1.Data da decisiva jornada de luta entre os nobres cruzados teutónicos e os ímpios habitantes de Novgorod liderados por Alex Nevksy. Aconteceu no literalmente gelado Lago Peipus. 2.Valentina Ivashova, so beautiful. 3.Indecorosa provocação de Eisenstein ao derrotado povo germânico. 4.Antes da tempestade, a bonança. 5.Multidões em expectante ansiedade antes do início da batalha. Acrescentamos que, se fôssemos nós com liberdade total para fazer o que bem desejássemos, a batalha propriamente dita- que é a parte mais convencional do filme- jamais teria sido filmada, estendendo antes por mais alguns consideráveis minutos toda a carga de impaciente e angustiante verve guerreira demonstrada pelos soldados russos. 6.Das duas uma: ou as mulheres lutaram mesmo na Batalha No Gelo, ou então foi uma concessão de época á nova preponderância feminina na sociedade laboral russa bolchevique. Matéria a estudar. 7.Sagrado Sacro Império Romano-Germânico: ajoelhamo-nos e cruzamos as mãos perante toda a vossa ocidental sabedoria. 8.Imensos muros de gente, mundos a perder de vista, céus de longínqua beleza: Eisenstein a ver Fords e Hawkss em dvds, aos sábados de manhã. 9.Exército Naz...teutónico e seus capacetes que lhes davam uma preciosa vantagem técnica. 10.Vladimir Lenine como Alex Nevksy. Não é nada. É o genial, incrível, soberbo- acrescentar mais quarenta e seis adjetivos superlativos- Nikolay Cherkasov. 11."Não somos nada.". 12.Uma precipitação russa, o ter diabolizado os alemães na altura da rodagem e estreia do filme. Afinal, menos de um ano depois seria assinado o benigno e esperançoso acordo Molotov-Ribbentrop, terminando, de vez, com quaisquer veleidades e hipóteses de pancadaria entre os dois lados. Aleksandr Nevskiy (1938). Sergei Eisenstein & Dmitriy Vasilev
Filme: 5/5 (Criterion # 86.87. Da coleção "Os filmes sonoros do Eisenstein são qualitativamente superiores aos seus filmes mudos, com a constatação suplementar de que os filmes televisivos do Rossellini suplantam esteticamente os seus filmes do cinema. E o Prokofiev recebia ensinamentos divinos para as suas composições.".)
1.Um corpo que jaz, algures. 2.Brick tem as roupas e os costumes arquitetónicos de 2004, os códigos e clichés do Noir dos anos 40, e a tecnologia de 1986: só assim se pode explicar que ninguém use telemóvel e a comunicação se faça através das ancestrais formas de bilhetes nos cacifos escolares e boca-a-boca. 3.Suspeitamos que um dia o México vá invadir a Califórnia. 4.Naturezas mortas numa antiquíssima arte chamada "composição". 5.Nora Zehetner, como a bela "femme fatale". 6.Meagan Good, como a "oportunista ajudante do submundo". 7.Farinha. 8.Nora Zehetner. Todo o cuidado é pouco com as Noras deste mundo, pois a sua aparente gentileza é uma mera fachada tática para conseguir desvirtuar o natural e supremo poder masculino. Não caiam na esparrela dos seus doces olhares, irmãos. 9.É o chamado "plano do caralho". Brick (2005). Rian Johnson
Filme: 2/5 (100 melhores Film Noirs de todos os tempos para a Paste Magazine. Número 69. Bugsy Malone, versão Noir.)
1.Imaginativos e lúdicos créditos iniciais. 2.Cousas que tiram o sono a qualquer patrão. 3.Jean Arthur. Se um homem tem um retrato de uma mulher na sua casa, isso significa uma de duas coisas: ou vive acompanhado pela entediante esposa e esta é narcisista ao ponto de ter espalhadas pelas divisões várias das suas fotografias, ou então, vive sozinho, e nesse caso está perdidamente enamorado de uma donzela. 4.E o tempo passa #1. 5.E o tempo passa #2. 6.Edward G. Robinson, um dos maiores da história. A forma como neste filme consegue, com toda a natural mestria, conciliar a sua personagem de homem reservado e tímido- a antecipar numa década The Woman in The Window- com a sua já bem estabelecida persona de confiante e violento rufia, é um tratado de interpretação. 7.Jean Arthur: é um filme de Ford, sim senhor. 8.Irrisão total. Os modos e jeitos do Gangster Film e dos seus "heróis" a serem ridicularizados por dentro. 9.Quando o glamour feminino cinematográfico não era só tolerado como incentivado. E ainda longe de ser crime social. 10.A History of Violence. 11.J. Farrell Macdonald, um ilustre companheiro de estrada fordiano desde os primórdios do mestre. The Whole Town's Talking (1935). John Ford
Filme: 5/5 (Tentativa de fazer uma integral John Ford, por ordem cronológica, e tendo como fonte a Wikipedia.)
