sexta-feira, 26 de julho de 2013

Michael Laudrup, perdoai-lhes.


Mas que crueldades cometeu este belo país para merecer albergar os dois mais miseráveis "realizadores" dos dias de hoje?

Entretanto:

As Novas Aventuras do Menino Nicolas

Bateu com a porta de casa nas suas costas. Uma brisa dantesca aromatizava os céus de Copenhaga. Nicolas, de óculos escuros e barrete, fechou os olhos e decidiu ser abraçado pela frescura das ventanias. Os restinhos de sémen de Ryan que ainda se alojavam no canto direito da boca não resistiram aos "ventos ciclópicos". Menino Nicolas começou a andar. Levitava com a sua graciocidade, mais parecendo que se deslocava em super-slow motion. Constatou-se, mais tarde, que sim, era mesmo em super-slow motion. Imune ás pressas quotidianas, planando acima das demais pessoazinhas, incapazes de se moverem em super slow-motion e de terem os Chromatics como banda-sonora pessoal. O seu rosto destilava uma épica concentração, um espectro de tensão em permanente busca por donzelas loirinhas, bonitas e inocentes em apuros, vítimas dos maus do mundo. Nicolas via tudo em bonitas cores garridas, altíssimo alto-contraste, puríssimos raios gama. A mercearia era já ali. Entrou, com os Chromatics ao seu lado. Impassível, agarrou no cestinho e começou à procura das verduras para o seu amante, já que ele dispensava o humano esforço de se alimentar, coisa própria de seres inferiores. Que seriedade a escolher os espinafres. Que apuradíssima lentidão a amassar os melões. Que coolness a enfiar duas cenouras na boca. Meninas loirinhas, bonitas e inocentes pasmavam de gratidão perante tamanha beleza, e algumas não resistiam ao poder das lágrimas. Menino Nicolas, com as cenouras na boca, logo se prontificava em ajudar as mais necessitadas, com os Chromatics a soarem cada vez mais alto. Senhoras mais velhas também muito agradadas ficavam com tal espectáculo, para raiva dos seus esposos que ali se encontravam, a roerem-se de inveja por se moverem a uma velocidade normal e de terem o Bon Iver como banda-sonora privativa. Nicolas, sem esboçar gestos ou falar (coisas de humanos), dali saiu, com as cenouras na boca, e regressou a casa, com fades para branco e muito luminosos a fazerem-no avançar mais rápido em direcção dos seus aposentos. Ali entrado, estava Ryan, espantoso de gravidade, de uma rigidez e grossuras de alma jamais vistas, e que disse, para lágrimas de emoção de quem mais tarde soube destes acontecimentos, tais proféticas palavras:

- Agora tira as cenouras da boca e anda cá ao papá.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

presuntos. gajas.

Gosta do José Sócrates?
Quem é? Não o conheço.
- Mas gosta de Pedro Santana Lopes?
- É um ‘bom vivant’. Não deixou obra nenhuma, mas sabe viver. Andava nas discotecas e estes gajos – o pequeno, o gajo que é quase anão – fez-lhe a folha. O Santana é um senhor. Gosta das noites. E bebe o seu copinho. Eu deixei de beber há uma semana. Ao almoço bebia vinho – tinto, pois está claro. Quando se fala em vinho fala-se em tinto.
- João Soares, quando era presidente da Câmara Municipal de Lisboa, fez-lhe uma visita e trouxe-lhe umas garrafas de tinto.
- E que belo tintol! Apareceu no Natal, com um funcionário. Trouxe-me vinho, um belo presunto e livros. Vinha com a ideia maluca de eu fazer um artigo sobre o governador do Costa do Castelo. -O País reconhece as pessoas?
- Não podemos falar de um só País. De Lisboa ao Porto existem dois países ou, talvez, existam quatro países em Portugal. Por exemplo, o Mário Soares, quando era Presidente da República, deu-me 650 contos. Uma vez, no Chiado pedi-lhe 20 paus emprestados. E ele deu-mos. Este presidente, o actual, que tem aquela cara, não me deu nada.

....e uma cena com duas irmãs.

