1.Lulu Pinkus. 2.Joanne Samuel. 3.Kim Sullivan. Mad Max (1979). George Miller
Filme: 2/5 (Aquecimento dos motores a meio-gás. Certos cortes parecem ter sido efetuados por um aluno de uma moderna escola do audiovisual.)
1.Virginia Hey. 2.Arkie Whiteley. Mad Max 2: The Road Warrior (1981). George Miller
Filme: 5/5 (Melhor filme australiano de sempre. Melhor filme de sempre do Mel Gibson (como ator e realizador). O Gibson e o Bruce Spence em cima de uma montanha, em silêncio, e a observarem, através de planos gerais de grandiosidade westerniana, os acontecimentos delirantes numa fortaleza de combustíveis. Isto durante minutos. Para se ter uma ideia de quão especial este filme é: o Vernon Wells ainda está mais inesquecível do que no seu gostoso vilão do Commando.)
1.Tina Turner. 2.Helen Buday. Mad Max Beyond Thunderdome (1985). George Miller & George Ogilvie
Filme: 1/5 (Algures entre um videoclip dos Europe e o The Return of the Jedi- é substituir os ewoks pelas criancinhas.)
1.Kate Beckinsale. 2.Jennifer Garner, Sara Rue, Jamie King & Catherine Kellner. Pearl Harbor (2001). Michael Bay
Filme: 1/5 (Afastem o Bay de quaisquer cenas que envolvam o mínimo de conflito físico/armado/nuclear. Deixem-no ficar a encenar postais ilustrados e clichés românticos, que é o que faz as delícias no primeiro ato deste filme, antes da desgraça cinematográfica que é o ataque japonês.)
Mandy Moore. Midway (2019). Roland Emmerich
Filme: 1/5 (Pearl Harbor II: USA Counter-Attacks.)
As pretty as they come, como diz a Jane Darwell na narração. The Battle of Midway (1942). John Ford
Filme: 3/5 (Os USA como uma grande identidade comunitária de vizinhos que foram lutar contra os "japs". God Bless USA.)
1.Charlotte Véry. 2.Marie Rivière. Conte d'hiver (1992). Éric Rohmer
Filme: 4/5 ("I will never understand women"- George Costanza.)
Jovens na pastoral inglesa de 1819. Peterloo (2018). Mike Leigh
Filme: 4/5 (Tateando com mil cuidados e cheios de medo, lá vamos, de vez em quando, vendo filmes recentes aplaudidos pela crítica- embora aqueles dois filmes do novo ídolo (falso?) do cinema japonês terão de esperar mais uma meia dúzia de anos para serem vistos. No mínimo. Peterloo, para além das suas qualidades estritamente cinematográficas, também nos agradou sobremaneira no facto de apresentar a inevitabilidade de um mundo onde jamais haverá distinção de classes e de relações de poder entre as pessoas. Já o sabíamos, mas é sempre bom o recordar, sobretudo se tais provas provirem de um cineasta "de esquerda".)
Grace Kelly. Dial M for Murder (1954). Alfred Hitchcock
Filme: 5/5 ("Filme menor". "Mero exercício de estilo". "Um cinema sexista e paternalista de um passado que se quer enterrado. A mulher como símbolo de uma feminilidade pueril e arcaica- dócil, obediente- que queremos, e devemos eliminar!". Melhor filme de apartamento de todas as eras.)
The Teacher. From A to Z-Z-Z-Z (1954). Chuck Jones
Filme: 5/5 (Colocaria o Jones junto do Murnau e do Charles Laughton como o cineasta com a melhor média aritmética de obras-primas.)
Danielle Darrieux. Mayerling (1936). Anatole Litvak
Filme: 2/5
1.Nicole Kidman. 2.Drew Barrymore. Batman Forever (1995). Joel Schumacher
Filme: 1/5 (A milhares de léguas dos dois primeiros do Burton, está claro, e não tão suficientemente kitsch e (propositadamente?) ridículo como o que se lhe seguiu. Lembro de na altura gostar do Carrey e do Tommy Lee Jones. Agora encolhem-se os ombros. Última canção de jeito dos U2.)
