...atingiu as alturas do céu estelar aqui, em Francesco, giullare di Dio. Uma coisa é fazer filmes "realistas" sobre arquitecturas e problemáticas contemporâneas, sem a distância temporal perante as mesmas e com as cauções sociológicas/culturais que também elas transmitem. Outra é dessacralizar e, ao mesmo tempo, dignificar a vida de um Santo e de seus ajudantes, com séculos de história em cima a dificultarem, na maior parte das vezes, uma visão "límpida" e desprovida de pomposidades destas matérias. Lá vemos o Francisco na lama, dando lição valiosa a um dos seus comparsas, por entre sorrisos. Hoje há fome? Ginapro faz-nos a comida, com velho Giovanni como cozinheiro ajudante. Chuva, flores, pedras, roupas esfarrapadas, sem música: o mundo é assim, prático. Mesmo há 800 anos.