Não gostamos de ingleses? Acusações mesquinhas, grosseiras e inapropriadas


sentido de oportunidade


Uma das mais belas imagens do ano, e não necessariamente apenas as cinematográficas. Tão bela que será cabeça de cartaz no nosso cabeçalho até ao próximo Domingo, altura em que regressará o gosto do sak..., perdão, da cerveja. Que em G.I. Joe: Retaliation Londres seja a única cidade vítima de um ataque nuclear só demonstra o inatacável bom gosto dos produtores. Que, no final do filme, o mundo se esteja epicamente a marimbar para o colapso da capital inglesa, vem reforçar a sublime consciência dos produtores. Que o míssil que desce dos céus rebente precisamente em cima da "zona turística", alegra-nos o coração e dá-nos vontade de distribuir milhares de beijinhos pelos produtores e produtoras. Mas como nem tudo é perfeito, o sentido de timing do rebentamento deveria ter sido alterado para, hum, sei lá ,hum...talvez para Segunda-feira passada aí pelas vinte horas e pouco, quando os meus olhos viram, em directo, o caçador Tavares ser interrompido pela Clara de Sousa para anunciar, em directo e com muita fanfarra, o nascimento de um filho de uma puta qualquer de uma família qualquer de parasitas. Como teria sido bonito e digno, enfim, de também um directo da Clara de Sousa. E com muita fanfarra. Quanto ao filme, na categoria "dois quilos de tremoços, um litro e meio de cerveja, arrotos, e tirar macacos do nariz"- pomposamente rebaptizada, nos EUA, por "vulgar auteurism"- cumpre perfeitamente os seus desígnios: entreter sem consequências e esquecer logo de seguida. À excepção de um plano, claro.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Aconteceu no outro dia...

Jorge Barreto Xavier telefona a Pedro Passos Coelho.

PPC: Tou, tou!

JBX: Pêpê, sou eu, o Xavi. Pêpê, Pêpê, aqueles malucos da Cinemateca continuam a programar sem ciclos, pá. Não tenho mão naquela malta, pá.

PPC: Tem calma, Xavi. Esses gajos... Vou ligar ao Horácio a ver que se pode fazer.

JBX: Ai é, ao Horácio? Tem piada, ele, é um artista de que gosto.

PPC: Não é esse, ó Xavi, foda-se, por isso é que eu não quero Ministros da Cultura... O Horácio do SIS, pá.

JBX: Ah... Mas olha, espera aí. Não é só isso. O Pedro Costa ganhou outro subsídio do ICA, pá. O gajo é maluco! É preciso cuidado com o gajo.

PPC: Pedro Costa? Também lhe falo desse assunto, então. Depois apito. Vá, fica... como é que dizes que se chama o gajo?

JBX: Pedro Costa.

PPC: Pedro Costa. Vá, porta-te mal.

Pedro Passos Coelho desliga e imediatamente liga para Horácio Pinto.

HP: Sim, sim?

PPC: Horácio, pá, é o Pêpê.

HP: Olhó Pêpê, vai ou não vai?

PPC: Mais ou menos, pá. Ligou-me o Xavi agora, todo preocupado.

HP: O Xavi? Mas tu falas com o Xavi? Granda cena.

PPC: Então não falo, pá? Por mim não falava, mas tem que ser, pá. O gajo anda descontente e preocupado.

HP: O Xavi, descontente? É sempre titular, o gajo, pá. Descontente porquê?

PPC: Foda-se, olha outro, só me saem é duques. Não é esse, pá, o Xavi da Cultura, man, Jorge Barreto Xavier.

HP: Ah, foda-se. Estava a anhar, ó Pêpê. Caga. Então, deixa-me adivinhar, não tem mão naqueles malucos do cinema?

PPC: É isso mesmo, pá. Epá, andas a trabalhar bem. Diz que aquilo não há ciclos na Cinemateca.

HP: Caga nesses gajos, Pêpê. Tou-te a dizer. Isso é malta que coiso, pá, deixa-os lá.

PPC: É na boa?

HP: Na boa, man, confia em mim. Isso... coiso.

PPC: Mas olha, não é só isso. O gajo estava todo borrado que há aí um gajo maluco que ganhou um subsídio do IPACA. Jorge Costa me parece.

