Siegel, que continuaria, a partir daqui, na senda de mais assombros tão cinematográficos quanto religiosos (e vice-versa). Star in the Night (1945). Don Siegel

Filme: 4/5















1.Um tempo veraneante para os habitantes de Yakutsk, Sibéria. 2.Um verdadeiro milagre perpetrado pelos Três Reis Magos: Elias Koteas com cabelo. 3.Espaços vazios no cinema mainstream natalício ocidental. 4.A árvore de Natal comunitária, a sua respetiva decoração, e sua posterior iluminação, são uma prova do avanço civilizacional do Ocidente perante os bárbaros povos das especiarias e demais matérias-primas para serem por nós exploradas. 5.Mary Steenburgen, so pretty. 6.Um travelling a enquadrar, durante uns dois minutos, duas pessoas a caminhar numa estrada coberta de neve. Cena termina num plano geral que também dura o seu devido tempo. Cinema experimental para 2023. 7.Harry Dean Stanton (R.I.P.). 8.Espaços vazios no cinema mainstream natalício ocidental #2. 9.Apontar: futura demanda- coleção de globos de neve. 10.Elisabeth Harnois, so beautiful. 11.O Pai Natal é um empresário de sucesso, possuidor de uma fábrica que emprega milhares de empregados eternamente felizes e que sabem que um sorriso de uma criança é mil vezes preferível a qualquer irrelevante aumento salarial. 12.Maravilha artesanal. 13.Na carta que este ano enviámos ao Pai Natal, das seiscentas e quarenta e nove prioridades para a nossa felicidade, destacamos o acelerar da deterioração ambiental do planeta para o mais rápido desaparecimento das associações ambientais, e um andar de baloiço com a Emma Roberts. 14.A Árvore de Natal. One Magic Christmas (1985). Phillip Borsos

Filme: 3/5 (Se se conseguisse transformar o imaterial açúcar dramático de One Magic Christmas num produto de sólido açúcar alimentar, então as indústrias açucareiras cubana e mundial jamais voltariam a ter problemas de escassez de produto. As dificuldades da vida- desemprego, assédio patronal, impotência sexual, a possibilidade de Pedro Nuno Santos ser Primeiro-Ministro- são desmanteladas com o recurso a uma simples carta ao Pai Natal. O triste realismo quotidiano a ser suplantado por uma fofice que nem o Natal dos Hospitais conseguirá igualar. Mil aplausos para a adorável Elisabeth Harnois, cuja gentileza foi espremida pelos produtores até a deixar, provavelmente, exausta. Não me admiraria se na adolescência ela tivesse andado a esmagar a cabeça de pintainhos com um martelo.)











1.Continuamos, até aos dias de hoje, sem saber como fazer balões com uma pastilha. 2.É Natal no Cinema. 3.Leslie Nielsen (R.I.P.) & Thora Birch. 4.A admiração pela Arte deverá ser fomentada e incentivada desde as mais tenras idades. 5.É Natal no Cinema #2. 6.Thora Birch (💓* 50000000). 7.As Gémeas. 8.Ethan Embry & Amy Oberer como "the cute couple". 9.Lauren Baby Bacall. 10.A petulância, a zombaria e o humor inconveniente a mascararem inseguranças e vulnerabilidades, matéria de facto em American Beauty e Ghost World, dão aqui lugar a uma amabilidade infantil que apenas mascara a petulância, a zombaria e o humor inconveniente. É a Thora. All I Want for Christmas (1991). Robert Lieberman

Filme: 2/5 (Uma vez mais, terão de ser os petizes e o Pai Natal a resolverem os problemas- neste caso, meramente sentimentais- dos adultos. Uma vida sem fé natalícia é sinónimo de divórcios, problemas de expressão, sexo sem amor e diversas relações insignificantes com amantes.)



A Walk (1990). Jonas Mekas

Filme: 5/5 (Já escrevi sobre o mesmo em locais muito mais respeitáveis.)





1.George Costanza como Jacob Marley. 2.Jane Krakowski: nunca tínhamos assistido a uma personificação tão sexy do Fantasma do Natal Passado. 3. & 4.Jennifer Love Hewitt, so beautiful. A Christmas Carol (2004). Arthur Allan Seidelman

Filme: 0/5 (Para quem já aguentou dois Garfields apenas e só pela presença da Jennifer, a perspetiva de visionar hora e meia de um A Christmas Carol musical com ela não parecia, à priori, matéria mais insuportável do que imaginar um dueto entre o Tiago Bettencourt e a Bárbara Tinoco. Puro engano. Nem o sorriso nem o decote da Jenni conseguiram atenuar o nosso terror, durante uns heroicos cinquenta minutos, perante uma versão Preço Certo- gritaria e alegria descabelada até nos momentos mais angustiantes- do conto do Dickens. Uma versão melancólica/comovente com chaves de fendas teria sido munto mais fiel às memórias escritas de Charles.)














