quarta-feira, 9 de setembro de 2020

O Massacre do Cinema.


O nascimento de mais um/a "progressista"


Filho dá boas novas ao papá:

-Papá, vou fazer cinema!

Papá olha para o filho, coloca os óculos na mesinha junto ao sofá, e pousa o jornal no regaço. E pergunta ao filho:

- És negro?
- Não, papá.
- És gay?
- Não, papá.
- És mulher? 
- Não, papá...
- És maneta?
- Não, papá...
- És do PAN?
- Não, papá...
- És transsexual ?
- Não, papá!!
- Achas o Steve McQueen um dos piores realizadores da história do planeta Terra?
- Acho, papá!

Papá pára de questionar. Volta a colocar os óculos e volta a ler o jornal. Sem olhar para o  filho, e num tom grave, questiona:

- Então vais fazer cinema para quê, pá?

Surge a mamã, de avental.

- Então, que se passa?
- É o teu filho caucasiano, heterossexual, e não apreciador de enormes cineastas da história do cinema que quer fazer filmes!

Mamã prostra-se no sofá, chorando. Papá, sem se deter na sua leitura:

- Estás contente com o que conseguiste?

Filho vai consolar a sua pobre mamã e reflecte na pura ilusão burguesa das suas aspirações artísticas. De noite, para se expurgar de tamanhas indolências, irá ouvir a discografia completa de Beyonce Knowles e rezar dez avés marias a Alexandra Ocazio-Cortez.

PS: Se um filme do Botswana se candidatar a melhor filme, terá de ter na sua equipa técnica uma determinada percentagem de brancos?

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