sábado, 30 de abril de 2016

Post da bola


- Não sei qual das cousas foi mais estranha: estar num café a levar com benfiquistas a festejar um golo do FCP do que o resultado ter sido apenas 1-3.

- O David Borges acaba de dizer na Sic Notícias que o "FC Porto foi, na segunda parte, uma equipa animosa e que por isso merece a nossa simpatia". O David Borges. A demonstrar "simpatia" pelo FCP. No comments.

- Deixem-me classificar, meiga e gentilmente, os portistas que, em nome de uns quaisquer "princípios" que nem eles saberão quais são, não querem o Jesus no FCP: vocês são uns grandessíssimos filhos da puta e admiradores de Desplechin, Honoré e Mia Hansen-Love. Arrogante? Bazófia a mais? Fala mal? Há, aqueles velhos tempos em que tínhamos a humildade tocante do Mourinho, a simpatia do Oliveira, a ternura do Vilas Boas. Pergunto a vocês, suas putas idólatras de Garrel: alguma vez o Jasus insultou o FCP?  Os "princípios". Puta que vos pariu.

- Só não escrevo o que penso sobre o Chidozie porque tenho receio de um ataque informático de uma qualquer histérica do Bloco. Idem para o Varela, Aboubakar, Marega.

- O Mestre Pinto. Vejamos: este homem tem quase 79 anos. Várias operações ao coração. Quarenta anos a levar tudo à frente. Ganhou tudo e voltou a ganhar tudo. Depois disto tudo, chega a esta idade rico, com todos os objectivos cumpridos (e por várias vezes), e já sem as forças de outrora. Para compor ainda melhor o ramalhete, tem uma apetitosa máquina de foda para satisfazer provavelmente todos os santos dias. Um pouco de compaixão, meus senhores!

- Não sei qual é melhor: se a classe do Ruiz se levar uma mamada da Sónia Araújo.

- O Antero Henrique é um cyborg?

- A Brenez, no final do ano, vai colocar a defesa do FCP como "uma das grandes obras experimentais do ano". Apenas suplantada por "Igor Vitalevksy, calceteiro georgiano, que com a sua curta inaugural, "Me #3;#£", expôs a fragilidade suicida de um sistema capitalista desumano, através da singela luta fraticida entre dois pintaínhos numa chaminé, num austero preto-e-branco".


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Berlin plays itself




Caros amigos do Homeland, tereis que olhar melhor para os mapas. Ou pedir ajuda aos produtores locais. A Forster não cruza com a Ritter, mas sim com a Reichenberger. A Ritter, no seguimento da Reichenberger, está a 1,5km da Forster. Não tenho muito que fazer, não.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Há quarenta anos a dar Luz ao povo.


Bridge of Spies

11.22.63. Dealey Plaza, Dallas, Texas. 12:30 P.M.

























































11.22.63 é uma série "entretida". Cousa nunca vista esta, a de Napalm ver os oito episódios à média de um por dia, numa disciplina que seria muito bem vinda em outras áreas da vida. Há sempre aquele gostosinho das "viagens no tempo" e dos buracos lógicos que se seguem. Há gordura de sub-plots por todo o lado (é a "magia das séries"), quase nos fazendo esquecer porque é que o (excelente) James Franco foi dar com os costados a 1960. Mas enfim, a carne é fraca, e a Sarah Gadon é muito bonita. Há o bom senso de se colar à oficial e ÚNICA explicação científica para o asassinato do Kennedy, dispensando fantasias hilariantes à Stone desse belíssimo espectáculo de circo que é o JFK (isto é um elogio). Eu sei, porque já vi o filme do Zapruder mais vezes que o próprio Zapruder, o João Mário Grilo, o Brian de Palma e os todos os membros da Comissão Warren, em combinado. No final, quando o inevitável no contexto do livro e série acontece (é logo a partir desse esse último fotograma), lembramo-nos do Daney, com dez cigarros na boca, a dizer que o Terminator 2 era um filme para crianças de oito anos. Um bom filme, mas que nem por isso deixava de ser para crianças de oito anos. Falava ele da "pouca imaginação humana para imaginar o futuro". Mais ou menos como aqui. Nada que crie moléstia. Até porque acaba tudo em beleza, com uma sequência de dança que poderia estar num dos oníricos clássicos de Hollywood, como o Portrait of Jennie. Em resumo: o Abrams que se fique pelos bastidores.

Um verdadeiro caso de economia narrativa. Dos setenta minutos, sobreviveram doze (aqui oito e picos, pois os intertítulos foram extirpados). Pouco importa: na maior década da "história do cinema", a câmara e os olhos contavam o essencial. Linguagem universal, para os Arnheims e para o taberneiro da esquina.

Days of Future Past (2).

Os críticos de um diário português (a título de exemplo, o "Público") corriam "Showgirls" a bolas pretas a 12 de Janeiro de 1996, data de estreia. Eram os tempos em que, na política do gosto imposta pelos exibidores arrojados, reinavam por cá os atrozes Kusturica, Von Trier e Jane Campion.

Francisco Ferreira, A Revista do Expresso, 16 de Abril de 2016.

Aproxima-se, no contexto da revisão institucional da obra do Paul, aquela altura em que vai ser necessário um bom par de colhões (ou de implantes mamários, não sejamos misóginos) para se dizer, nem que seja timidamente, "Verhoeven? Não sou lá muito apreciador...". O completar do círculo, salvo seja.

Days of Future Past.






terça-feira, 12 de abril de 2016

Griffith em 1905, depois de pela primeira vez ter visto um filme:


Any man enjoying such a thing should be shot.

1928. Bons velhos tempos. Época de valores e de cada um saber o seu lugar na engrenagem da sociedade.











Acrescente-se a seguinte boutade:

Cinema= os últimos dezassete minutos do Splendour in the Grass.

Agora por extenso e em francês, para emprestar aquele sempre bem vindo aroma a pedantismo provinciano (aka Desplechin);

Les dernières dix-sept minutes du film Splendour in the Grass sont la definition essentiel du cinéma

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Nem é tarde nem é cedo. Mais uma lista.

Da série " Vinte e cinco filmes em língua inglesa estreados mundialmente entre 1 de Janeiro de 2010 e  7 de Abril de 2016 e que proporcionaram grande prazer".



Welcome to New York, Abel Ferrara



Killer Joe, William Friedkin



All Is Lost, J. C. Chandor

e ao calhas:


The Ghost Writer, Roman Polanski


Margaret, Kenneth Lonergan


Ant-Man, Peyton Reed


Knock Knock, Eli Roth


Carol, Todd Haynes


Dawn of the Planet of the Apes, Matt Reeves


Flight, Robert Zemeckis


Inherent Vice, Paul Thomas Anderson


Jack Reacher, Christopher McQuarrie


Maps to the Stars, David Cronenberg


Marfa Girl, Larry Clark


Hereafter, Clint Eastwood


Boyhood, Richard Linklater


Pain & Gain, Michael Bay



Bling Ring, filha do Coppola


The Immigrant, James Gray


Toy Story 3, Lee Unkrich


Passion, Brian de Palma


Under the Skin, Jonathan Glazer


Winter's Bone, Debra Granik


X-Men: Days of Future Past, Bryan Singer


Prodigal Sons, Kimberly Reed


Próxima lista: vinte e cinco filmes estreados mundialmente entre 1 de Janeiro de 2010 e 7 de Abril de 2016 e que tenham sido realizados por serralheiros nas suas oficinas. Trataremos de evidenciar as graves lacunas nas listas anuais da Brenez.