Antes de Badlands ou Natural Born Killers, houve The Sadist- cujo título logo nos encanta com mil promessas de coisas lindas-, a primeira obra cinematográfica sobre a dupla de assassinos Charles Starkwater e sua pita fodível, Caril Ann Gate, que nos finais de cinquentas andava a estourar corpos pelo Nebraska, etc. Como o Natural Born Killers é um filme de uma pessoa temporariamente possuída por qualquer atrofia mental, escreve-se, então, que se prefere a pobre e suja aspereza do filme de James Landis ao romantismo ecoreligioso de Malick, embora gostemos de Badlands e acrescentamos que um segundo de Badlands é mais valioso que toda a porcaria à lá músicas dos Enigma dos anos noventa que o eremita anda a fazer de há tempos a esta parte. The Sadist é uma Série B com bastante sofisticação; apesar de ter custado dois contos e quinhentos, os movimentos de câmara rijamente calculados, o uso de grandes angulares e a fotografia "a torrar ao sol" de um "amador" Vilmos Zsigmond cagam de alto para tais constrangimentos. Em tempo real e praticamente centrado num único espaço, os ossos vão tornando-se cada vez mais tensos com o que vemos em espaço tão concentracionário, desejosos que estamos de ver o nosso casal limpar tudo à frente. Há momentos comoventes, como quando o nosso herói aponta uma pistola a uma das meninas-vítimas e a obriga a afirmar palavras que não são verdade, enquanto lhe puxa a blusa para baixo. Mais interessante será verificar que estes dois eram...primos na "vida real". Cinema sempre.