terça-feira, 31 de dezembro de 2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
"senhora procura cavalheiro. Discreto e galante"
Imaginamos já António Calvário ou grandioso Marco Paulo a deixarem para trás das costas as suas febris orações e a enveredarem por frutuosa carreira de maestros e, por qualquer pepino do destino, a serem os operários fabris das bandas sonoras de Argento e de Palma. E depois, nos noticiários (sem mencionarem vez que seja o nome do realizador), os apresentadores, muito orgulhosos, a dizerem para toda a metrópole e províncias ultramarinas: "além de Eduardo Serra, também Marco Paulo foi nomeado para a categoria...", e depois, uns segundos depois, a acrescentarem, já quase a explodir de alegria, "vamos saber o eco desta notícia na imprensa internacional, mormente no El País". Main theme de munta de Palma:
Top 11 de 2013
1ª
Setsuko Hara, Tokyo Story
2ª
Amber Heard, Machette Kills
3ª
Emma Watson, The Bling Ring
4º
Léa Seydoux, L' Enfant d'en haut
5ª
Bérénice Bejo, Le Passé
6ª
Hadas Yaron, Noiva Prometida
7ª
Alexa Vega, Machette Kills
8ª
Megan Fox, This is 40
9ª
Noomi Rapace & Rachel McAdams, Passion
10ª
Rachel Weisz, The Deep Blue Sea
11ª
Olga Kurylenko, Oblivion
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Post de Natal (o cinema)
Quem mais? José Lopes Pereira.
"Este canal desapareceu."
Eu olho e vejo que se trata do TCM.
"Desapareceu. Não percebia nada, mas gostava de ver,"
"Este canal desapareceu."
Eu olho e vejo que se trata do TCM.
"Desapareceu. Não percebia nada, mas gostava de ver,"
domingo, 22 de dezembro de 2013
só dá Argento (10,11 & 12 de não sei quantos)
"Miserável". "Catastrófico". "Um dos piores filmes de todos os tempos". "Rosenbaum num comício do PCTP/MRPP". Não foram poucas as aleivosias e as injúrias de que foi alvo Il Fantasma dell' Opera (cujo subtítulo poderia ser "Adoro cús e mamas: sobretudo o e as da minha querida, querida filha. Humm"), a considerada ovelha negra na filmografia do homem, pelo menos até ao último Dracula3D, que também tem recebido insultos de vário calibre. Pela nossa parte, é com muito gosto que discordamos, e apraz-nos registar o gostoso prazer que foi ver este espectáculo de fealdade de grandes angulares, comédia grossa e trolhesca e cenas de sexo provenientes de um daqueles episódios softcore da Playboy que davam nas madrugadas da SIC nos anos 90, com velas e tudo. Julian Sands faz teatro, Dario faz travellings sobre o cu desnudado de Asia, e à excepção de três personagens, toda a espécie humana é neste filme um absoluto cancro prestes a ser ridicularizado, estando toda a simpatia guardada para umas mui lindas ratazanas de esgoto. Que se foda o "operático"; isto é uma gloriosa exacerbação do "mau gosto".
Ambientalismo fantasmagórico. Um ecrã a negro. Palavras em branco a desenharem-se no ecrã. E depois riffs repetitivos de uma guitarra atropelados por pianos e orgãos eclesiásticos: até quase chorámos de emoção, sabendo que os Goblin estavam de volta (depois das aventuras romanescas de Donaggio e do além com Morricone) . Este genérico inicial, juntamente com um travelling antológico sobre um tapete, são os únicos momentos que escapam ao sabor requentado de Non Ho Sonno, regresso ao giallo puro e duro, depois do "desastre" do filme anterior. Profondo Rosso e Tenebrae estendem as suas sombras por todo o lado, e se ficamos sempre contentes sempre que vemos qualquer filthy slim pervert a não conspurcar mais o mundo com as suas tentações, não deixa de ser verdade que isto é material que já foi dado com outra beleza nas obras-primas do mestre. E se um dos grandes prazeres nos filmes do senhor são as autênticas curtas-metragens em que se transforma cada homicídio, aqui tudo acaba depressa demais e sem muita imaginação. Não nos levem a mal: ainda assim é melhor que quinhentos Screams.
