1.Christina Ricci. 2.Janeane Garofalo. 3.Lolita Davidovich. 4.Demi Moore. 5.Melanie Griffith. 6.Thora Birch. 7.Gaby Hoffmann. 8.Ashleigh Ashon Moore. Now and Then (1995). Lesli Linka Glatter
Filme: 2/5 (Um dos filmes da adolescência. Não pelo seu valor "artístico" (é a versão a estrogêneo do Stand By Me), mas porque numa determinada tarde solarenga de Novembro de 1996, sem nada de relevante para fazer, decidi ir cortar o cabelo (quando ainda o havia), comprar o Siamese Dream dos Pumpkins (quando ainda comprava cd's) e depois passar pelo local cinematográfico da terreola e ver um poster de um filme em que por lá também se encontrava a Demi Moore. Ver a Demi Moore no cinema, em 1996, era motivo de suores e lambuzadelas. Era das últimas etapas "mainstream" antes de se aventurar em pornolândia ou, munto pior, num filme do Zalman King. Como curiosidade: as carreiras de todas estas atrizes estão hoje virtualmente terminadas, sendo que a de uma delas, a da Ashleigh, literalmente: morreu de overdose em 2007.)
1.K. T. Stevens. 2.Barbara Stanwyck. The Great Man's Lady (1942). William A. Wellman
Filme: 4/5 (Um filme sobre uma mulher que apoia um hóme até ao fim dos seus dias, independentemente do que ele faça. Deveria fazer parte do PNC.)
1.Maribel Verdú. 2.Paula Echevarría. 3.Juana Acosta. Ola de crímenes (2018). Garcia Querejeta
Filme: 2/5 (Uma comédia idiota e para idiotas. Gostámos.)
Erika Christensen. Swimfan (2002). John Polson
Filme: 2/5 (Fatal Attraction versão "late teens". Inundação total de valores conservadores, tentações diabólicas, problemas de ritmo e "atuações" que já deviam estar resolvidos em 1786, nu-metal, etc: gostar disto não é uma questão de "gosto cinematográfico", é uma questão de sentido de humor- distorcido, provavelmente.)
1.Margo Woode. 2.Nancy Guild. 3.Josephine Hutchinson. Somewhere in the Night (1946). Joseph L. Mankiewicz
Filme: 4/5
Kate Lyn Scheil. Kate Plays Christine (2016). Robert Greene
Filme: 1/5 (Tentativa de mostrar o quão "intenso", "poderoso" e "perturbador" pode ser o ato de um ator "entrar" na personagem. Se a "personagem" for uma jornalista televisiva, Christine Chubbuck, que se suicidou em direto (com um tiro) na estação de tv na Flórida onde trabalhava, mais "intenso" será todo o processo. Condimentos para tudo ainda parecer mais "veemente": música a toda a hora, câmara-parkinson e regulares ataques de choro e ansiedade dos atores. A Kate a bronzear-se no solário, em plano fixo de hora e meia, de bikini rosa, seria munto mais "estimulante" e "enérgico".)
Lesley-Anne Down. Sphinx (1981). Franklin J. Schaffner
Filme: 2/5 (A beldade ocidental, de pele cristalina, maquilhada e de roupas sem mácula, a ser apalpada, vilipendiada e agredida pelos bárbaros egípcios. Camelos e bodes na rua. Aqueles mercados no Cairo tão apinhados de gente que já nem os próprios vendedores sabem onde está o seu estaminé. Mais apalpadelas e mais camelos. Sons dos imãs a chamar o pessoal para as orações. Areia e camelos. O misticismo árabe pela perspetiva ocidental. Os porcos e barbudos egípcios a babarem pela deusa ocidental. Grutas escondidas. Travellings de agência turística sobre o Nilo. Agência Abreu a patrocinar as vistas aéreas de Guiza e Luxor. A Lesley-Ann Down a fugir de todos os tarados árabes. O Frank Langella que consegue falar sem mover os lábios. E ainda camelos, espadas, pó, esqueletos, rataria, e tudo uns meses antes do Raiders of the Lost Ark. Brigados, papás colonialistas!)
Beldade iraniana desconhecida, uma das duas únicas presenças femininas no filme, sendo que no total as duas não devem ter sequer mais de 20 segundos de tela, o que deve ser manifestamente insuficiente para a filha do Coppola prestar atenção ao que vai por aqui. T'am e Guilass (1997). Abbas Kiarostami
Filme: 5/5
1.Sylvie Fennec. 2.Françoise Fabian. 3.Angela Luce. Gli specialisti (1969). Sergio Corbucci
Filme: 3/5 ( A ideia era demonstrar que eu era contra os hippies. Ouça, nesta altura os crimes do Manson ainda não tinham sucedido...mas há demasiados problemas no mundo para que eu aceite a passividade desinteressada desta gente. Ontem, o Jimi Hendrix morreu de overdose em Londres. Eu sou contra as drogas e os hippies. Eu queria denunciá-los em Gli specialisti...Eu odeio as suas atitudes, e também odeio o Easy Rider. Sergio Corbucci, 1971, "Image et Son".)
Maria Antónia Fiadeiro. 48 (2010). Susana Sousa Dias
Filme: 4/5 (Receita para ver 48 à la Napalm: sente-se, coloque os auscultadores, recoste-se. Veja só o início de cada fotografia e feche os olhos. Ouça. Repetir o processo mais uma série de vezes)
Sou uma jovenzinha, parvinha,
inclusive, parvinha, porque estou ali a rir para os fotógrafos da
PIDE, não é...Vivi muto mal com esta fotografia durante muito
tempo, porque achei durante muito tempo que isto era um insulto a
quem...no lugar de tanta dor,
sofrimento...tanta...tanta...resistência, eu espeto este riso
parvo...mas também porque esta é uma fotografia de saída, não é
uma fotografia de entrada. Eu estava a perguntar antes...ou...quem é
que me pagava o táxi para ir para casa, não é...éramos muitos,
fomos três mil e tal presos nessa noite...
Os decotes não se usavam...os braços
nus também era muito pouco...a gente levava sempre um casaquinho
para as costas, não é...era um comportamento...tudo o que pudesse
alimentar algum desejo próprio ou do outro era altamente reprimido
A parte sexual era uma tragédia em
Portugal, não é... à esquerda e á direita, não é...a esquerda
também, caramba...os candidatos da esquerda a namorados eram um
desastre...um desastre, uns azelhas e uns...enfim...falavam, falavam,
falavam e quer dizer...não tocavam, não tocavam...ninguém se
tocava, parecia que não tínhamos mãos...não se podia seguir o élan, o impulso...hum...era uma tragédia
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