1.Alicia Silverstone. 2.Uma Thurman. 3.Elle Macpherson. Batman & Robin (1997). Joel Schumacher
Filme: 2/5 (É, na verdade, um festival camp de duas horas cujo propósito é bem simples: evidenciar os rabos do George Clooney, do Chris O'Donnel, da Uma Thurman, e da Alicia Silverstone.)
Sophia Loren. Legend of the Lost (1957). Henry Hathaway
Filme: 4/5 (Colonialismo não-revisionista em resplandecente CinemaScope. À atenção da diretora do Museu do Aljube e de artistas bienais.)
1.Herta Thiele. 2.Dorothea Wieck. Mädchen in Uniform (1931). Leontine Sagan & Carl Froelich
Filme: 4/5 (Romance lésbico em Weimar, nas vésperas da chegada dos nazis ao poder. Isso sim, é que era ter colh...perdão, doses elevadas de coragem. Um dos três ou quatro beijos mais incendiários da "magia da história do cinema".)
1.Jordana Brewster. 2.Jill Ritchie. 3.Sara Foster. 4.Meagan Good. D.E.B.S. (2004). Angela Robinson
Filme: 2/5 (Lesbianismo guy-friendly de inícios do século XXI. Um filme com a estética de um daqueles episódios dos antigos Power Rangers ou de um daqueles live-action filmes do canal Disney. No entanto...a comédia é tão imbecil quanto gentil, as muninas são sexy, o cinismo é zero, e jamais iremos desgostar de um filme onde a Jordana Brewster tenta reconquistar a sua amante ao som do A Little Respect, dos Erasure.)
Petite fille marselhesa olha para a câmara, enquanto Lee Kang-Sheng desce as escadas. Xi you (2014). Tsai Ming-liang
Filme: 5/5 (Para aqueles que catalogam o Tsai como mero "formalista", imune "à vida como ela é" e aos "seus ritmos e sopros de vida", e "mais o caralho que foda mais o cinema do real", podem ter em atenção "os sopros de vida quotidiana", os "ritmos de vida humana" e "os pequenos-nada do dia-a-dia" que se apresentam neste filme, bem presentes nos longos e belos planos fixos nas movimentadas ruas. Afinal, este é um filme onde dá para ver um marselhês (muçulmano?) a comer em tempo real, numa esplanada, um daqueles pães árabes bem bons. "A vida como ela é".)
Jamie Lee Curtis. A Fish Called Wanda (1988). Charles Crichton & John Cleese
Filme: 5/5 (Um filme que nos dá sempre vontade de comer jaquinzinhos. Fritos, não crus.)
1.Kelle Kip. 2.Ellen Barkin. Diner (1982). Barry Levinson
Filme: 3/5 (Um filme que nos dá sempre vontade de comer uma hamburga.)
1.Diane Lane. 2.Jennifer Lopez. Jack (1996). Francis Ford Coppola
Filme: 1/5 (Isto foi para arranjar dinheiro para construir mais vinhedos?)
1.Anna Magnani. 2.Nada Fiorelli. Le carrosse d'or (1952). Jean Renoir
Filme: 5/5 ("Pinto quadros, não maçãs"- Paul Cézanne.)
1.Ingrid Bergman. 2.Magali Noël. 3.Dora Doll. Elena et les hommes (1956). Jean Renoir
Filme: 4/5
1.Elizabeth Berridge. 2.Christine Ebersole. Amadeus (1984). Milos Forman
Filme: 4/5
1.Valeria Golino. 2.Geno Lechner. 3.Isabella Rossellini. 4.Alexandra Pigg. 5.Johanna ter Steege. Immortal Beloved (1994). Bernard Rose
Filme: 3/5 (Sid Vicious. Lee Harvey Oswald. Beethoven. Drácula. Churchill. Polícia corrupto. Mafioso russo. Dylan Thomas. O Gary Oldman come-os a todos.)
