segunda-feira, 5 de junho de 2023

Frames (33).







1.Não, não é um opening credits da autoria do Saul Bass. 2.A primeira charada. 3.Walter Matthau & Audrey Hepburn. 4.Audrey Hepburn. 5.Cary GrantAudrey e o encantado mundo mágico da geladaria. 6.Cary Grant no duche. Charade (1963). Stanley Donen

Filme: 5/5 (Criterion #57)














1.Queensboro Bridge. No canto inferior esquerdo, o edifício da ONU. 2.Sean Penn mira as Gémeas. 3.Tiro ao alvo. 4.Joe Viterelli: um feliz caso de typecasting. 5.Robin Wright: beleza de costas. 6.Robin Wright: beleza de perfil. 7.Gary Oldman e fiéis amigas. 8.Publicidade citadina topo de gama em 1989. 9.A History of Violence. 10.Robin Wright: beleza após banho. 11.Meninas esvoaçam as suas saiinhas no abençoado St. Patrick's Day. 12.Ed Harris num daqueles planos enevoados que já mais não se usam. 13.Robin Wright: beleza na multidão. State of Grace (1990). Phil Joanou

Filme: 4/5 (100 melhores Film Noirs de todos os tempos para a Paste Magazine. Número 92. "Crítica": é o The Departed enxertado no We Own the Night (e/ou vice-versa). Com década e meia de antecedência.)










1.A Grandiosa Conquista Civilizacional do Oeste. 2.Land of the Free. 3.Olive Borden. 4.Mitos Fordianos. 5.Priscilla Bonner. 6.E ainda há quem acuse o Ford de ser "conservador". 7.Phyllis Haver. 8.É um filme de Ford, sim senhor. 9."Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.". 3 Bad Men (1926). John Ford

Filme: 4/5 (Tentativa de fazer uma integral John Ford, por ordem cronológica, e tendo como fonte a Wikipedia.)




1.Deborah Kerr. 2.Greer Garson. 3.James Mason: um homem que conseguiria assaltar um banco com o recurso apenas a elegância retórica e suavidade do trato. Julius Caesar (1953). Joseph L. Mankiewicz

Filme: 3/5





1.Sofia Aparício. 2.Rita Durão. 3.Joana Metrass, Cecília HenriquesSara Carinhas na antecâmara de um dos mais radiantes planos do cinema português. 4.Joana, Sara & Cecília num dos mais radiantes planos do cinema português. E o Tempo Passa (2011). Alberto Seixas Santos

Filme: 4/5 (Chegados a 2011, o tempo de Alberto Seixas Santos parecia ter mesmo passado. Esta, que seria a sua última longa-metragem, sucedia a Mal, que datava de doze anos antes, que por sua vez sucedia a outras três realizadas ao longo de vinte anos, isto se não contarmos com os filmes dirigidos em cooperativa logo após o 25 do A. Um espaçamento temporal kubrickiano que tinha o seu terminus numa temporada, 2011/2012, que não estava muito de feição para ficções romanescas que usavam o próprio registo fragmentado da telenovela como mise-en-abyme dramático. Não, senhor. Em 2011/2012, a atenção estava direcionada para o crocodilo no Tabu, símbolo de "um evasivo e bárbaro colonialismo!", ou para o José Gil escrever bonitas serenatas ensaísticas sobre o Sangue do Meu Sangue, talvez o filme da história do cinema português mais bem preparado para aglomerar à sua volta a junção das comoventes diatribes dos "ensaístas profissionais", dos ditirambos dos "críticos" e das aprovações efervescentes de 0,03 do povo português que se revê no "cinema do real, aquele das nossas casas e ruas"; 99,7 do restante povo está-se a cagar para isso, querendo antes saber de currais e leões da estrela. Por isso, não admira o ignorar e esquecimento de E o Tempo Passa, enfiado que estava neste turbilhão de crocodilos simbólicos e telenovelas domésticas "com o ritmo do cinema dos dias de hoje" (José Gil sic) no Bairro Padre Cruz. Coitado do Alberto: apenas lhe interessavam as maravilhas cinematográficas relacionadas com os jogos de sombras, os dúbios processos técnicos de "contar uma história", o brincar com as aparências e alusões. Sem emblemas e insígnias na lapela a reverberar "objecto de profunda magnitude cultural". Grande cineasta, e que, além do mais, foi voz da razão no fervoroso caldeirão emocional comunista de 1975: quando o Zeca Afonso já pedia guerra em cada esquina contra o Norte "fascista", Seixas Santos, prudentemente, disse-lhe que era melhor não, que os aviões de combate estavam acima do Mondego e que o pessoal do Sul só tinha fisgas e paus de marmeleiro. A precedente parte a negrito acaba de ser inventada pelo autor deste texto.)