1.O artesão vitrinista deve possuir um sentido estético bem vincado, uma noção de equilíbrio composicional muito presente, e uma rigorosa minúcia de atenção aos detalhes. Ou seja, deve ser um cineasta de uma montra. 2.Edmund Gwenn é o Pai Natal. 3.Icónico momento de consagração festivaleira/capitalista nos EUA. 4.Ainda nos lembramos, enxugando os olhos, daquelas festas populares de Verão, em que no Domingo, na sagrada procissão da tarde, o nosso olhar estava alheado de santos, santinhas, foguetes e palavras do padre para estar apenas concentrado/embasbacado nas lindas perninhas das majoretes. You're living in the past, man! 5.Ruas e edifícios. 6.Natalie Wood (💓*500000000000000). 7.O Pai Natal existe. Perguntem a um acionista de um banco. Ele confirmará que sim. 8.John Payne partilha atividades domésticas com Maureen O'Hara. Não recomendamos este domado comportamento ao homem, a não ser que faça parte de uma estratégia para se obter dividendos carnais. E, mesmo sendo esse o caso, deverá ser usado muito esparsamente. 9.Natalie, so pretty. 10.William Frawley, como "aquele homem que só existia no interior de um filme de Hollywood dos anos quarenta e que mal saía da magia da tela desintegrava-se em pó.". 11.Natalie & Maureen: o mesmo planeta que conseguiu gerar um momento destes é o mesmo planeta que conseguiu criar um Netanyahu. 12.Mais prendas pedidas na nossa carta de 2023 ao Pai Natal: a eliminação permanente do Bernardo Pires de Lima como comentador político televisivo e brincar ao escorrega com a Blake Lively. 13.Tenha fé, seu ateu natalício: se acreditar no Santa, mais tarde ou mais cedo as recompensas de todos os tipos e feitios irão cair em abundância no seu sapatinho. Miracle on 34th Street (1947). George Seaton

Filme: 3/5


Natal que seja Natal é um infindável desfile de cores e das suas relações. Não há nenhum motivo, então, para não incluir vários filmes do Brakhage como peças essenciais no grande banquete artístico natalício. Eye Myth (1967). Stan Brakhage

Filme: 5/5


Mariana Rey Monteiro & Lourdes Norberto. Histórias Simples da Gente Cá do Meu Bairro: Noite de Natal (1965). 

Filme: 3/5 (Décimo-nono e último episódio de uma série de piquenos contos alfacinhas apresentados- e atuados- por Varela Silva. É um episódio- e uma série- que, a ser visto por gente com idade superior a setenta anos, dará origem a que escrevam belas e romanceadas frases no you tube. Tais como: "como eram mais simples e puros aqueles tempos"; "havia ordem e as pessoas vestiam-se melhor"; "atores e atrizes com classe, não os azeiteiros e as lambisgóias de agora"; "nem mendigos se viam na rua"; "refeições modestas, calor humano, solidariedade: era assim o mundo até 24 de Abril de 1974"; "a Lourdes Norberto era mesmo gira"; "nos últimos dias de escola antes das férias do Natal, eu chegava a casa e já tinha a mamã e a minha irmãzinha a decorarem a árvore. E eu juntava-me, e a governanta abastecia-nos de chá e bolinhos. Aquilo é que eram tempos!"; "já nem há tabernas como as de antigamente!"; "os senhores usavam calças e as senhoras saia ou vestidos. E agora? Nem sabemos quem são as senhoras nem quem são os senhores!"; "o Benfica até ia a finais da Taça dos Campeões..."; "a Lourdes Norberto tinha mesmo uma carinha laroca.".) 


Ruy de Carvalho, na adaptação televisiva do conto Natal, de Miguel Torga. Sei que em 1996 a RTP fazia serviço público, pelo menos no canal 2. Não sei como será agora, já que à exceção da enorme atenção que dedicamos ao serviço público que é aquele de mostrar o sorriso da Sónia Araújo todas as manhãs dos dias úteis semanais, não estamos a par da programação dos canais do estado. Natal (1996). Cecília Netto

Filme: 3/5













"Where do these people come from? Where do they go when the sun goes down? Isn't there a law or something?". Rex Reed, 1974, na "crítica" a Female Trouble. Uma daquelas ocasiões em que a aversão a um filme se torna na sua melhor publicidade e, até, na mais assertiva captação do seu intrínseco âmago religioso. Female Trouble (1974). John Waters

Filme: 4/5






















Neste texto, há uma omissão gravíssima. Assim, na parte "mulherio atraente: sim (nomeadamente e mormente Macha Méril")", deverá acrescentar-se "Daria Nicolodi". Profondo Rosso (1975). Dario Argento