1.Amber Heard & Whitney Able. 2.Melissa Price. All the Boys Love Mandy Lane (2006). Jonathan Levine
Filme: 0/5 (Não, não. O título correto é All The Boys Want To Fuck Amber Heard.)
1.Kim Cattrall. 2.Carole Davis. Mannequin (1987). Michael Gottlieb
Filme: 0/5 (Kim Cattrall sobre a sua personagem nesta coisa: "I feel great being a girl, wearing a dress". Já não bastava a exasperante mediocridade deste "filme", e ainda temos de ler estas declarações criminosamente anti não-binárias de uma mulher cuja misoginia interiorizada é mais do que certa.)
1.Barbara Stanwyck. 2.Helen Mann. 3.Dorothy Burgess. Ladies They Talk About (1933). Howard Bretherton & William Keighley
Filme: 4/5 (Um crítico norte-americano escreveu que era capaz de ver a Barbara Stanwyck a ler a lista telefónica inteira. Tínhamos aqui uma lista de coisas que gostaríamos de ver a Barbara a efetuar, mas não há espaço nem tempo para isso.)
1.Elise Bauman. 2.Natasha Negonviles. The Carmilla Movie (2017). Spencer Maybee
Filme: 0/5 (Lixeira vampiresca-queer. Com muita "representação" e "integração".)
1.Keiko Tsutshima. 2.Yukiko Shimazaki. Schichinin no Samurai (1954). Akira Kurosawa
Filme: 5/5
Linda Hamilton, a escassos meses de se tornar a mãe de todos nós. Hill Street Blues: Season 4, Episode 16 (1984). Gregory Hoblit
1.Alicia Silverstone. 2.Ryley Keough. The Lodge (2019). Severin Fiala & Veronika Franz
Filme: 2/5 (É fodido querer-se fazer um filme gélido como as montanhas do Alasca, sem concessões aos "afetos" e às convenções, e depois, para não alienar quem meteu dinheiros no filme, ter de se descer aos fundos da estupidez das sopas do "argumento" e da "banda-sonora".)
1.Bulle Ogier. 2.Hanna Schygulla. 3.Y Sa Lo. 4.Margit Carstensen. Die dritte Generation (1979). R.W. Fassbinder.
Filme: 4/5 ("O terrorismo é uma criação do próprio capitalismo, para assim este ter justificação para atacar os verdadeiros revolucionários e manter o controlo opressivo sobre a sociedade". Evidentemente. É do conhecimento público que as Brigadas Vermelhas na Itália ou a R.A.F na RFA eram constituídas por elementos que, mal acabavam de cometer o seu serviço bombistico, metiam-se em carros de luxo e iam para palácios distantes em florestas escondidas, onde se iriam juntar a capitalistas bojudos e tarados, todos comendo do bom e do melhor e fodendo tudo o que mexia. Bandidos, pá!)
Alexandra Powers. Dead Poets Society (1989). Peter Weir
Filme: 1/5 (Acreditamos que continuamos com a mesma imbecilidade e estupidez dos nossos 12 anos, por isso, esta merda de filme que na altura tanto nos agradou só pode ter acontecido por um passageiro erro de cálculo. No entanto, continuamos a gostar das personagens do Kurtwood Smith e do genial Norman Lloyd. E da cutie da Alexandra, pois está claro.)
Anna Magnani & Tina Apicella. Bellissima (1951). Luchino Visconti
Filme: 3/5 (Obviamente que não apoiamos o traidor Visconti na crítica feroz que faz a nós, pessoas de classe e erudição superiores. Ao ponto de vincar, sem pruridos, a superioridade moral do povo -sujo, mal educado, ignorante- sobre a burguesia elitista a que pertencemos há várias gerações. Apoiamos, no entanto, a iniciativa privada da personagem da Anna Magnani, sem medo da competição externa e tomando todas as providências legais para que a filha tenha sucesso no mundo da televisão. Uma verdadeira procura pela felicidade material.)