Joana Metrass. A Fada do Lar (2022). João Maia

Filme: 0/5 (Três caminhos possíveis: caminho 1) percurso "social", "feminista", "realista", "vejam as dificuldades da vida", "câmara kinética quase a cuspir na cara e corpo dos actores". Na senda dos Dardenne e afilhados ou, para se ser mais exacto, na esteira do clip Turn the Page, dos Metallica; caminho 2) enquadrar a volúpia carnal da Joana Metrass como alimento para uma commedia all' portuguesa, um tanto ou quanto bojardona e popularucha. A cena inicial, no metro, parece apontar nesse sentido; caminho 3) colocar a Joana, durante 103 minutos, a fazer acrobacias mais ou menos sensuais no varão. É o caminho denominado "punheta para rebarbados", e, obviamente, seria com muito agrado que o veríamos. O resultado final foi o caminho 232, que combina um pouco dos três caminhos precedentes, embora dulcificando-os e "humanizando-os" ao ponto de já nada mais restar que uma anémica "comédia" onde se tenta provar "como é bom o coração humano".)


Sara Carinhas & Julia Palha. Campo de Sangue (2022). João Mário Grilo

Filme: 2/5 (Uma ideia de cinema português: voz-off literata e omnipresente. Austeridade composicional imune a correntes e caprichos "modernos" (leia-se: lixeira contemporânea). Personagens e situações quotidianas e corriqueiras a coabitarem com o sublime. Um erotismo prudente, distanciado, quase envergonhado. Neste campo, o melhor momento do filme: a câmara a seguir, a seguro intervalo de não ser acusada por assédio, a esplendorosa Júlia Palha- num não menos esplendoroso bikini- a andar pela praia na direção do mar.)



1.Mariana Ximenes. 2.Leandra Leal (foreground) & Mariana Ximenes (background). O Uivo da Gaita (2013). Bruno Safadi

Filme: 0/5 (No final dos anos 90 ainda estávamos muito longe de imaginar a importância e utilidade que sites como o XVIDEOS ou o SpankBang teriam na nossa vida. Por isso, tínhamos de arranjar alternativas a essas comodidades então inexistentes, sendo uma delas o de ver "mulheres bem boas nas telenovelas". Uma delas, salvo erro uma que passava na SIC antes do telejornal, tinha as duas actrizes aí de cima. Com certeza que já na altura a ideia de ver a Mariana e a Leandra a darem beijinhos e outras cousas uma na outra foi matéria que me passou pela cabeça (de cima). E, pelos vistos, não foi só a mim, pois houve um homem de nome Bruno Safadi que deve ter pensado o mesmo, ao ponto de realizar um filme onde isso exatamente acontece. Que inveja. Depois há pessoas maldosas e maldizentes que afirmam e escrevem que não existe qualquer filme, e que o resultado final é um arrazoado de incompreensível "arte e ensaio" como forma de esconder as verdadeiras intenções libidinosas do Bruno, e por aí. Como podem ser horríveis, os seres humanos. Infelizmente, também já fomos assim, de fácil e imatura má-língua, guiado pelas emoções mais primárias e desprovidas de freio. Nessa altura não teríamos perdido a oportunidade para fazer grosseiras "piadas" com o título deste filme.)




1.Emma Roberts (💓). 2.Hilary Swank. 3.Betty Gilpin. The Hunt (2020). Craig Zobel

Filme: 0/5



1.Emma Roberts (💓). 2.Madelaine Petsch. About Fate (2022). Marius Vaysberg

Filme: 1/5 (No capítulo "comédia romântica do cinema de Hollywood", género que foi sempre um dos nossos pontos fracos, não somos, hoje em dia, nada exigentes. Já nos contentamos com as seguintes proporções de talento: 22% de Garry Marshall, um quilo e meio de Nora Ephron, três arrobas de Rob Reiner, meio litro de depósito de James L. Brooks, uma légua de Nancy Meyers, três braças de Robert Luketic, um terço de polegada de Lawrence Kasdan.)