Filme: 5/5














Um calendário do Advento como máquina de terror. Conceito merecedor de atenção, que progressivamente se perderá nos gordos enchidos da previsibilidade. Mas...a sua palpável selvajaria áudio & visual inserida no grande caldeirão do cinema extremo franco-belga mantem sempre o nosso interessa acima dos 67%. Isso e os doces que diariamente saem de cada janela. Se quer conhecer o verdadeiro terror, compre um Advento de marca branca em detrimento de um de marcas munto mais ilustres e confiáveis. Le calendrier (2021). Patrick Ridremont

Filme: 3/5










1.Mais humildes pedidos ao Santa da nossa parte: que o azeite baixe consideravelmente de preço e que possamos brincar à apanhada com a Emily Ratajkowski. 2.Marca criada especificamente para o filme. 3.Marca criada especificamente para o filme #2. 4.Mel Gibson é o Pai Natal. 5.Produto com selo de qualidade. 6.A Humanidade, dizem-nos, acabará antes do final do século. Esperemos que, até esses últimos suspiros de vida, a comida oferecida ao Santa se mantenha inalterável nos seus costumes. 7.Maior alegria do que acordar na manhã de 25 de Dezembro e ver a árvore iluminada e recheada de presentes coloridos, só acordar na manhã de 25 de Dezembro e, antes de ir ver a árvore iluminada e recheada de presentes coloridos, ter a sua esposa a fazer-lhe sexo oral enquanto você consulta- de charuto na boca- os seus enormes ganhos na bolsa numa qualquer aplicação de telemóvel. 8.Carvão: é o que merecem todos os meninos e meninas que achincalham o maravilhoso espírito natalício. 9.Não nos revemos em tais blasfémias pré-cristãs. Fatman (2020). Eshom Nelms & Ian Nelms

Filme: 2/5 (O Mel Gibson é o Pai Natal e o Walton Goggins é um hitman que o quer assassinar. Dessa frase, as palavras "Mel Gibson" e "Walton Goggins" são aquelas que nos fizeram aguentar esta tarantinada repleta de abusos à honra dos belos símbolos natalícios.)



1.Lembra-me aquela frase do José Fonseca e Costa, e que era mais ou menos assim: "Nos anos 60, no nosso grupinho, havia uns quantos que andavam de sobretudo, óculos, cachecol e a fumarem, a verem qual deles imitava melhor o Godard". 2.Jean-Pierre Léaud. Le père Noel a les yeux bleus (1966). Jean Eustache

Filme: 4/5



















Debaixo da espuma "intelectual" e do fingimento poser pseudo-político ("não sou marxista, sou a favor de um socialismo sustentado", só rir), todos e todas querem o mesmo, o que pode ou não incluir rabanadas e champanhe Ruinart Brut. Metropolitan (1990). Whit Stillman

Filme: 4/5




1.Donna Marie Sludds. 2.Morfydd Park. 3.Anna Murphy. The Man Who Invented Christmas (2017). Bharat Nalluri

Filme: 2/5 (Lembro-me de não ter desgostado.)













1.Zoey Deutch, so beautiful. 2.Obra de arte #1: esquilo gordo. 3.Obra de arte #2: alces em trabalho de equipa. 4.Prodígio de simetria. 5.O Império Inca submetia outros povos a uma repressão permanente de impostos e coerção guerreira. Felizmente, os espanhóis vieram da civilização europeia para acudir estes pobres povos martirizados e acabar pela raiz com este império maldoso. E também se sugere o regresso em massa daqueles calções justinhos da Adidas dos anos 80. Temos as nossas razões. 6.Obra de arte #3: alce morto imerso na sua própria urina. 7.Obra de arte #4: Zoey Deutch. 8.Qualquer lixo de comida high-tech. 9.Obra de arte #5: incitamento ao primitivo ritual de acasalamento. 10.Sanitas japonesas. 11.Bryan Cranston delicia-se com o poderoso jato de água de uma sanita japonesa. 12.Bryan Cranston & James Franco: perguntas para a eternidade. Why Him? (2016). John Hamburg

Filme: 2/5 (Os três minutos e quarenta e oito segundos de genuína e porca comédia pré-#MeToo (cortesia de Bryan Cranston) compensam os restantes noventa e oito minutos de espetáculo na melhor das hipóteses tolerável e na pior sensaborão.)