HP: Jorge Costa? Não tou a ver, pá. Foda-se... Ó Pêpê, agora és tu que estás a anhar. Pedro Costa, pá.

PPC: Isso, Pedro Costa, foda-se.

HP: Ai esse maluco ganhou subsídio. Esse gajo é maluco, pá, com subsídio, sem subsídio, sempre a filmar esse cabrão. Esse gajo é perigoso. Mas aqui a malta já o topou há muito. Tenho lá malta camuflada. Olha, vou ligar para lá e já apito.

PPC: Mas apita mesmo. Não me falhes, Horácio.

HP: Então, mas quando é que te falhei, man? Tu também. Vá...

Horácio Pinto desliga e imediatamente liga para Vanda Duarte.

VD: Moshi, moshi?

HP: Hã?

VD: Hã? Tou?

HP: Tou, man, Vanda?

VD: Sim, quem fala?

HP: É o Horácio. Que é aquilo? Maxa, maxa? Man?

VD: Ei, pá, já só me ligam gajos do Japão, já estou a ficar maluca. Mas diz lá, rápido, que tenho a miúda ali agarrada à cara do Sumpta.

HP: Ouvi dizer que o Costa ganhou subsídio, confirmas?

VD: Sei lá, ó caralho, esse gajo é maluco. Com subsídio, sem subsído, sempre a filmar esse cabrão, não me larga da mão.

HP: O Pêpê não curte do gajo. Que pensas fazer, miúda?

VD: Sei lá, pá. Farto destes gajos, pá. Costas, japoneses...

HP: Tens que te aguentar, man. Mas olha, não consegues boicotar essa merda?

VD: Boicotar como, pá? O gajo é maluco.

HP: Não sei, pá, não lhe compres mais cassetes, man. Uma cena assim.

VD: Ei, ó Horácio, tu não estás a par da época, meu. Cassetes? Quais cassetes, pá, agora é tudo no computador, ficheiros e o camandro.

HP: Fonix, também já deram cabo das cassetes? Fodem as bobines, fodem as cassestes, esta malta do cinema também é maluca, man.

VD: Não é a malta do cinema que fode, ó Horácio, então. Não vês que é por causa dos... epá, caga, não vale a pena, já tivemos esta conversa duas vezes, pá. Diz lá ao Pêpê para estar tranquilo, pronto. Epá, tenho que ir ver da miúda, o outro não se aguenta. Vá, hasta.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

um campónio na cidade


Os anos vividos na capital calejaram o espírito e treinaram a libido. Após os choques iniciais e um variado catálogo de deslumbramentos (mamã! Há carroças do diabo que andam muito depressa! Mamã, vi mulheres sem bigode!), a rotina foi diminuindo a surpresa de ver as tentações a cada esquina. Muito ajudava o tempo de vacas gordas e mamudas, com fodinhas regulares a acalmar o aparecimento de Belzebu. E agora, de volta aos bigodes e ás raves rurais onde as meninas se vestem como se fossem para um baptizado respeitável, cada ida à cidade é uma sucessão de práticas problemáticas. Calções curtos e tetas a sair do decote, calor, bocas de broche, cuecas saídas das calças, bicos das mamas a notarem-se nos tops, João César das Neves no Chiado, toda uma parafernália de me pôr a rezar por São Daney. Pergunta-se a alguém que vive no coração da luxúria como se aguenta isto todos os santos dias. "Não se aguenta". Rezemos, pois então.

Francesca Ruth Fisher-Eastwood. Recordar é viver



Hoje e há quinze anos. Nesse assombro luminoso chamado True Crime.

antes de me ir deitar agarrado ao meu ursinho Malick


A melhor banda-sonora da "história do cinema"

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Nemanja Matic por Louis Malle








entretanto

do tempo em que o El Corte Inglés de Vigo era uma quimera lusitana


E à 48º visão encontram-se sempre novas surpresas. Pois só agora o meu preguiçoso ouvido conseguiu descortinar que é o António Macedo que relata o Sporting-Benfica (ou vice-versa) que o caríssimo João de Deus  ouve inebriado na cama, com a sua cara tapada pelo móvel. Mais sucessos: na cena do snooker com o Fernando Lopes a dar umas tacadas, conversa-se sobre a ida do Carlos Manuel para o Sion. Ora, segundo os meus arquivos, isto foi em Dezembro de 1987 ou Janeiro de 88. Como o incêndio do Chiado só aconteceu mais de meio ano depois, fica a pergunta: que andou João de Deus a fazer durante o restante "período de tempo"?