1.Fusão imagética entre corpos femininos. 2.Las Meninas, segundo Hamilton. 3.Patti D'Arbanville. 4.Catherine Leprince exemplifica o obediente e correcto método de linguagem corporal enquanto se ouve atentamente a autoridade professoral. 4.Aparentemente, apenas uma menina bonita a tocar flauta. Mas com Hamilton...5.Mona Kristensen. 6.Hamilton também não se esquecia do refinamento gastronómico. 7.Patti D'Arbanville. 8.Patti D'Arbanville, Bernard Giraudeau e o encantado mundo da geladaria veraneante. 10.Patti D'Arbanville & Mona Kristensen. 11.Mona & Patti no jardim das delícias. 12.Lindas mulheres, primor dos cozinhados e champanhe: um verdadeiro paraíso perdido. 13.Patti e a sua Graça Divina. Bilitis (1977). David Hamilton

Filme: 2/5






1.Las Meninas, segundo Hamilton (parte 2). 2.Dawn Dunlap escala #1. 3.Duas meninas e uma fonte lavando-lhes o corpo e a alma corrompidos pelos precoces quereres. 4.Dawn Dunlap escala #2. 5.Maud Adams. Laura, les ombres de l'été (1979). David Hamilton

Filme: 3/5










"As mulheres são tudo o que sabemos sobre o paraíso nesta terra."- Albert Camus. Tendres cousines (1980). David Hamilton

Filme: 3/5 (A classe dominante e seus servos numa união corporativa de divertidas e entusiasmantes partidas de jogos de sedução. Jardins floridos, bosques selvagens, rios imaculados, comida deveras aprazível ao olhar quanto mais ao paladar, uma maminha aqui, um rabinho acolá...o olimpo do bem-estar e dos prazeres mais singelos. Mas, para Hamilton, este Céu Terreno está sempre a balançar numa munto fina corda bamba, tão fina que as malvadas forças exteriores (neste caso, a Primeira Guerra) poderão a qualquer momento parti-la e quebrar o seu encanto. E então, este planeta de beleza feminina a perder de vista, de imagens banhadas por um gaze devaneante, e de saudável cooperação de saborosos interesses entre burguesia e proletariado desvanece-se e está instalada a discórdia nos filhos de Deus. David, como um Rousseau lavado em luxúria, também foi vítima do nefasto e julgador mundo das pessoas, que não compreenderam o seu trabalho fotográfico- que não podemos aqui reproduzir, já que não está nos nossos planos, pelo menos para já, ir parar ao Linhó para ser enrabado pelo Marcão- com meninas de todas as idades e que nos remete para tempos tão imemoriais que ainda nem Deus Nosso Senhor tinha introduzido o Pecado no Jardim. Não foram bombas nem obuzes que o quiseram destruir, mas, de forma quase tão violenta, hómes e mulheres que foram castigados pelo Senhor depois de Adão e Eva e que bem mereciam ir parar com os costados a Sodoma e Gomorra. Hamilton deixou-nos em 2016. Estará, neste exacto momento, a ter, no Céu, uma amena cavaqueira com o Jesús Franco. Ambos à espera do Tinto Brass.)














1.Monika Broeke com as maravilhosas vestimentas que o Criador lhe deu. 2.Monika Broeke realizando a ação que qualquer menina prendada deverá efetuar diariamente (pelo menos até aos 30 anos). 3.Três alunas muito atenciosas e dedicadas: Emmanuelle Béart, Monika Broeke & Anja Schute. 4.Inge Maria Granzow & Patrick Bauchau na aula prática. 5.Monika Broeke. 6.Inge Maria Granzow. 7.Prémiers désirs precisa da digitalização 4K de Bilitis e Tendres cousines; só então as magníficas curvaturas dos rabinhos da Emmanuelle e da Anja adquirirão todo o seu nítido esplendor. 8.Anja Schute, beleza inacreditável. 9.Emmanuelle nos alvores das muitas delícias visuais que nos foi dando ao longo dos anos. 10.Emmanuelle, beleza indizível. 11.Inge Maria Granzow, beleza admirável. 12.Monika & Inga: feminilidade veraneante. 13.Monika, beleza adorável. Premiers désirs (1983). David Hamilton

Filme: 2/5

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