Il Cartaio, de 2004, mais parece um episódio de luxo de um CSI ou Investigação Criminal ou um desses estercos procedural que atolaram a tv na última década. Basicamente é como se enviassem um dos anónimos "fazedores de imagens" desses lixos para Itália e lhe dissessem assim:" Ouve, tenta manter o registo "audiovisual" desta merda que fazemos, mas tenta acrescentar umas pitadas do Dario Argento. Hum? Não sabes quem é? Quem? O Insidious?". É uma programação robótica e impessoal a que nem escapam as músicas de Simonetti, aqui cheias de filigrana electrónica (e o genérico parece que tenta emular o do Se7en mas como se fosse encenado por um invisual). O climax, com um potencial enorme de sui-generis, é tratado com a indiferença emotiva de um tarefeiro. Recusamo-nos a acreditar que Dario tenha participado nisto. Contudo, não nos levem a mal: sendo medíocre, Il Cartaio vale pelo menos seiscentos Insidious (1 e 2).
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
só dá Argento (9 de não sei quantos)
"A Cantiga é uma arma", assim cantava o camarada José Mário Branco em período pós PREC. Para o Dario Argento, além da cantiga, toda a arte era (é) uma ferramenta de arremesso: literatura, ópera, arquitectura, escultura, pintura, actividades artisticas para arenas de terror e crime. A "beleza" e o "sagrado" das Artes são coisas desmistificadas para o homem; "vocês, cantoras de ópera, são todas umas putas!", dizia o serial killer de Opera. Em La Sindrome di Stendhal são os frescos dos mestres renascentistas que surgem como o cimento para mais uma série de vilanias e para nova descida ás cavernas do subconsciente. Isto é Argento em profundo delírio, com pinturas a adquirirem vida, violações no limbo entre fantasia e realidade e personagens masculinas a variarem entre a idiotice e a insegurança emocional (estranho, para um "misógino"). A loucura vai longe de mais no último terço, com cabeleiras postiças e um twist concretizado com elevadas doses de patético; Dario a ser ainda mais de Palma (já estamos a imaginar um fresco de um mestre renascentista a simbolizar Argento e Brian a chuparem na teta da loba Alfreda) que o próprio. Mas acaba de forma memorável, com um plano que também ele poderia estar exposto nas Galerias Uffizi, com o nome: Pietá segundo São Dario.
Sabato #5678
Rivette, caindo de bêbado pelas ruas de Paris algures entre 1955 e 1959:
- Clouzot não tem uma visão do mundo.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
A chávena de café
sábado, 14 de dezembro de 2013
hermosas películas de los últimos años
Las Acacias, do Pablo Giogelli, vê o melodrama (devidamente sequinho) a entrar pelos territórios costumeiros de um Lisandro Alonso (corrupto! com o Mortensen!) com um sentido de economia de nos pasmar. Oitenta minutos de um "estudo de carácter" com o recurso a meia dúzia de palavras, uma sucessão de campos e contracampos num tractor e a arte imemorial nas histórias do cinema: a expressão facial, sobretudo o olhar. Tudo com a naturalidade das coisas simples. Os últimos minutos abarcam, possivelmente, todo o espectro de sentimentos humanos conhecidos pelos senhores médicos das emoções. E ainda por cima com actores, ó Serra. Por falar nisso, Serra, já foste hoje buscar ao baú a t shirt dos Rage Against the Machine?
Tomboy, também de 2011, de Céline Sciamma, faz do desejo de integração uma espiral de terror e manipulação emocional, o que é muito bom, pois gostamos de ser bem manipulados. Praticamente cada plano tem as agulhas do suspense e da tensão: a história da bomba hitchcokiana por baixo da mesa pode ser usada em qualquer género e assunto, benza-nos Deus Nosso Senhor. E todo este sangue a ferver imbuído em banalissimas situações quotidianas: Celine faz da expectativa de uma porta a ser aberta campo para grande alvoroço sentimental, fazendo-nos identificar com...as personagens! Horror! Filme do caralho. Também entram actores, ó Serra. Por falar nisso, já te masturbaste hoje a ouvir o Billy Bragg?
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
só dá Argento (7 & 8 de não sei quantos)
Em 1990, Argento unir-se-ia ao seu amigo Romero para um filme em episódios a homenagear o génio Poe. Carpenter e Craven também deveriam ter feito parte do projecto, mas ficaram a comer bolos numa pastelaria e o trabalho ficou reduzido aos dois primeiros, daí resultando Due occhi diabolici. O episódio de Romero é patético, o de Dario está praticamente ao nível dos seus melhores trabalhos. "The Blak Cat", assim se chama, e o título remete não só para o conto de Poe como para o mundo bestiário do italiano. Dario e a sua câmara anti leis da gravidade: planos impossíveis, por cima de móveis, simulando saltos de gato em POV: câmaras GO Pro vinte anos antes. A reiteração da associação entre Arte e Terror. Harvey Keitel como pouco ético foto-jornalista e citações saborosíssimas ao Psycho (Martin Balsam e tudo). E com argumento bem papudo e perceptível, desta vez.