domingo, 14 de julho de 2013

cinco cousas boas



2- Uma das melhores mamadas da "história do cinema". Quase pede meças à da Gina Gershon no Killer Joe

3- Um dos melhores videoclips dos últimos anos, ao som da melhor canção de sempre

4- Quatro prostitutas ainda relativamente frescas

5- Rever os quatro pontos anteriores

O ponto 3 , sobretudo, está quase no limiar de nos fazer esquecer um dos mais repugnantes filmes moralistas  e hipócritas dos últimos tempos. Também tens problemas de consciência quando estás a enfiar o caralho no meio das tetas da tua esposa, ó Harmony? 

adenda: sem laivos de fingimentos e retracção moral, consultar Girls Gone Wild

top ten do ano











"no limite, uma obra onde a filosofia corporal exibe a sua própria dimensão narrativa, imune a meras representações de videojogos"


Parafraseando um grande amigo de Miguel Gomes, foca... desfoca... fode... desfode...

"vulgar auteurism"


Na peida, Brody. Na peida.

minha nossa senhora do céu


a pedido de nenhuma família

Muita curiosidade girava à volta da estreia de "A Religiosa Portuguesa" de Eugène Green, talvez devido à atávica mania lusitana de que os nossos mitos e paisagens interiores ganham novas dimensões quando percepcionadas de fora. Foi assim com "A Cidade Branca" de Alain Tanner, com "Lisbon Story" de Wim Wenders, com os romances de António Tabucchi (e respectivas adaptações cinematográficas), para nomear apenas uns poucos exemplos.
Ora, desta vez a montanha pariu um minúsculo rato: uma sequência descontrolada de bilhetes-postais ilustrados de Lisboa, sem tom nem som, presos a um fascínio aleatório da imagem, mas esvaziados de formas, jogados como estereótipos para cima da tela. A estratégia de um cinema auto-reflexivo, embora pareça acrescentar mais-valias, possui riscos graves, capazes de desencadear um perverso mecanismo de distanciamento destrutivo: a ideia de transpor a história da suposta freira de Beja, Sóror Mariana Alcoforado, ficcionada por um exotismo francês do século XVII, para um processo de filmagens na Lisboa moderna, com actores que macaqueiam os estados de alma (e os seus próprios problemas metafísicos e outros de relevância contemporânea) das personagens, revela-se de uma inutilidade confrangedora e encaixa num patético sonambulismo que pouco acrescenta seja ao que for. Uma actriz luso-francesa, como convém (Mónica Baldaque, em registo de zombie, como se quisesse citar Oliveira e o mundo oliveiriano se reduzisse àquele olhar oco para a câmara), chega à Albergaria da Senhora do Monte, visivelmente escolhida para iniciar um catálogo de miradouros sobre a cidade, debita sem convicção nem tom, de olhos esbugalhados, os mais inacreditáveis diálogos de que nos recordamos e prepara-se para rodar, sob a batuta de um realizador internacional (Eugène Green, ele próprio), uma versão congelada dos amores descabelados da religiosa do título.
Por aqui, não viria grande mal ao mundo, nem pelo facto de Lisboa não funcionar como o lugar histórico ideal, nem pelo travesti descontextualizado de um barroco de pacotilha, uma vez que o texto original se reveste de características obviamente mistificadoras. O caldo começa a entornar-se quando as ideias feitas de uma Lisboa turística, composta de luzinhas tremeluzentes e da acumulação de monumentos a granel (das ruínas do convento do Carmo à Torre de Belém, da Alfama das escadinhas de Santo Estêvão à ermida da Senhora do Monte) descamba para a fancaria de um imaginário possidónio de guia para deslumbrado visitante francês (ou de qualquer outra origem, tanto faz), deambulando sem Norte (nem Sul) por painéis de azulejos (por acaso quase todos do século XVIII), que servem de fundo a telediscos de Fados - o fado podia lá faltar nesta concepção de um Portugal folclórico - cantados por Camané e Aldina Duarte, o melhor do filme, embora com função decorativa.
