1.Pascale Kalensky: a profanidade de Praga. 2.Senhoras libidinosas pré-tanques. 3.Lena Olin reflecte a sua licenciosidade. 4.Daniel Day-Lewis seduz mais uma diligente funcionária pública. 5."Estamos aqui para vos proteger.". 6.Juliette Binoche: toujours belle. 7.Lena Olin e uma fiel amiga. 8.Day-Lewis e um minimalismo gastronómico. 9.Senhora burguesa checoslovaca expia os seus pecados exibindo as suas mui belas formas femininas. The Unbearable Lightness of Being (1988). Philip Kaufman
Filme: 3/5 (Criterion #55. O menino, esvoaçando pelas divisões da casa, aterra no sofá da sala. Inquiridor, pergunta ao papá que vegetava olhando para o tecto: Papá, o que achas dos meninos e das meninas de Praga em 1968? O papá, como que ligado pela corrente, atira: Um conjunto de bandalhos e bandalhas contra-revolucionários, patrocinados pelas democracias ocidentais burguesas! O menino, mau e insidioso: Mas papá, a mamã diz que eles lutavam pela liberdade e por uma maior humanidade nas relações entre as pessoas! O papá não se fica: Sabes que amo muito a tua mamã, mas ela não passa de uma vaca reacionária. O menino, insolente e provocador: Tem graça papá, a mamã diz que também te ama muito, mas acha que tu és um filho da punheta de um comuna anti-democrático. O papá, olhando novamente para o tecto: É assim meu filho. Num relacionamento pode e deve haver o máximo de opiniões diversas sobre os mais remotos temas, incluindo os ideológicos. Desde que o amor prevaleça, tudo está bem quando acaba bem. A puta fascista. E o menino voltou a esvoaçar para de onde tinha vindo.)
1.Anjelica Huston. 2.Annette Bening. The Grifters (1990). Stephen Frears
Filme: 4/5 (100 melhores Film Noirs de todos os tempos para a Paste Magazine. Número 94.)
1.As personagens principais. 2.Outros seres vivos que entram no filme. 3.Gertrude Astor. 4.Winston Miller: em pré-depressão, até se podia divagar defronte de abundante e apetitosa comida. 5.The Law. 6.Sweet daddy's love: Henry B. Walthall & a cutie Peaches Jackson. 7.Naturezas mortas numa antiquíssima arte chamada "composição". Kentucky Pride (1925). John Ford
Filme: 4/5 (Tentativa de fazer uma integral John Ford, por ordem cronológica, e tendo como fonte a Wikipedia. Ford Sessão da Tarde. Plano Nacional de Cinema. Introdução às crianças do cinema mudo em geral e do mundo fordiano em particular.)
1.Aubrey Plaza. 2.Gina Gershon. Emily the Criminal (2022). John Patton Ford
Filme: 3/5
1.Alison Brie de perfil. 2.Aubrey Plaza. 3.Alison Brie frontal. 4.Debby Ryan. Spin Me Round (2022). Jeff Baena
Filme: 1/5 (A Alison Brie e a Aubrey Plaza, em vestidos topo de gama, a saírem sozinhas para a cálida noite veraneante de Florença. A pararem num tasco, onde provam e deliciam-se com gastronomia caseira italiana. Terminam o serão já de madrugada, lambuzando os lábios uma na outra. Depois há mais noventa minutos de filme.)
1.Alicia Vikander. 2.Iguarias mediterrânicas, secção Grécia. 3.Vicky Krieps. 4.John David Washington: lost in translation. Beckett (2021). Ferdinando Cito Filomarino
Filme: 3/5 (Um thriller "político" pró-Syriza, cujos méritos derivam do facto de ver um norte-americano deslocado e perdido nas ruralidades e arquitecturas históricas gregas, e onde o simples e generoso povo o quer ajudar e as nocivas "forças da órde" o querem encher de chumbo.)
1.Madeline Brewer. 2.The Show Must Go On (em roupa interior). Cam (2018). Daniel Goldhaber
Filme: 1/5 (Incongruente fantasia caucionária sobre os "perigos da fama" a qualquer preço na sociedade online (mormente e nomeada, secção chats sexuais). Vale só pela entrega e sentido de exposição física da Madeline e pela estética de telefilme baratucho.)
1.Carol Ohmart. 2.Mamie Van Doren. Born Reckless (1958). Howard W. Koch
Filme: 2/5 (Nem o pó, nem a ventania e nem a fragrância a bosta de boi conseguem importunar ou manchar a perfeição da platinada cabeleira da Mamie Van Doren.)
1.Lilith Julie Johna, Leonore Von Berg, Laila Padotzke, Hedda Erlebach. 2.Laila Padotzke, Hedda Erlebach, Lilith Julie Johna & Leonore Von Berg. Sprite Sisters - Vier zauberhafte Schwestern (2020). Sven Unterwaldt Jr.
Filme: 2/5 (No original, em alemão. Aguenta-se muito bem, esta cândida, asseadinha e nada pretensiosa incursão em mundos fantasiosos à la Harry Potter, Gonnies, Narnias e companhia. Isto, claro, se a visionar já empanturrado de cerveja e bagaço, e ao lado da filha ou da sobrinha em idade pré-adolescente, para a ver a injuriar as vilãs e a bater palmas ás heroínas. É bonito, e não será por nós que ela conhecerá qualquer filme dos Safdie ou do Dumont.)
Judy Garland. The Wizard of Oz (1939). Victor Fleming, George Cukor & Mervyn Le Roy
Filme: 2/5 (O rosto da Judy Garland, sobretudo os olhos, dos mais belos que o mundo já viu desde as auroras na África Austral; a súbita e espantosa explosão de cor na transposição do "mundo real" para o "mundo encantado", capaz até de encadear a vista; o fetichismo brilhante e colorido dos Ruby Slipers. Pronto. Tudo o resto nunca nos disse nem pequenas nem grandes cousas. Mas com certeza que chegado o momento de tomarmos conta da programação cinematográfica da RTP2, este será um dos filmes obrigatoriamente a exibir no dia 24 ou 25 de Dezembro. Com pantufas nos pés.)
Layla Rivera, Max Hardcore (R.I.P.) & Kelly Wells: dias felizes. O Max Hardcore faleceu. E com ele falece também, e de vez, o porno artesanal mais violento, mais sem limites (mentira, havia um: a actriz não podia morrer durante a rodagem), mais virulentamente objectificador e fantasista jamais feito em terras norte-americanas (os pornos japonês, italiano e alemão estão noutro patamar, bem próximo das labaredas do Inferno.). Agora existem ridículos sucedâneos e aprendizes de feiticeiro (a nadarem em tatuagens e silicone). O Max. O homem que, segundo uma das actrizes que foi subjugada a vários martírios num filme seu, "ele não tem apenas sexo com as mulheres. Ele quer autopsiá-las.". E que revolucionou as matrizes da pornografia, como quando afirmou "no porno europeu aquilo é tudo compartimentado: uns fodem, outros mijam. Comigo não. Eu faço tudo: mijo e fodo.". O homem que esteve encarcerado durante dois anos apenas e só pela intransigência em defender a sua arte. O pesadelo número 1 ,2, 3, 4, 76, 827 e 4569 das Marianas Mortáguas (de quem gostamos, cuidado). O Max foi-se. O mundo ficou mais pobre. Pelo menos o do porno. Aquele sofá amarelo onde ele rebentava com tudo o que mexia vai ser leiloado?
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