Três anos depois Dario meteu-se numa avião com a sua filha e foi para os EUA realizar Trauma. Ora bem, o Argento ter um filme chamado Trauma só seria ultrapassado se o Bresson tivesse um chamado "Les Mains", tal é a proliferação dos obscuros corredores da mente na obra do italiano. Segundo informações que recolhemos num café por volta das seis da tarde, é a partir deste filme que se começa a traçar a divisória entre o "Grande Argento" e o "Pequeno Argento", algo que trataremos de decifrar muito em breve, da forma o mais ética e responsável possível, embora tenhamos de começar por discordar com Trauma, que devorámos com a mesma sofreguidão com que refastelámos a alma nos clássicos europeus. Aliás, aqui não é o cineasta que se adapta aos EUA, mas sim esta ao cineasta: não há aculturação, não há Tsui Harks a darem o cu ao Van Damme. Lá estão as ruas desertas ou com pessoas semi-mortas, os lagos ao luar, as luvas, o mesmo tomate a jorrar da boca de desgraçados e desgraçadas. Lá está Asia Argento na senda das meninas virginais das anteriores obras, a contas com o Mal do mundo, e a inflamada banda sonora do Pino Donaggio, e o mesmo romantismo angelical de Opera, e, tal como em Profundo Rosso, a mesma brincadeira com os limites da percepção visual (excepcional plano em que jamais vemos o assassino mesmo com ele bem à nossa frente). Escandalosas sequências de pastiche de Vertigo e Marnie, planos oblíquos e torna-se evidente que Dario e De Palma andaram a trocar abundante correspondência (vôvô, o cinema acabou!). Cinema epidérmico, de emoções, arte através de "lixo temático". O plano final (com a falecida semi-irmã de Asia, filha de NOSSA SENHORA Daria Nicolodi) estará certamente incorporada na nossa mastodôntica obra "The Story of Film: Lets pretend we know something about film to impress some chicks".
os incorruptíveis contra o cinema (2)
O senhor é acusado de ter assassinado a sua esposa, a sua filha, e uma amiga desta. Como se não bastasse, tratou de lhes cortar as cabeças, os seios, os pés e de ter enviado estas matérias como doações para um lar de orfãos. Que tem a dizer em sua defesa?
Como??!! Há provas irrefutáveis do seu envolvimento nestes crimes hediondos!
(prefiro o Kechiche, murmura-se na multidão)
(oito horas depois)
Sim, sim, vamos todos a acordar! Senhores jurados, chegaram a um veredicto?
Sim, senhor Juiz
Senhor Doutor Juíz, senhores jurados, senhor Procurador, meus senhores e minhas senhoras: sou absolutamente inocente!
(multidão em exclamações de espanto, burburinhos entre os jurados, Camilo Lourenço a defecar e a alimentar Margarida Rebelo Pinto)
Como??!! Há provas irrefutáveis do seu envolvimento nestes crimes hediondos!
E no entanto, senhor juiz, absolvo-me de todas as acusações. Estou tão seguro da minha ausência de pecados morais e éticos que até dispensei o meu advogado, senhor juiz. Estou certo da minha conduta irrepreensível perante factos e pessoas corruptas que orbitam nas esferas do Cinema. Pessoas milionárias, nojentas, oriundas de empresas corruptas e eticamente reprováveis, empresas que patrocinam filmes para coqueluches festivaleiras, empresas que obrigam meninos de seis anos a fazerem bolas de futebol em grutas sem oxigénio a 600 metros abaixo do solo! E são estas empresas que dão guarida a estas produções repugnantes para agradar a uma burguesia corrupta e decadente! Um mecenato tão feio e mau que quase me faz chorar, senhor juiz, senhores jurados, meus senhores e minhas senhoras! Empresas criminosas que continuam a legitimar este cinema publicitário, recheado de travellings de Kapo que fariam o original travelling de Kapo parecer um primor de autenticidade e honestidade intelectual! Não pactuo com isto, meus senhores! Cinema é pessoas de carne e osso, meia dúzia de tostões, uma câmara a cair de podre, pão e vinho! Nada de milionários e milionárias, carnes e mentes pecadoras!