1.Almudena González. 2.Gina Mastronicola. 3.Alejanda Flechner. Argentina, 1985 (2022). Santiago Mitre
Filme: 1/5 (Filme muito importante e muito didático, que nos explica que o período ditatorial argentino entre 1976-1983 foi muito mau e que destruiu várias famílias. O cinema não se pode esgotar em solipsismos estéticos; como nos disseram críticos como Henri Agel ou Ernesto de Sousa, a vertente social e "humana" terá sempre de preceder esses toques de simples masturbação artística. Viva o CINEMA! E, de dedo em riste, avisamos já o novo Presidente Javier Milei para que tenha juízo, e é se não quer, daqui a quarenta anos, ter filmes pedagógicos e pertinentes sobre a sua petulante governação.)
Um segredo: se você conseguir animar esses quinze frames, por ordem aleatória, ainda assim obterá como resultado um melhor filme do que 91,8% (embora alguns especialistas até se atrevam a viajar aos 96,2%) do cinema norte-americano estreado após 9 de Maio de 1958. Vertigo (1958). Alfred Hitchcock
Filme: 5/5
1.Comida canina empastada numa tigela: comovente homenagem a um dos maiores vultos da história da humanidade. 2.Claudia Wells, so beautiful. Por motivos de doença da sua mãe, seria substituída pela Elisabeth Shue nas duas sequelas e abandonaria a carreira de atriz durante duas décadas. Em 1991, empreendeu- até hoje- um negócio de marca própria de roupa. Nunca chegou a beijar Marty McFly e ainda por cima teve um bilhete de castigo passado pelo diretor escolar Strickland. 3.Back to the Future é um daqueles raros filmes em que o product placement se imiscui harmoniosamente na narrativa. 4.Criatividade doceira. 5.A febre sci-fi alienígena na cultura popular dos 50's norte-americanos. 6.Excelente filme, que vimos já bem depois das primeiras dez revisões do filme do Zemeckis, e sem que nos lembrássemos de aí ter visto a sua menção. 7.Lea Thompson, so beautiful, e que uma década mais tarde traria ao mundo uma menina também muito bela. 8.Um relógio municipal como fio condutor da história de uma terra ao longo de cento e trinta anos. 9.Michael J. Fox tenta instruir Crispin Glover, seu pai, na melhor das artes de seduzir a sua mãe, Lea Thompson. E é se quer nascer. 10.A febre sci-fi interplanetária na cultura popular dos 50's norte-americanos. 11.Por detrás da sua leveza e caráter de "filme para toda a família", Back to the Future tem como uma das suas principais tramas uma alusão incestuosa entre uma mãe e um filho. Em plenos anos Reagan. Cinema republicano em todo o seu perverso aparato. 12.O cinema porno a substituir o digno classicismo do western: a degradação capitalista de uma aldeia. 13.Crispin Glover (três anos mais novo do que) e Lea Thompson (dez dias mais velha do que) como os pais de Michael J. Fox. Back to the Future (1985). Robert Zemeckis
Filme: 5/5 (Filme que já se vê num eterno fluxo de afetuosa passividade. Rejeitamos, perentoriamente, qualquer investida crítica e ativa na sua análise. Dormitamos mentalmente perante as suas imagens e sons.)
Filme: 5/5 (Reciclar e voltar a dar. As mesmas situações, as mesmas falas e os mesmos motivos visuais travestidos de nova roupagem. "Tell me about dejá vu", diz a certa altura Marty McFly. A trilogia a funcionar em circuito fechado, citando-se até a um nível de exaustão narrativa. Quem adorará...adorará.)
Nos anos 80 e início dos anos 90, um filme estreado comercialmente demorava, em média, seis meses até chegar ao circuito de aluguer de vídeo (e uns dois anos até estar disponível para compra). Isto no melhor dos casos, pois outros demoravam anos, como o E.T., que só em 1988 ou 1989, sete anos depois da sua estreia, é que ficou pronto para estar nos escaparates das lojas. Eram meses de angústia e ansiedade à espera daquele (s) filme (s) que se queria (m) ver depois de falhada a visão na sala da magia da tela, até porque a sua exibição na televisão só acontecia, no mínimo, mais uns dois anos depois da estreia em VHS. Uma caminhada em passo de caracol. E não é tudo; depois de chegar á loja, um ser humano teria de ter a sorte da cassete estar disponível para alugar, já que certos filmes- os blockbusters, está claro- tinham tanta demanda, que era bastante provável que um filho da punheta já tivesse alugado o filme mal a loja tivesse aberto as portas. Ora, Back to the Future Part III foi um desses filmes que nos deu cabo do juízo e da paciência. Estreou em Portugal em Agosto de 1990, e depois de estar pronto para o aluguer no início de 1991, levou-nos uns...sete ou oito meses, até ao fim desse ano, para finalmente conseguirmos gastar a mesada escolar diária para o levar para casa (200 escudos, se bem nos alembramos). Desenganemo-nos, no entanto, se tal significou o fim do calvário. Colocada a cassete no aparelho, ao fim de uns minutos