segunda-feira, 27 de junho de 2022

Frames (9).


Margareth Sheridan. The Thing from Another World (1951). Christian Nyby & Howard Hawks

Filme: 1/5 (A partir do momento em que a criatura é trazida para os aposentos domésticos, inicia-se um processo de discrepância que não comprámos: de um lado, uma camaradagem bem-disposta e quase despreocupada entre várias pessoas, e do outro um monstro capaz de partir tudo à sua volta. Tensão zero. Camp também inexistente. Diálogos sobrepostos e funcionais, muitos.)



1.Patricia Neal. 2.Menina caucasiana e duas senhoras negras provam que a segregação racial era interrompida aquando da chegada de aliens aos EUA. The Day the Earth Stood Still (1951). Robert Wise

Filme: 4/5


Mara Corday. Tarantula (1955). Jack Arnold

Filme: 3/5 (Complemento cinematográfico do conto The Sphinx, do Edgar Allan Poe.)


Leslie Nielsen aconselha Anne Francis a não estar assim vestida em frente a homens que estiveram 378 dias no hiperespaço (é mesmo o que ele lhe está a dizer. Não inventamos, isto é um blogo sério). Forbidden Planet (1956). Fred M. Wilcox

Filme: 2/5 (É divertido nos momentos de jogos florais entre a "perversidade" dos hómes e a "inocência" da adorável Anne Francis e naqueles outros com o icónico robot Robby a servir de produtor de tinto para um bêbado, e é uma canseira palavrosa e já quase paródica dos códigos de "ficção científica dos anos 50".)



1.Randy Stuart, num dos planos cinematográficos mais apreciados pelas feminazis e cornos mansos. 2.April Kent. The Incredible Shrinking Man (1957). Jack Arnold

Filme: 4/5 (Demasiada (má) música na sequência da "descoberta" dos encantos e perigos da cave impedem a perfeição absoluta. Que é atingida nos últimos três minutos.) 


Patricia Owens. The Fly (1958). Kurt Neumann

Filme: 4/5 (Lembro-me de ler, algures e em determinada altura do tempo espaço-sideral, que o The Fly de 1958, em comparação com o de 1986, era apenas a história de um homem que se transformava em mosca, sem qualquer "leitura simbólica" para apresentar, ou coisa parecida. Factualmente falso. Já lá está a luta interior entre a humanidade do médico e a selvajaria do inseto. Mais cuidado a ver filmes. Isto de estar a ler Chomsky ou a cagar enquanto se assiste a cinema não é munto correto e pode produzir erros graves de perceção e de julgamento. Ps: A Patricia Owens dorme uma noite inteira por cima dos lençóis da cama. O seu lindo vestido e o seu impecável penteado não sofrem o mais pequeno abalo. Anos 50, que paraíso.)



1.Geena Davis. 2.Joy Boushel ("Do I look like a hooker to you?"). The Fly (1986). David Cronenberg

Filme: 5/5 (Só ao fim de trinta anos é que notei que é Bryan Ferry que está a passar no bar onde o Seth Brundle se prepara para rebentar o braço a outro sujeito.) 






1.A piquena Marsha Moreau, respondendo a dois senhores dos inquéritos de rua depois destes lhe terem perguntado se em grande gostaria de ser performance artist. 2.Geneviève Bujold. 3.Shirley Douglas. 4.Jacqueline Hennessy & Jill Hennessy (e vice-versa). 5.Heidi Von Palleske. Dead Ringers (1988). David Cronenberg

Filme: 4/5 (Criterion #21)


Raquel Welch. Fantastic Voyage (1966). Richard Fleischer

Filme: 4/5 (O minucioso processo detalhista em modo slowburn- e sem música- com que é feito o encolhimento da nave e dos seus residentes levará à loucura um espectador do audiovisual. Como se isso não lhe bastasse, ainda há mais à frente uma cena onde a Raquel Welsh é apalpada impunemente por três representantes da cisgeneridade masculina. Um cinema do Tempo e do Espaço, e anacronicamente sexista, que jaz perdido nos confins do tempo.)




1.Lena Olin. 2.Barbara Jefford (R.I.P.). 3.Emmanuelle Seigner. The Ninth Gate (1999). Roman Polanski

Filme: 4/5 (Andei uns tempos em que só comprava Lucky Strikes. E em que molhava o filtro do cigarro com os lábios antes de o acender. Apenas e só por causa do Depp neste filme. Frank Langella= 200.000 Oscars.)


Carolina Amaral & Stephanie Vogt. Gloria (2021). Tiago Guedes

"Um bom e escorreito produto audiovisual". "Cumpre os seus cadernos de encargos, nem a mais nem a menos". "Mostra que nós, portugueses, também sabemos manejar drones". "Impecável trabalho de atores". "Até acreditamos que o Ivo Canelas pode passar por ministro salazarista e o Pêpê Rapazote como embaixador dos EUA em Portugal". "Mas que belas tascas do nosso mui lindo Portugali". "O Adriano Carvalho consegue dormir com a quantidade de trabalho que tem?". Clichés, observações e uma pergunta com que, no geral, concordamos.


Kelly Clarkson. Since U Been Gone (2004). Alex de Rakoff

Filme: 4/5 (A menina foi enganada. Pensava que vivia com um encantado e fiel príncipe, mas não, era tudo mentira. Foi enganada pelo salafrário, até pela "stupid love song". Há que tomar medidas urgentes: rebelar-se e partir a casa toda do ex-namorado! E largar o look de betinha WASP bem-comportada para se transformar numa punkeira-emo! But since you been gone/I can breath for the first time. Fim de relação tóxica. Agora sim, agora sou livre e vais ver, vou viver a minha vida como eu quero e...e...hum...que bonito vestido de noiva! Obra maior indispensável do período 2001-2005, secção "princesas pop caucasianas da classe média norte-americana rebelam-se e fazem vídeos com imagens provocantes e mostram que não são apenas carinhas larocas e palavras bonitas! São sexys e ariscas!". Para juntar a I'm a Slave 4 U, da Britney, Dirrty, da Christina Aguilera, e In My Pocket, da maior delas todas, Mandy Moore.)

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