quarta-feira, 30 de abril de 2014

1967


(Mais) um filme de dor de corno e voyeurismo disfarçado de ensaio sobre a utilidade e "Moral das Imagens". 

Napalm e seu humor juvenil


tive que ir lavar os olhos e a alma depois de ver o The Congress

vídeos ao calhas



Maio de 1997


The Doom Generation, "o pior filme da década de noventa", "Jules et Jim em versão dude", traz-nos doces lembranças de épica punhetagem à custa dos encantos labiais e mamários da Rose McGowan, aqui mais meretriz do que nunca. Os outros encantos, os cinematográficos, passaram-nos então ao lado, sendo agora (re) descobertos uma vintena de anos depois, não se sabendo se por justa apreciação dos devidos méritos do filme se por qualquer rançosa e reacionária associação nostálgica da obra de Araki aos bons velhos tempos de cabelos compridos, camisolas de flanela e do rabo da Cátia, hoje casada e com dois filhos, Deus a tenha. Em 2014, o espirito é sossegado com a inexistência de "história", de personagens, de diálogos, de qualquer tipo de moral e ética, apenas e só hedonismo a levar tudo a eito; mais um exemplar do "cinema-biológico": foder, comer e matar, que apenas se serve do pretexto de "retrato da Geração X" para levar os seus propósitos adiante. Portanto, menos domesticável e muito mais melancólico que o Kids da mesma época. Assim sim: jovens sem qualquer tipo de idealismo e rumo é que é preciso. Faz double-bill com o Core, dos Stone Temple Pilots.

mais dois excelentes filmes com cornudos



Obsession (1949), Edward Dmytryk
The Dark Corner (1946), Henry Hathaway

as enviadas do Demo para atazanarem a boa consciência masculina:



quarta-feira, 16 de abril de 2014

intermezzo


momento do nascimento do filho da puta que "joga" no FCP com a camisola 7


equipa de futebol do FCP entra em campo


troca de conversa entre Wes Anderson e Defour


Conselho de Admnistracção do FCP tem uma ideia


Assistir a um jogo do FCP, ver um filme do Wes Anderson, ouvir uma entrevista do Spike Jonze, ler a La Furia Umana, não ter bagaço em casa

sábado, 12 de abril de 2014

a Nova Hollywood foi, de facto, muito importante


"Na sua icónica obra Easy Riders, Raging Bulls, Peter Biskind..."

Vasco Câmara, um dia destes. Até se poderia fazer um marcador electrónico a contar os dias até à próxima menção da "icónica obra" pelo Vasco. Assim como faz o Rui Santos. E depois fazia-se outro a marcar os dias que faltariam para este blogo mencionar Vasco e Biskind. 



"já para não falar de que há cada vez menos filmes com cigarette burns..."




O reacionarismo arnheimiano contra o "som-belzebú" só irá ter paralelo quando daqui a uns oitenta anos os meninos e meninas cinéfilo(a)s de então estiverem a ler o que se escreve hoje sobre as "pequenas câmaras" e o "6d" e a "projecção numa sala de cinema em que, veja-se bem, até as cadeiras são confortáveis. Crime!". Cona da tia, então. 

a "magia do cinema"- secção 73, volume 4



conversas em família


Antes de Badlands ou Natural Born Killers, houve The Sadist- cujo título logo nos encanta com mil promessas de coisas lindas-, a primeira obra cinematográfica sobre a dupla de assassinos Charles Starkwater e sua pita fodível, Caril Ann Gate, que nos finais de cinquentas andava a estourar corpos pelo Nebraska, etc. Como o Natural Born Killers é um filme de uma pessoa temporariamente possuída por qualquer atrofia mental, escreve-se, então, que se prefere a pobre e suja aspereza do filme de James Landis ao romantismo ecoreligioso de Malick, embora gostemos de Badlands e acrescentamos que um segundo de Badlands é mais valioso que toda a porcaria à lá músicas dos Enigma dos anos noventa que o eremita anda a fazer de há tempos a esta parte. The Sadist é uma Série B com bastante sofisticação; apesar de ter custado dois contos e quinhentos, os movimentos de câmara rijamente calculados, o uso de grandes angulares e a fotografia "a torrar ao sol" de um "amador" Vilmos Zsigmond cagam de alto para tais constrangimentos. Em tempo real e praticamente centrado num único espaço, os ossos vão tornando-se cada vez mais tensos com o que vemos em espaço tão concentracionário, desejosos que estamos de ver o nosso casal  limpar tudo à frente. Há momentos comoventes, como quando o nosso herói aponta uma pistola a uma das meninas-vítimas e a obriga a afirmar palavras que não são verdade, enquanto lhe puxa a blusa para baixo. Mais interessante será verificar que estes dois eram...primos na "vida real". Cinema sempre. 

....there's only Louise Brooks!



It was clever of Pabst to know even before he met me that i possessed the tramp essence of Lulu.

Quim Leitão

Ontem lá fomos filmar - somos três, como de costume-, e chegámos ao bairro, fomos à escolinha, queríamos filmar com uma miúda, e a professora perguntou “então, onde é que está a equipa?” e eu disse-lhe “somos nós os três” e ela ficou muito espantada, “ No ano passado apareceu aqui o Quim Leitão e trouxe 10 camiões...”

Imediatamente me trouxe à memória o saudoso final de verão de 1995, quando na sala de cinema da terreola eu e restantes peasants assistíamos à invasão da Reserva Federal Norte-Americana pelo Jeremy Irons e restante capangas europeus.



quinta-feira, 3 de abril de 2014

It was twelve o'clock. Outside the street lights had already been turned off, so that the light from the café made a sharp, yellow rectangle on the sidewalk. The street was deserted, but inside the café there were half a dozen customers drinking beer or Santa Lucia wine or whisky.

The Heart is a Lonely Hunter, Carson McCullers, 1940


Nighthawks, Edward Hopper, 1942

terça-feira, 1 de abril de 2014

"Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas"- Gênesis 1:4



Graças ao Bom Senhor que os dejectos do tenebroso Dogma95 não espalharam os seus "realistas" tentáculos pelo mundo. Pior ainda se tais pedaços de cócó tivessem sido a norma na "História do Cinema". Agradecimentos aos DP Franz Planer e Andrew Laszlo e a todos os electricistas envolvidos, trabalhadores que enquanto fora do seu ofício apenas "sabem falar do Benfica e gajas".