1.Sandra Bullock. 2.Monica Keena. While You Were Sleeping (1995). Jon Turteltaub
Filme: 4/5 (Comédia Romântica Cinematográfica, segundo um dicionário do século XXI: género cinematográfico 99,999% binário, de uma conservadora conceção do mundo. De um sexismo subtil mas latente, ao que não ajuda que uma suposta mestre do género, como Nora Ephron, tenha dito um dia que já estava farta de homens que gostavam dela pelas suas ideias. O que ela queria mesmo era homens que ficassem babados pelo seu corpo. Felizmente, depois de grandes sucessos bilheteiros (e até de crítica!) nos anos noventa, as pessoas começaram gradualmente a ficar mais civilizadas e começaram a desprezar estas historiazinhas de fadas e príncipes de trazer por casa. Esse mundo acabou.)
1.Carrie-Anne Moss. 2.Gloria Foster (R.I.P.). The Matrix (1999). Pessoas Wachowski
Filme: 4/5 (A personagem do Joe Pantoliano é que a sabia toda: basicamente, a escolha era entre um mundo "ilusório" e "escravizante" mas com bifes, vinhos, porno, jornais, carros e luminosidade (embora tudo "falso"), e um outro mundo escuro, de roupas e comida intragáveis, barulhento, de uma densidade populacional superior à do gueto de Varsóvia em 1941, cheio de porcaria e lama, e onde de certeza não haveria nem tampões nem água canalizada (ainda por cima próximo do núcleo da Terra). Supostamente um mundo "livre", mas onde cada um também tinha o seu papel agrilhoado a uma determinada missão: ser soldado, ser construtor de bombas, ser cozinheiro, ser limpador de ruas, etc. Sim, sim, de um lado um mundo capitalista cheio de comodidades mas "desigual" e "prisioneiro da alma humana"; do outro, um mundo miserável e pobre, mas comunitário e "munto humano!". Onde é que já li isto? Vamos ao que verdadeiramente interessa: 1) o bruá na sala do cinema quando a Carrie-Anne Moss se elevou no ar e ficou em suspenso; 2) o Joe Pantoliano e o Hugo Weaving, cada um à sua maneira, a cagarem óleo maquiavélico das suas personagens; 3) a Gloria Foster a fazer bolinhos falsos que deviam ser uma delícia falsa nas nossas bocas falsas; 4) a clareza da história, em contraponto com a diarreia complicativa das sequelas; 5) o Keanu Reeves a ouvir os Massive Attack do Mezzanine; 6) o Lawrence Fishburne hilariante (e não insuportável, como nos filmes seguintes) de solenidade e conselhos sábios à Mr. Myiagi; 7) a mulher de vermelho; 8) a rapariga desconhecida, que, ao nosso lado na sala da magia da tela, nos ofereceu pipocas ainda antes do filme começar. Onde andará ela?; 9) a coolness visual da "Matrix" (roupas óculos, armas) e a pobreza franciscana do "mundo real"; 10) os bolos da Gloria Foster, outra vez.)
1.Jada Pinkett Smith. 2.Monica Bellucci. The Matrix Reloaded (2003). Pessoas Wachowski
1.Lambert Wilson e azeitonas, e santa Monica Bellucci ao seu lado. 2.Nona Gaye. The Matrix Revolutions (2003). Pessoas Wachowski
Filme: 1/5 (Salvam-se a carnalidade muito humana da Monica e o gosto azeiteiro que o Lambert Wilson deposita na sua personagem.)
Christina Ricci. The Matrix Resurrections (2021). Lana Wachowski
Filme: 0/5 (Esgoto meta-woke. Aguentaram-se 45 minutos. Deu para saudar a Christina Ricci, que não via há séculos.)
Mariah Carey. Heartbreaker (1999). Brett Ratner
Filme: 5/5 (O pináculo da slutiness clipesca anti-feminazi dos anos 90. Um regalo.)
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