(prefiro o Kechiche, murmura-se na multidão)
Quem proferiu tal vilania? Desconfio que terá poucos sucessos e aventuras na sua vida, se continuar com essa atitude burguesa e nojenta! Pois o Cinema é...
(oito horas depois)
...Uma dimensão moral que vem dos mestres gregos, a léguas destes tempos de relativismo moral que alastra à própria definição do que é BELO!
Sim, sim, vamos todos a acordar! Senhores jurados, chegaram a um veredicto?
Sim, senhor Juiz
É favor o senhor arguido levantar-se. O Senhor é considerado...culpado. Está condenado à pena de morte. Passar bem.
...E nada dessas carroças culturais à irmãos Dardenne! Cinema hipócrita que jamais abalará os alicerces da civilização burguesa! Cinema é dos pobres! Cinema é resistência! Cinema...
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Os incorruptíveis contra o cinema
Já estava a caminho da cama, mas entretanto deparo-me com isto:
Por exemplo, dentro de cinquenta anos ninguém se vai lembrar de La vie d’Adèle: chapitre 1 & 2 (A Vida de Adèle: Capítulos 1 & 2, 2013). Ou o Entre les murs (A Turma, 2008) [de Laurent Cantet]. Alguém se lembra desse filme? E só passaram cinco anos. Dentro de cinquenta anos toda a gente ainda vai querer ver Lluis Serrat no grande ecrã, ver como age, o seu novo filme, como fez a sua nova personagem. Pelo contrário, ninguém vai querer ver La vie d’Adèle nunca mais. Trata-se de uma questão de pureza e ela é uma coisa insaciável, inesgotável, interminável.
bla, bla, bla, bla, bla... ou isto:
Imagina que eu digo agora que o Franco era muito boa pessoa e vem este realizador de La vie d’Adèle [Abdellatif Kechiche] e diz “não, não, eu sou de esquerda” e as pessoas começam a dizer que o Albert Serra é um idiota. Porque eu digo bem do Franco e o outro é de esquerda… Sim, mas o Albert utiliza actores não-profissionais! E o outro utiliza umas gajas milionárias, onde tudo tem a ver com o dinheiro e com as empresas mais corruptas. E isso resulta que eticamente ele seria melhor que eu… Quer dizer, eu também sou de esquerda, note-se, não sou franquista. [risos] Antes havia uma posição mais firme como por exemplo com Pasolini ou Vittorio De Sica. Uma aproximação à realidade muito mais honesta, com todos os seus elementos. E buscavam uma beleza também onde antes não se tinha buscado. Encontrar actores e beleza nas pessoas da rua. Isto contém uma ética. E agora quem faz isto? Antes havia muito isto mas e agora? Quem? Straub, o único? Pedro Costa? Mas fez esse filme com a Jeanne Balibar… Por exemplo, o Lisandro Alonso vai fazer um filme com o Viggo Mortensen… Quem é que sobra eticamente sério, incorruptível? Ninguém fala disto, porque é tido como não importante, que o que conta é o resultado… Mas eu penso que se trata de um compromisso ético que nada tem a ver com o resultado final do filme.
bla, bla, bla, bla, bla, bla, bla, ...
2. Neste post há tantos caralhos que já estou a ouvir os passos do Guiraudie.
Por exemplo, dentro de cinquenta anos ninguém se vai lembrar de La vie d’Adèle: chapitre 1 & 2 (A Vida de Adèle: Capítulos 1 & 2, 2013). Ou o Entre les murs (A Turma, 2008) [de Laurent Cantet]. Alguém se lembra desse filme? E só passaram cinco anos. Dentro de cinquenta anos toda a gente ainda vai querer ver Lluis Serrat no grande ecrã, ver como age, o seu novo filme, como fez a sua nova personagem. Pelo contrário, ninguém vai querer ver La vie d’Adèle nunca mais. Trata-se de uma questão de pureza e ela é uma coisa insaciável, inesgotável, interminável.