verificou-se que o produto estava danificado, fruto, sem dúvida, das oitocentas e setenta e cinco visões anteriores. Rebobinar a cassete, voltar a levá-la para a loja, explicar o caso, a empregada com cara de má a colocar a cassete no aparelho, para comprovar que não estávamos a mentir, dinheiro devolvido com munta má vontade, e garantia de que se iria reparar o vhs. Recomeço do processo. Espera, e mais espera. Já ia 1992 bem entrado quando finalmente o vimos. Tal tinha sido o martírio pela expetativa desse momento, que, chegado a ele, não podemos de sentir uma certa deceção pelo mesmo. Ainda por cima com a apresentação de uma verve enamorada no Doc Brown, cousa tão falsa como a relação do Desplechin com uma câmara. Mas passados estes anos todos, já imbuídos de uma serenidade e ponderação espiritual que só vem com a idade, o bom-senso faz-nos escrever que, embora prazerosamente inferior aos dois primeiros, é um filme superior a qualquer prato de ostras. A loja, como todas as outras, desapareceu de circulação e neste momento deverá ser algum stand de automóveis ou loja de produtos para impressoras. Back to the Future Part III (1990). Robert Zemeckis
Filme: 3/5
Geometria simultaneamente metódica e livre do delírio cromático. Kaleidoscope (1935). Len Lye
Filme: 5/5
1.A metamorfose arbórea da personagem do Michael J. Anderson. 2.Ray Wise. 3.Sandy Williams & Jeffrey Beaumont, trinta anos depois. 4.Um restaurante que irá demonstrar as infinitas utilidades do óleo de fritar batatas. 5.Dale Cooper? Dale Cooper #2? Richard? 6.Francesca Eastwood. We go fast. 7.Naturezas mortas numa antiquíssima arte chamada "composição". 8.A escassos segundos do mais famoso grito da história do mundo depois do quadro do Edvard Munch. 9.O mundo não acaba com uma explosão, mas com um sussurro. Twin Peaks: The Return- Part 18 (2017). David Lynch
Filme: 5/5
CLIPES MUSICALES
Kelis (💓). Milkshake (2004). Jake Nava
Filme: 5/5 (Objetivos de vida ainda por concretizar: visitar o Cabo Horn, fazer a travessia de mar num bote entre a Coreia do Norte e o Japão, provar comida paraguaia, andar á pancada com um programador de festival cinematográfico, e provar o milkshake da Kelis.)
Lauren Cohan. The Walking Dead: Season 11, Episode 09 (2022). Jon Amiel
REFLEXÕES PROFUNDAS SOBRE ASSUNTOS DA VIDA PÚBLICA
Uma das nossas diversões noturnas favoritas do ano que está a chegar ao fim: ver debates no parlamento espanhol. Mais especificamente, entre deputados do VOX e membros do governo socialista/"comunista". Ainda mais particularmente: entre as deputadas "fascistas" do partido de Abascal e a bela Irene Montero, Ministra da Igualdade. Catfights verbais muito mais agressivas e ferozes do que se elas, na imaginação doentia do perverso leitor, tivessem vestido bikinis transparentes e lutassem numa piscina de lama. Infelizmente, a Irene não está no novo governo frankenstein espanhol, tendo sido substituída por Ana Redondo, que ao que parece não terá a verve radical feminista da esposa do Pablo Iglesias. Sendo assim, lá teremos de voltar ao mais vulgar porno do leste europeu.
Grace Jones. Nightclubbing. 1981. Memorabilia pertencente à coleção "Melhores Capas de Álbuns Musicais Desde O Congresso De Viena de 1815.".
GRANDE DICIONÁRIO DA CULTURA POPULAR
The Thing, de John Carpenter. Numa recente entrevista com Stephen Colbert, Carpenter afirmou que gostaria de passar cinco minutos, num quarto fechado, com os críticos que na altura atacaram o filme. "Então eu seria feliz", acrescentou.
O escritor português Júlio Dantas criou, em 1929, o livro Eterno Feminino. Pode-se comprar a 1ºedição, no OLX, por seis euros.
La grande bellezza, filme italiano de 2013. Realizador/apreciador de serviço: Paolo Sorrentino.
Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space é um dos álbuns seminais da década de 90. As lojas receberam carregamentos de cd's em celofane a 16 de Junho de 1997. Ah, os fabricantes do produto foram a banda inglesa Spiritualized.
BELEZAS NATURAIS DO PLANETA TERRA
Max e três artistas femininas do prazer que muito admiramos: Kelly Wells (à esquerda), Betty Page (ao meio), e Layla Rivera (à direita). Mais um belo paradigma da expressão "por detrás, ao lado, por cima, e em baixo de um grande Homem com h grande, estão sempre três mulheres muito atraentes.".
TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E E SAGRADO PARA QUALQUER RELIGIÃO, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA EMMANUELLE BÉART
TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E E SAGRADO PARA QUALQUER RELIGIÃO, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA JANELLE MONAÉ
TEMPLO DE ORAÇÕES (ABERTO E E SAGRADO PARA QUALQUER RELIGIÃO, 24 HORAS POR DIA) À DEUSA TINASHE
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