Segundo o texto de apresentação de Resistências - Simpósio Internacional, a necessidade de pensar formas de resistência vem do momento político que o mundo (e em particular a Europa) vivem. "Será necessário, como antigamente, ingressar numa luta corpo a corpo? Voltar a correr riscos num lugar em que tudo conduz à ruína? Que matrizes adoptar num mundo pós-marxista e carente de ideologia própria? A quem nos podemos aliar? De quem nos devemos afastar?", escreve Juan Branco. "Perante o aparecimento de monstros distópicos que combinam poderes e forças, estruturas e fluxos, massas e corpos, que lutas devemos levar avante para que nos possamos impôr e não apenas resistir?", pergunta por fim, lançando a discussão para o fim de semana de palestras e debates, entre 15 e 17 de novembro.
Antes de passar à acção desenfreada, o festival de cinema propõe a reflexão, não só com estas conversas entre o Cinema Nimas, Centro Cultural Olga Cadaval e a sala Fernando Lopes da Universidade Lusófona, mas também a partir dos filmes Comportem-se Como Adultos, de Costa-Gavras, Marighella, de Wagner Moura, Passámos por Cá, de Ken Loach, Joker, de Todd Phillips ou Fome, de Steve McQueen.
Oportunistas do caralho. É mais fácil encontrar hoje uma virgem no red light district de Amsterdão do que um festival de cinema que "não quer ser apenas festival de cinema".