quarta-feira, 12 de março de 2014

ainda falta ver o Scorsese e aquele filme dos legos...


...mas parece-me que em três meses de estreias apenas um filme merece ser catalogado como tal*. Radicalidade? Nenhuma. "Radicalidade" seria esse plano durar uma hora e meia, o que imediatamente faria a Brenez enfiar duas botijas de gás butano na cona e , talvez, levar o Benning a ir a uma sala de cinema pela primeira vez desde 1934. Não, senhor e senhora: apenas um conceito fortíssimo, narrativa clara e a inteligência de jamais quebrar as regras do jogo e de insultar a minha est...sanidade. Mesmo soluções formais "questionáveis" (aqueles bonitinhos planos sub-aquáticos, na corda bamba da new age...) perdoam-se e, melhor, não destoam do espanto pelas maravilhas e horrores da natureza presente em All is Lost. Suspeito, também, que se J.C. Chandor tivesse outro pedrigee, e este seu filme não teria sido preterido ora para os Leviathans e Her's nas cúpulas "intelectuais", e para os Gravitys, Mcqueens e Americans Retards Hustles nas garagens do povo.

* hipérbola estúpida e escusada, pois também gostei do Dallas Buyers Club