Gloria Stuart. The Invisible Man (1933). James Whale
Filme: 3/5 (Homem Invisível como: megalómano, anti-social, misantropo.)
Daryl Hannah, aproveitando todas as peculiares vantagens do Cinemascope. Memoirs of an Invisible Man (1992). John Carpenter
Filme: 4/5 (Homem Invisível como: sexista, indulgente, preguiçoso.)
1.Elisabeth Shue. 2.Kim Dickens. 3.Rhona Mitra. Hollow Man (2000). Paul Verhoeven
Filme: 2/5 (Homem Invisível como: sociopata, pervertido sexual, misógino.)
Elisabeth Moss. The Invisible Man (2020). Leigh Whannell
Filme: 4/5 (Homem Invisível como: ciumento, controlador, abusivo.)
1.Anne Teyssèdre & Florence Darel. 2.Eloise Bennett. Conte de printemps (1990). Éric Rohmer
Filme: 4/5 (Um filme onde se discute Husserl por entre garfadas em rodelas de chouriça.)
Emmanuelle Béart, arma de destruição erótica por entre a domesticidade de cãezinhos e helicópteros de brincari. L'enfer (1994). Claude Chabrol
Filme: 4/5 (Documentário bastante preciso sobre o inferno que deverá ser a vida de um hóme casado com uma mulher como a Emmanuelle Béart (ou, para se ser mais realista, com uma mulher que detenha, no máximo, 55% das particularidades anatómicas da Emmanuelle). Isto, claro, se for um hóme a sério, daqueles que acha que a sua esposa é sua propriedade e que, nas festas populares da aldeia, come sande de torresmos enquanto mira o cú empinado das madames da terra com os seus vestidos domingueiros. Se for um hóme a brincar, dos da nova geração, o único problema que você terá será o de se movimentar em corredores estreitos, devido ao par cada vez maior que tem na testa.)
Sandra Bullock. The Net (1995). Irwin Winkler
Filme: 2/5 (Two months ago, I saw a provocative movie on cable tv. It was called The Net, with that girl from the bus. I did a little reading, and I realize, it wasn't that far fetched.- Frank Costanza. Thriller informático middle-of-the-road daquela altura dos 90's em que a Sandra estava a ser empurrada- e a deixar-se empurrar- para o beco da "cute girl next door" (e nós ralados). Para a história: Sandra Bullock a jogar Wolfenstein 3D, jogo que quase nos queimou as pálpebras, de tanto foi o seu uso em 1994/1995.)
1.Ashley Judd. 2.Sandra Bullock. A Time to Kill (1996). Joel Schumacher
Filme: 4/5 (E quando o cinema norte-americano andava na febre de adaptar qualquer livro do John Grisham? O Joel Schumacher, neste e em outros filmes que fez na década de 90, como o Falling Down e o 8MM, transformou-se na reencarnação de um punitivo Moisés em cima do Monte Hollywood, castigando com diatribes sagradas o ímpio e corrupto povo da cidade da "magia do cinema". Munido de um cajado, andrajos agrestes e vinte milhões de dólares no bolso, Joel, chorando de emoção, brandia palavras justas sobre a vitória do Bem contra o Mal, do olho-por-olho e dente-por-dente, das vantagens do vigilantismo como genuína justiça popular, da abolição das vantagens dos "ricos!"- nem que para isso se tivesse de invadir e destruir propriedade privada-, e, erguendo o cajado na direção dos abismos do céu, trovejava sobre as tentações que o belzebú nos colovaca diariamente em cima da mesa, como por exemplo, ser casado com a Ashley Judd e ter a Sandra Bullock a seduzir-nos. Satanás malvado. A vitória do Bem, no entanto, estaria assegurada, através das infalíveis armas da demagogia, da hilaridade retórica, e do "senso comum" popular. Nem o profeta que o substituiu nos comandos, de seu nome Eli Roth, conseguiria atingir tamanha dimensão de veemência fascista.)
1.Sandra Bullock. 2.Agnes Bruckner. Murder by Numbers (2002). Barbet Schroeder
Filme: 2/5 (Só na mais recente revisão do Mars Attacks! é que dei pela presença do Barbet Schroeder e do Jerzy Skolimowski.)
1.Mary Kay Place. 2.Teresa Wright. 3.Claire Danes. 4.Virginia Madsen. The Rainmaker (1997). Francis Ford Coppola
Filme: 3/5 (Um bom filme do Clint Eastwood sobre o idealismo da juventude norte-americana contra os mauzões das grandes corporações. Não ter sido realizado por ele é um mero pormenor.)
