(Mais) um filme de dor de corno e voyeurismo disfarçado de ensaio sobre a utilidade e "Moral das Imagens".
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Maio de 1997
The Doom Generation, "o pior filme da década de noventa", "Jules et Jim em versão dude", traz-nos doces lembranças de épica punhetagem à custa dos encantos labiais e mamários da Rose McGowan, aqui mais meretriz do que nunca. Os outros encantos, os cinematográficos, passaram-nos então ao lado, sendo agora (re) descobertos uma vintena de anos depois, não se sabendo se por justa apreciação dos devidos méritos do filme se por qualquer rançosa e reacionária associação nostálgica da obra de Araki aos bons velhos tempos de cabelos compridos, camisolas de flanela e do rabo da Cátia, hoje casada e com dois filhos, Deus a tenha. Em 2014, o espirito é sossegado com a inexistência de "história", de personagens, de diálogos, de qualquer tipo de moral e ética, apenas e só hedonismo a levar tudo a eito; mais um exemplar do "cinema-biológico": foder, comer e matar, que apenas se serve do pretexto de "retrato da Geração X" para levar os seus propósitos adiante. Portanto, menos domesticável e muito mais melancólico que o Kids da mesma época. Assim sim: jovens sem qualquer tipo de idealismo e rumo é que é preciso. Faz double-bill com o Core, dos Stone Temple Pilots.
mais dois excelentes filmes com cornudos
Obsession (1949), Edward Dmytryk
The Dark Corner (1946), Henry Hathaway
as enviadas do Demo para atazanarem a boa consciência masculina:
sexta-feira, 25 de abril de 2014
25 de Abril (2)
Por mais que não fosse, bastaria este duelo para o 25 de Abril (ou "o 25 de Abril", como escreve o Dr. Vasco Pulido Valente) ter valido a pena. O maior debate político da história, e claramente o melhor momento na história da televisão portuguesa.
domingo, 20 de abril de 2014
sexta-feira, 18 de abril de 2014
quarta-feira, 16 de abril de 2014
intermezzo
momento do nascimento do filho da puta que "joga" no FCP com a camisola 7
equipa de futebol do FCP entra em campo
troca de conversa entre Wes Anderson e Defour
Conselho de Admnistracção do FCP tem uma ideia
Assistir a um jogo do FCP, ver um filme do Wes Anderson, ouvir uma entrevista do Spike Jonze, ler a La Furia Umana, não ter bagaço em casa
sábado, 12 de abril de 2014
a Nova Hollywood foi, de facto, muito importante
"Na sua icónica obra Easy Riders, Raging Bulls, Peter Biskind..."
Vasco Câmara, um dia destes. Até se poderia fazer um marcador electrónico a contar os dias até à próxima menção da "icónica obra" pelo Vasco. Assim como faz o Rui Santos. E depois fazia-se outro a marcar os dias que faltariam para este blogo mencionar Vasco e Biskind.
"já para não falar de que há cada vez menos filmes com cigarette burns..."
O reacionarismo arnheimiano contra o "som-belzebú" só irá ter paralelo quando daqui a uns oitenta anos os meninos e meninas cinéfilo(a)s de então estiverem a ler o que se escreve hoje sobre as "pequenas câmaras" e o "6d" e a "projecção numa sala de cinema em que, veja-se bem, até as cadeiras são confortáveis. Crime!". Cona da tia, então.
conversas em família
Antes de Badlands ou Natural Born Killers, houve The Sadist- cujo título logo nos encanta com mil promessas de coisas lindas-, a primeira obra cinematográfica sobre a dupla de assassinos Charles Starkwater e sua pita fodível, Caril Ann Gate, que nos finais de cinquentas andava a estourar corpos pelo Nebraska, etc. Como o Natural Born Killers é um filme de uma pessoa temporariamente possuída por qualquer atrofia mental, escreve-se, então, que se prefere a pobre e suja aspereza do filme de James Landis ao romantismo ecoreligioso de Malick, embora gostemos de Badlands e acrescentamos que um segundo de Badlands é mais valioso que toda a porcaria à lá músicas dos Enigma dos anos noventa que o eremita anda a fazer de há tempos a esta parte. The Sadist é uma Série B com bastante sofisticação; apesar de ter custado dois contos e quinhentos, os movimentos de câmara rijamente calculados, o uso de grandes angulares e a fotografia "a torrar ao sol" de um "amador" Vilmos Zsigmond cagam de alto para tais constrangimentos. Em tempo real e praticamente centrado num único espaço, os ossos vão tornando-se cada vez mais tensos com o que vemos em espaço tão concentracionário, desejosos que estamos de ver o nosso casal limpar tudo à frente. Há momentos comoventes, como quando o nosso herói aponta uma pistola a uma das meninas-vítimas e a obriga a afirmar palavras que não são verdade, enquanto lhe puxa a blusa para baixo. Mais interessante será verificar que estes dois eram...primos na "vida real". Cinema sempre.
Quim Leitão
Ontem lá fomos filmar - somos três, como de costume-, e chegámos ao bairro, fomos à escolinha, queríamos filmar com uma miúda, e a professora perguntou “então, onde é que está a equipa?” e eu disse-lhe “somos nós os três” e ela ficou muito espantada, “ No ano passado apareceu aqui o Quim Leitão e trouxe 10 camiões...”
Imediatamente me trouxe à memória o saudoso final de verão de 1995, quando na sala de cinema da terreola eu e restantes peasants assistíamos à invasão da Reserva Federal Norte-Americana pelo Jeremy Irons e restante capangas europeus.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
It was twelve o'clock. Outside the street lights had already been turned off, so that the light from the café made a sharp, yellow rectangle on the sidewalk. The street was deserted, but inside the café there were half a dozen customers drinking beer or Santa Lucia wine or whisky.
The Heart is a Lonely Hunter, Carson McCullers, 1940
The Heart is a Lonely Hunter, Carson McCullers, 1940
terça-feira, 1 de abril de 2014
"Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas"- Gênesis 1:4
Graças ao Bom Senhor que os dejectos do tenebroso Dogma95 não espalharam os seus "realistas" tentáculos pelo mundo. Pior ainda se tais pedaços de cócó tivessem sido a norma na "História do Cinema". Agradecimentos aos DP Franz Planer e Andrew Laszlo e a todos os electricistas envolvidos, trabalhadores que enquanto fora do seu ofício apenas "sabem falar do Benfica e gajas".
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