Não contente com tal disparate acumulativo, "A Religiosa Portuguesa" não resiste a inscrever na ficção dentro da ficção (dentro da ficção) um Duque (ou é Conde?) de Viseu, suicidário, entregue a Diogo Dória (irónico ou a levar-se a sério?) que se diz originário de um romance russo (dá para acreditar?), pretexto para invocar os fantasmas do 25 de Abril (claro que o 25 de Abril não podia faltar), de olho em alvo e habitando um palácio, também ele fantasmático à luz de velas. Mas, se julgam que os amorosos romances reflectores da actriz-freira se ficam por aqui, desenganem-se, pois o melhor está para vir: envolve-se, como também é de cartilha, com o actor francês com quem contracena, feliz no casamento mas a precisar de estímulos sexuais, e descobre numa discoteca um jovem de impecável cachecol branco que toma pela reencarnação de D. Sebastião (claro que faltava o D. Sebastião!), "tornado heterossexual" por séculos de espera, voltando a encontrá-lo por acaso em Alfama, quando faz as "démarches" para adoptar o rapazinho órfão que encontrara num dos primeiros planos do filme. Este episódio proletário serve ainda para expor uma das maiores actrizes do cinema português, Beatriz Batarda, brilhante como sempre, numa rábula inconsequente, e para mostrar os azulejos da interior da casa, caricatura (haverá alguma coisa no filme que não funcione em registo de caricatura?) dos azulejos barrocos das capelas e das sequências fadistas, numa das quais desfila a equipa de produção, como convém à auto-reflexividade dominante.
Mas não é tudo: no interior da capela, passa as noites uma misteriosa freira (pobre Ana Moreira, outra das remissões para o cinema português que se pretende "homenagear"?), uma espécie de duplo da protagonista, com a qual ela troca mais alguns dos imperdíveis diálogos de recorte metafísico, não escapando nem sequer referências aos êxtases místicos de Santa Teresa de Ávila e às várias componentes do amor.
Para o final, fica o mais inacreditável dos planos do filme, aquele em que ondulam ao vento as bandeiras do Benfica e do Sporting e não resistimos a lembrar a frase feita, apropriada a um filme todo feito de clichés: "O vinho é que induca, o fado é que instrói e quem não é do Benfica (ou do Sporting, para o caso) não é bom chefe de família".
E fica-nos a dúvida ingente: trata-se de uma comédia voluntária, um irrisório, "chunga", quase insultuoso, olhar sobre a portugalidade, ou comédia involuntária, a força de tanto se querer homenagear o cinema português? 

Mário Jorge Torres

THE KARATE KID 1983 FIRST AUDITION DANIEL & ALI

sexta-feira, 5 de julho de 2013

trezentos Crimsons Kimonos



esperamos continuar com o funcionamento irregular deste blogo, nomeadamente com "críticas" a Spring Breakers, a um texto do idiota do Brody e à chegada dos norte-coreanos ao cinema de Hollywood.

Body Double 2


Mulherio no chuveiro? Sim
Morena/Loura? Sim
Máscaras físicas e metafóricas? Sim
Split-Screens? Sim
Voyeurs? Sim
Pino Donaggio? Sim
Planos oblíquos? Sim
Sonhos dentro de sonhos dentro de sonhos? Sim
"Mentira das imagens"? Sim
Rachel McAdams brochista? Sim
Uso e abuso de dispositivos de imagem (agora reforçados com Skype e quejandos)? Sim
Manipulação de expectativas do espectador, ao ponto de lhe cagar e cuspir em cima? Sim
Interpretações à beira da apoplexia paródica? Sim
Rachel McAdams putéfia? Sim
Glorioso? Sim

O resumo de toda uma carreira. Num filme mais leve que as meias aderentes da Rachel McAdams. Que, contudo, mostra mais as maminhas no filme do fofinho Malick do que no mestre do deboche. Mamã, pó natali quero um ursinho Malick de peluchi!


FCP tetracampeão


Jorge Jesus