Ashley Judd. Normal Life (1996). John McNaughton
Filme: 4/5 (457890. Se se multiplicar esse número por três, talvez se obtenha a quantidade correta de vezes que visualizei a foto da Ashley Judd- antes de ter visto qualquer filme com ela- no cd-rom do Microsoft Cinemania 1997, que agora, desgraçadamente, não se consegue ler nestes sistemas operativos modernos. Já ia 1998 para aí a meio quando finalmente a vi em dois filmes, o Smoke, do Wayne Wang, e o Heat, do Mann, e bastou para deixar de ver tão obsessivamente a foto dela no cr-rom. Agora, eu parava a fita da cassette vhs nos momentos em que ela entrava no enquadramento. "Pior" teria sido se, na altura, tivesse visto este brilhante Normal Life, pois não deverá haver com certeza outro filme onde a Ashley esteja tão exposta fisicamente. Mal teria dormido, certamente, e a comida teria de ter sido transmitida via intravenosa. Por falar em Heat e em "normal life", este filme do óptimo McNaughton pode-se enquadrar naquele diálogo entre o Pacino e o De Niro, quando o primeiro lhe pergunta se não gostaria de ter uma "vida normal", e o segundo responde com outra pergunta: "Isso é o quê? Ver bola e fazer churrascos com os amigos?".)
The Mekons- Millionaire
Teresa Mo. Lat sau san taam (1992). John Woo
Filme: 4/5 (Criterion #9)
Jenny Agutter. Walkabout (1971). Nicolas Roeg
Filme: 2/5 (Criterion #10. É, por vezes, um impressionante filme National Geographic, tal é a minúcia expressionista dos seus grandes planos da bicharia coletiva. De resto, vem-nos à memória o que o César Monteiro disse numa entrevista sobre o cinema do Fonseca e Costa: "Não parecia ter muito jeito para aquilo. Precisava de seis planos para filmar um tipo a abotoar a camisa".)
Valeria Nemchenko. Russkaya Lolita (2007). Armen Oganezov
Filme: 1/5 (Dia da Vitória. Versão porno-paródica do romance do Nabokov. O erotismo perverso foi-se, e no seu lugar estão longas sequências de sexo capazes de enterrar no mais profundo sono o mais entesoado dos devassos. A qualidade de imagem digital veio diretamente dos armazéns de Copenhaga, circa 1997. A Valeria, ao fim de uma curtíssima carreira no mundo porno, retirar-se-ia para a Câmara Municipal de Vladivostok, onde se tornaria assistente de relações públicas. Esta afirmação é absolutamente falsa.)
Amber Heard. Rum Diary (2011). Bruce Robinson
Filme: 3/5 (A nossa ocupada vida de latifundiário explorador de classes oprimidas não nos tem permitido ver o julgamento Johnny Depp vs Amber Heard, embora a nossa opinião pública há munto seja conhecida nos campos agrícolas: entre marido e mulher não se mete a colher. Por outro lado, é uma pena que a Amber não tenha nascido algures na década de 10 ou nos inícios da de 20 do século passado. Ela teria chegado aos anos 40 e incendiado (literalmente?) a magia da tela com a sua desinteressada lascívia. Para as badochas feminazis roerem-se de inveja.)
1.Mia Goth. 2.Jenna Ortega. 3.Brittany Snow. X (2022). Ti West
Filme: 5/5 (Cinema estetizante-burguês, desprovido de lógica, de ritmos e ambientes molengões e com diversas punhetas a referências do género. Adorámos.)
Carroll Baker. Baby Doll (1956). Elia Kazan
Filme: 5/5 (Quantas vezes o Polanski viu este filme na pré-produção do Bitter Moon?)
1.Anna May Wong. 2.Beatrice Bentley. The Toll of the Sea (1922). Chester M. Franklin
Filme: 4/5 (Recato de sentimentos. Submissão feminina aos caprichos patriarcais. Exotismo oriental aos olhos do colonizador civilizado. Outros tempos. Ainda nem sequer havia homens a nadar competitivamente contra mulheres.)
Filme: 4/5
1.Marie Dressler. 2.Billie Burke. 3.Jean Harlow. 4.Madge Evans. Dinner at Eight (1933). George Cukor
Filme. 5/5 (Um espécimen absolutamente perfeito do "cinema-soundstage".)
Gwen Stefani. It's My Life (2003). David LaChapelle
Filme: 4/5 (Primeira incarnação de Gwen Stefani como Jean Harlow.)
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