bla, bla, bla, bla, bla... ou isto:
Imagina que eu digo agora que o Franco era muito boa pessoa e vem este realizador de La vie d’Adèle [Abdellatif Kechiche] e diz “não, não, eu sou de esquerda” e as pessoas começam a dizer que o Albert Serra é um idiota. Porque eu digo bem do Franco e o outro é de esquerda… Sim, mas o Albert utiliza actores não-profissionais! E o outro utiliza umas gajas milionárias, onde tudo tem a ver com o dinheiro e com as empresas mais corruptas. E isso resulta que eticamente ele seria melhor que eu… Quer dizer, eu também sou de esquerda, note-se, não sou franquista. [risos] Antes havia uma posição mais firme como por exemplo com Pasolini ou Vittorio De Sica. Uma aproximação à realidade muito mais honesta, com todos os seus elementos. E buscavam uma beleza também onde antes não se tinha buscado. Encontrar actores e beleza nas pessoas da rua. Isto contém uma ética. E agora quem faz isto? Antes havia muito isto mas e agora? Quem? Straub, o único? Pedro Costa? Mas fez esse filme com a Jeanne Balibar… Por exemplo, o Lisandro Alonso vai fazer um filme com o Viggo Mortensen… Quem é que sobra eticamente sério, incorruptível? Ninguém fala disto, porque é tido como não importante, que o que conta é o resultado… Mas eu penso que se trata de um compromisso ético que nada tem a ver com o resultado final do filme.
bla, bla, bla, bla, bla, bla, bla, ...
Ó SERRA, LIMITA-TE A FILMAR E METE-TE NO CARALHO MAIS A "AUTENTICIDADE", E OS "INCORRUPTÍVEIS", E A "ÉTICA" E O CARALHO QUE TE FODA, CARALHO! SEMPRE COM A PUTA DA AUTENTICIDADE, E A PUREZA, E A "INTEGRIDADE" E A CONA DA TUA TIA, TAMBÉM NÃO? FODA-SE, QUE ISTO É SÓ FASCISTAS DA ÉTICA. SERRA, SE TE APANHO....vamos beber dois copos e vamos tentar sacar o telemóvel da Lea Seydoux. Isto se TER SEXO COM ESSA "GAJA MILIONÁRIA" FOR PARA TI SUFICIENTEMENTE INTEGRO, E ETICAMENTE IRREPREENSÍVEL, MEU CABRÃO! PUTA QUE TE PARIU! ÉTICA PUNK DO CARALHO E COISO e também pode vir a Jeanne Balibar. OU NÃO QUERES, MEU "HONESTO"?
1. não vi o filme do Kechiche. Mas, só por estas palavras de mais um "autêntico" da nossa praça, arrisco: "obra-prima" no escuro. DANEYS WANNA BES DO CARALHO.
2. Neste post há tantos caralhos que já estou a ouvir os passos do Guiraudie.
sábado, 7 de dezembro de 2013
o homem que, além do cinema,...
You’re nothing but a piece of shit on a pedestal. […] You fostered the myth, you accentuated that side of you that was mysterious, inaccessible and temperamental, all for the slavish admiration of those around you. You need to play a role and the role needs to be a prestigious one; I’ve always had the impression that real militants are like cleaning women, doing a thankless, daily but necessary job. But you, you’re the Ursula Andress of militancy, you make a brief appearance, just enough time for the cameras to flash, you make two or three duly startling remarks and then you disappear again, trailing clouds of self-serving mystery.
I like him a great deal: he is very honest, he loves the cinema, he is just as fanatical as I was. In fact, I think he tries to continue what we started one day, the day when we began making our first films. Only his approach is different. Not the spirit.
...também reinventou a boutade como comércio de legitimação cultural. "Como um dia escreveu G...". Melhor que isto só essa hilaridade do Guevara ter-se transformado numa marca de t shirts.
L' inconnu du lac (1)
Giraudie ensina-nos valiosas lições sobre a relação ideal
Passamos por cima da orgiástica salsicharia que empalideceria Kenneth Anger, Jean Genet ou o actual número 7 do Real Madrid, e ficamos com a orgiástica lúxuria para os sentidos: um paraíso para os olhos e, sobretudo, uma loucura hipnótica para os ouvidos. Com toda a propriedade, é uma obra para se ver de olhos fechados, seja para melhor apreciar a imersão sonora no lago, no vento, nas pedras na praia a serem pisadas, etc, seja para, qual Professor César das Neves, não vermos o degredo vergonhoso e anti-leis de Deus Nosso Senhor que por aqui vai. E só não é o melhor filme em loop do ano porque esse vai direitinho para o In Another Country. Há por aqui também uma série de temas e isso, mas caso estejam interessados/as nessas matérias, é melhor irem ler a crítica do Vasco Câmara. Podem precisar é de um daqueles descodificadores ultra sofisticados, apenas capazes de decifrarem projectos militaristicos ultra-secretos ou críticas cuja hermenêutica já está para além das portas do actual universo conhecido.
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