Há muito tempo que eu não acredito muito na militância política. Cheguei a ser militante da Juventude da UDP, mas a vontade passou-me logo aos 15 anos. Basicamente, comecei a namorar com um rapaz chamado Fernando e, passado uns tempos, troquei o Fernando pelo Moisés. Eles eram camaradas e fizeram uma reunião para discutir o comportamento burguês da minha vida emocional. Estavam a discutir os meus sentimentos! Eu não disse nada durante a reunião e, no final, fui-me embora. Nunca mais lá pus os pés, nem nunca mais fui militante de nada.