A Isabelle Huppert no L'Avenir é o exemplo perfeito da classificação "filme de actriz". Literalmente, pois tudo o resto é insosso e vazio, como em tudo o que tenha a assinatura da Mia Hansen-Love. Este é um cinema deixa andar que passa por um naturalismo supostamente blasé, como os francíus tanto gostam, sobretudo a escola Assayas. Na verdade, é tudo indistinto e indiferente. Deve ser facílimo fazer destes filmes: aponta-se a câmara para algo, filmam-se coisas e pessoas, e depois na edição (no imovie9?) juntam-se os planos, e até à próxima. Nem se pode dizer que seja medíocre, antes inofensivo e anestesiante, ideal para nos baixar a tensão antes de se ir ó médico. Os adeptos do "não-estilo" agradecerão. Supostamente há imensos, que isto anda por aí em todos os tops de "prestígio".
Lembro-me agora que comprei O Pai das Minhas Filhas há uns três anos, ainda não tinha visto nenhum filme desta jovem. Continua com o celofane. Alguém o quer?