sexta-feira, 29 de julho de 2016
terça-feira, 19 de julho de 2016
domingo, 17 de julho de 2016
sexta-feira, 15 de julho de 2016
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Eurobola (3)
Napalm exultando não só com a vitória da "seleção de todos nós", como também com a estreia de um filme intitulado "Les deux amis", com realização de um Garrel e argumento de um Honoré.
Eurobola (2)
De dois em dois anos, a turba anima-se com o pontapé na bola e, dando em correr melhor do que seria previsto, a participação portuguesa nos torneios de nações é motivo de batimentos cardíacos acelerados um pouco por todo o país. Junta-se a esse fenómeno, este verão, duas circunstâncias especialmente interessantes: 1) o facto de o desenho do torneio beneficiar a mediocridade (passarem 2 terços das selecções não só permite que equipas que nada façam na fase de grupos sigam em frente como aumenta a possibilidade de tais equipas avançarem na competição sem apanharem adversários dignos de respeito); e 2) o facto de aparecer em Portugal um miúdo de 18 anos que, não obstante a total banalidade e inconsequência do seu futebol, reúne todos os atributos que o povo gosta de ver num jogador (força, agressividade, rapidez, coragem, desinibição, etc.). A euforia em torno de Renato Sanches chegou ao ponto de termos um jornalista, no rescaldo do jogo com a Polónia, a descrever os acontecimentos do jogo do seguinte modo: "Primeiro a Polónia marcou; depois o Renato empatou!" Renato Sanches é hoje, portanto, sinónimo de Portugal.
O Renato lá continuou perdido em campo, a errar posicionamentos e a errar decisões com bola, mas cheio de confiança. E a única coisa que as pessoas vêem é a bola nas redes e a confiança com que os jogadores andam em campo. Não vêem as distracções constantes do Renato, os maus passes sistemáticos, as decisões absurdas, a imaturidade táctica. Não vêem nada disso. Vêem um miúdo com força e desinibido, e acham que é a reencarnação do Eusébio. Ou a reencarnação de D. Afonso Henriques, à espadeirada aos mouros.
Como aquilo de que as pessoas que vêem futebol gostam mesmo é de touradas, gostam de ver o touro a investir contra os cavaleiros, de preferência muitas vezes e com toda a força. Enquanto não perceberem que o futebol não é tourada, não perceberão que aquilo que tanto admiram no futebol de Renato Sanches é tão entusiasmante quanto improdutivo. A exultação colectiva com a jogada de Renato Sanches aos 25 minutos representa fidedignamente a taurofilia dos adeptos portugueses: Renato leva para a linha, tenta passar por onde era praticamente impossível que o fizesse, perde a bola e, mesmo assim, as pessoas gritam de emoção e arrancam cabelos.
O Renato lá continuou perdido em campo, a errar posicionamentos e a errar decisões com bola, mas cheio de confiança. E a única coisa que as pessoas vêem é a bola nas redes e a confiança com que os jogadores andam em campo. Não vêem as distracções constantes do Renato, os maus passes sistemáticos, as decisões absurdas, a imaturidade táctica. Não vêem nada disso. Vêem um miúdo com força e desinibido, e acham que é a reencarnação do Eusébio. Ou a reencarnação de D. Afonso Henriques, à espadeirada aos mouros.
Como aquilo de que as pessoas que vêem futebol gostam mesmo é de touradas, gostam de ver o touro a investir contra os cavaleiros, de preferência muitas vezes e com toda a força. Enquanto não perceberem que o futebol não é tourada, não perceberão que aquilo que tanto admiram no futebol de Renato Sanches é tão entusiasmante quanto improdutivo. A exultação colectiva com a jogada de Renato Sanches aos 25 minutos representa fidedignamente a taurofilia dos adeptos portugueses: Renato leva para a linha, tenta passar por onde era praticamente impossível que o fizesse, perde a bola e, mesmo assim, as pessoas gritam de emoção e arrancam cabelos.
Eurobola (1)
Uma seleção que, num espaço de uma década, passa de ter como sua referência principal isto
para isto
só tem o que merece
Entretanto.
Julia Louis-Dreyfus, conhecia atriz da série Seinfeld, esteve em Portugal e participou na incrível festa portuguesa, tendo partilhado uma foto nas redes sociais.
terça-feira, 5 de julho de 2016
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Felicidade 1, Cinismo 0
Ontem, a caminho de casa:
- Tu és de Portugal.
- Sou.
- E como é que não vais festejar?
- Festejar o 5º empate?
- É SÓ EMPATES LALALALALALALALA, É SÓ EMPATES LALALALALALALA, CAMPEÃO DA EUROPA SÓ COM EMPATES LALALALALALALALALALALALALALALALA...
- Tu és de Portugal.
- Sou.
- E como é que não vais festejar?
- Festejar o 5º empate?
- É SÓ EMPATES LALALALALALALALA, É SÓ EMPATES LALALALALALALA, CAMPEÃO DA EUROPA SÓ COM EMPATES LALALALALALALALALALALALALALALALA...
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