1.Arte pasteleira, uma das mais prestigiadas do mundo. 2.Reese Witherspoon. 3.Mary Steenburgen is a MILFHAF (Mother I Like to Fuck Hot As Fuck). 4.Uma menina e uma militante dos Verdes. 5.True Bella Pinci, com um teste de gravidez na boca. É bom saber que os produtores amaricanos fazem os possíveis para doutrinar as jovens criancinhas na sagrada arte da maternidade. 6.Hummmm. 7.Kristin Chenoweth & Reese Whiterspoon: desmentimos categoricamente o rumor de que a Kristin é apenas uma boneca muito atraente movida a AI. Mais respeito, seus cavernícolas. 8.Reese, so beautiful. 9. Chama-se "a religiosidade de ser mamã". Four Christmases (2008). Seth Gordon

Filme: 1/5 (Os quarenta e quatro segundos de genuína e porca comédia pré-#MeToo (cortesia de um daqueles momentos em que Vince Vaughn prova que merece ter nascido) não compensam mais uma previsível comédia "politicamente incorrecta" e destrambelhada mas de coração conservador. Os Farrelly iniciaram e acabaram com este sub-género entre 1994 e 2003. E, convenhamos, fazer "comédia" com uma cabeça de um bebé a embater brutamente contra uma porta...nem o Charles Manson ou um militante do Hamas apoiariam tal cousa.)

















A minha adaptação- para curta-metragem- do conto do Charles Dickens: Scrooge chega a casa, despe-se, veste o roupão e calça os chinelos, enfia o barrete na cabeça, aquece uma sopa na lareira, senta-se num cadeirão junto à lareira a comer a sopa, vai para a cama, e adormece. FIM. A Christmas Carol (1951). Brian Desmond Hurst

Filme: 4/5

SECÇÃO CULTURA, CONHECIMENTO, EROTICA, PERVERSÕES & DIVERSÕES

CLIPES MUSICALES


Eartha Kitt. Santa Baby (1953).

Filme: 5/5 (Eartha é uma menina que se portou muito bem durante o ano inteiro. Nem sequer beijou outros meninos. Assim, não há justificação para o Santa não lhe satisfazer todas as prendas incluídas na carta, e que incluem modestos duplexs, carros "light blue" e anéis. Mas se o coração do Pai Natal ainda duvida da sinceridade da bela menina, Eartha irá seduzi-lo e fazer-lhe olhinhos, o que provocará em Nicolau o desejo de lhe oferecer outras cousas além de embrulhos coloridos.)

SÉRES


Jerry Seinfeld (Superman) & Renee Props (Lois Lane). Seinfeld: Season 06, Episode 10- The Race (1994). Andy Ackerman

REFLEXÕES PROFUNDAS SOBRE ASSUNTOS DA VIDA PÚBLICA





Sanja Matice. A Mãe do Menino, seja qual for o ângulo por onde seja percecionada, mantem intocável a sua aura de imponente e mística pureza espiritual e física. Dois mil e vinte e três anos depois, as suas glórias e magnitudes continuam a ser homenageadas por todas as Mães deste mundo. Foi por ela, também, que se realizaram as abençoadas cruzadas. 


Natal de 1988.

COMIDAS DO MUNDO


Portugal. Filhoses com Calda de Mel e Sementes de Sésamo.

GRANDE DICIONÁRIO DA CULTURA POPULAR


Carol of the Bells é uma popular canção de natal escrita por Peter J. Wilhousky, baseada em Shchedryk, canção ucraniana da autoria de Mykola Leontovych e fabricada em 1919.


Elf é um crime cinematográfico perpetrado em 2003 pela dupla Jon Favreau/Will Ferrell.


Bright Eyes é um filme norte-americano de 1934. Homem atrás da câmara a dar ordens e a receber dinheiros por isso: David Butler. Estrela: Shirley Temple.


Também em 1934 foi escrita a imortal canção natalícia Santa Claus Is Comin' to Town. Na lírica, J. Fred Coots e Haven Gillespie, e na oralidade, Harry Reser and His Band. Ao longo dos anos teria várias adaptações por outros cantores e também pelo Michael Bublé.

DEUS EXISTE- TEMOS PROVAS!



É EVIDENTE QUE LUTAREMOS ETERNAMENTE POR UM MUNDO MAIS INCLUSIVO


Capri Cavanni & Destiny Dixon. Paz e Concórdia para todos e todas.

BELEZAS NATURAIS DO PLANETA TERRA


Sophie Dee


Yui Koike

AGORA QUE O MAX HARDCORE FALECEU, RELEMBREMOS A SUA ARTE


Catalina & Jessica. Nas oficinas de Max era sempre Natal. Um permanente estado de dádiva e recebimento. E Max raramente partilhava o seu amor com apenas uma menina. O que lhe dava uma muito maior alegria era distribuir os seus afetos por duas ou mais meninas em simultâneo. Max pode ter ido para o reino dos céus, mas o seu caloroso espirito natalício permanece bem firme nos alicerces da realidade.

TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA LEXI BELLE




TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA CARA DELEVINGNE




TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E SAGRADO A TODAS AS RELIGIÕES, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA ALANA KERN




FOTOS VISTAS POR AÍ


JOSÉ VILHENA CARTOONS


E PARA TERMINAR...


A Natividade Mística, de Sandro Botticelli

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