quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
O grande adversário do FCP para sexta-feira:
Se o medíocre terceiro classificado ganhar no Dragão, só me resta uma de duas coisas: ou vergastar-me durante uma hora com umas grossas cordas de barco de Arte Xávega, ou então, ver o último filme (em "austero preto e branco", esperamos) do Garrel.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
"Este filme não é apenas um filme. É uma obra que capta o zeitgeist de uma época, a sua aura, as suas atribulações. Por isso, deixemos de lado o cinema e concentremo-nos no que nos diz sobre os dias de hoje".
O "Wonder Woman" era um "bom filme" da Marvel porque a heroína era uma mulher. O "Black Panther" é um "bom filme" da Marvel porque o herói é um negro. Agora falta aquele filme da Marvel que é "bom" porque o herói é um idoso transexual que vive num lar e que tem uma filha adoptiva que no seu quarto tem posters do "do Che", da Catarina Eufémia, da Nicole Brenez, e do Cohn-Bandit. Filha essa que está em coma no hospital porque teve um desfalecimento súbito depois de ter sido assediada na rua por um homem sem escrúpulos, que lhe dirigiu um repugnante "Bom dia!". O idoso transexual irá assim vingar a filha adoptiva, e terá como coadjuvantes uma das raparigas das Pussy Riot, um cão-atómico sem sexo e um estudante da Sorbonne. Cameos de Boaventura de Sousa Santos, Noam Chomksy e Paul Krugman.
Por falar em Cohn-Bandit:
Uma das grandes peças de comédia do século XX.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
"phantasmagoric fantasia".
This delusional freak show is two hours of pretentious twaddle that
tackles religion, paranoia, lust, rebellion, and a thirst for blood in a
circus of grotesque debauchery to prove that being a woman requires
emotional sacrifice and physical agony at the cost of everything else in
life, including life itself. That may or may not be what Aronofsky had
in mind, but it comes as close to a logical interpretation as any of the
other lunk-headed ideas I’ve read or heard. The reviews, in which a
group of equally pretentious critics frustratingly search for a deeper
meaning, are even nuttier than the film itself. Using descriptions like
“hermeneutic structure,” “phantasmagoric fantasia,” “cinematic Rorsach
test” and “extended scream of existential rage,” they sure know how to
leave you laughing.
Um dos grandes méritos dos péssimos filmes (como este mother! e todos os restantes do Aronofsky, á excepção do The Wrestler, mas aí ele foi mero hired man e não teve caminho livre para as suas diarreias formais- a Jennifer Lawrence ainda não o processou por assédio audiovisual? Não me lembro da última vez que vi uma actriz a ser tão violada por uma câmara) é o facto de serem gostoso combustível para as mais hilariantes críticas de cinema. Sobretudo se eles vierem com laços "matafóricos" e "simbólicos" como instrumentos de caução.
Substituir "blacks" por "women".
Reducing the image and the work of blacks in American movies limits
how readers observe black achievement in cinema (and in America) to a
diurnal diet of predictable attitudes: blacks are seen as curiosities,
as subjects bound by society’s limit, as intellectual cannon fodder. The
Times’ list is so full of patronizing liberal whoppers that it demands
an informed response, one that’s not from on high or hiding its
authoritarianism behind liberal good intentions.
Read more at: http://www.nationalreview.com/article/456119/black-history-month-new-york-times-film-list-needs-course-correction.
Read more at: http://www.nationalreview.com/article/456119/black-history-month-new-york-times-film-list-needs-course-correction.
Armond White: há trinta anos a enrabar liberais. Nalguns casos, cremos que literalmente.
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018
Ao mesmo tempo que entrava no edifício da
piscina, saíam três senhoras. Segurei a porta, permitindo-lhes sair, antes de
eu entrar. As três senhoras, já com alguma idade, comentavam a situação
enquanto saíam. “Que cavalheiro”, disse a primeira. “Ai que cavalheiro”, exclamou
a segunda. “Um cavalheiro à antiga”, rematou a terceira. Fiquei sem perceber se eram elogios ou reprimendas.
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