sábado, 25 de outubro de 2014
É fácil voltarmos ao cinema clássico americano depois de ver o "Gone Girl", de David Fincher. Voltarmos a filmes como "Leave Her to Heaven", "Where the Sidewalk Ends", "Ace in the Hole", pensar muito em Wilder ou Lang. Para nos apercebermos que, pensando bem, não há um momento em "Gone Girl" que nos incomode verdadeiramente, como, pelo contrário, acontecia com esses filmes e cineastas. Fincher parece mesmo mais preocupado com o seu próprio cinema, a sua máquina, pôr as coisas a andar à sua maneira. Imaginamos que ele devia ter ficado com aquela primeira parte do filme, mas mesmo aí questionamos imenso a sua narração. E lá voltamos outra vez aos clássicos americanos; como é que começaria um filme destes à época? Provavelmente, com um plano e/ou uma voz off que nos dissesse logo tudo sobre as consequências das acções, nada escondendo. Aí sim, imagino, começaria um filme interessante.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Obrigado RTP #2
"O estádio do Mónaco não tem pressão nenhuma, parece um teatro."
Vítor Pereira, no "Grande Área", aludindo à média de espectadores no estádio do Mónaco.
Vítor Pereira, no "Grande Área", aludindo à média de espectadores no estádio do Mónaco.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
"Um...um..um...WOODY ALLEN??"
"Woody Allen? Serve, primeiro, para baralhar as pessoas...". Link.
Já estava mais ou menos alinhavado um post circense a esta coisa, com personagens que iam de José Rodrigues dos Santos a Rita Marrafa de Carvalho, de Papa Costa a Bispo Peranson, passando por um casal cinéfilo, um homem que tinha estado em coma e que ainda não sabia que no lugar do outrora épico cinema punheteiro há agora um local "que muita falta fazia não só a Lisboa, como ao continente europeu", do próprio Borges, até desaguar em centenas de extras como multidão faminta de justiça. Mas depois pensou-se melhor e achou-se que a frase, em si, já é suficiente. É como fazer paródias aos Monty Python.
Wang Bing
Caso não haja mais nenhum adiamento ou cataclismo semelhante, estão encontrados os dois melhores filmes do ano.
Mas ainda falta estrear o Gódárde!!!
Eu peço desculpa, eu peço desculpa, eu peço desculpa, eu peço desculpa, eu peço desculpa...
Mas ainda falta estrear o Nolan!!!
Eu peço desculpa, eu peço desculpa, eu peço desculpa, eu peço desculpa, eu peço desculpa...
fiquemos com a música...
...que o "filme" do irmão é cousa de indigente auto-comiseração.
e também esse velho truque de não tendo nada de nada para "se dizer", captar-se, então, esse processo de vazio. Vai para o caralho, pá.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
the timeless art of seduction...
... como matéria de hipocrisia, falsidade, manhosice, e lascívia empacotada em respeitabilidade. Ai, Lubitsch, que te foste embora e nos deixaste com as peidas e tetas "artisticas" do Korine e com as peidas e tetas MTV do Bay (mas antes estas do que as outras). Catarina da Rússia como "Mãe de todas as taradices", Anne Baxter motivo de baba no canto da boca, Vincent Price como surpremo representante da estupidez e tesão masculina envolta em "boas maneiras" ("pode ser que assim ela me deixe ir á cona, logo á noite!"). Não se deixe enganar pela "realização: Otto Preminger"; isto é Ernesto até ás Caves do Inferno, obra de esporrador a brincar com os ofícios do maravilhoso Código Hays. Melhor só comer galinha. Assada.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
este blogo só quer saber de blockbusters
mestre Cruise, um verdadeiro "auteur".
Edge of Tomorrow é uma maravilha de mcguffin (como, aliás, têm sido os últimos filmes do homem): elaborar um argumento qualquer (preferencialmente, um "filme-conceito") que depois gire á volta do maciço narcissimo de Tom. Edge of Tomorrow, então, vai talvez ainda mais longe nesta proposta do que qualquer filme anterior do gajo (mesmo até do que aqueles "filmes para gajas se masturbarem" dos anos 80, como o Cocktail e derivados), com uma história "interessante" e uma realização "em que se cumprem os cadernos de encargos" que apenas estão, a cada minuto que passa, a glorificar a verdadeira aura inquebrável da sua estrela. É simultaneamente inane, irresistivel, circense e magnífico. O final, então, é de uma desfaçatez que muito nos apraz, como se Cruse tivesse numa de moer o juízo por puro prazer aos seus detractores, que nós não somos, indo ao ponto de esclarecer que acaso tivesse uma filha adolescente e a apanhasse a enfiar uma banana na cona enquanto via o Drive, a trataria logo de repreender de forma injuriosa e implacável, mandando-a logo para a sala ver o Vhs do Cocktail.
Turquia...
... esse país de mulheres de buço, bicos de papagio, e invadidas por reumatismo.
Beren Saat/ Fasle Kargadan/ Bahman Ghobadi
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